Blade Runner – O Caçador de Andróides

Uma série de eventos me levou a ver esse filme. E não me pergunte como eu não o vi antes, tendo sido feito em 1982. Explico. Década de 1980 foi uma produtora de grandes filmes, especialmente no gênero de ficção científica, que parece ter tido uma de suas melhores épocas naqueles anos, quando o futuro era imaginado com carros voadores e muita tecnologia – diferente do futuro imaginado agora, com explosão e morte.

Enfim. A série de eventos incluiu a aparição do filme para download em meu site favorito para isso, uma amiga em quem confio bastante me recomendando o filme (thanks, Camila), e por fim, o meu professor de Literatura e Cinema que inclusive me emprestou o filme. Pronto, então não tinha mais desculpa alguma. E o filme é tão bom quanto todos me falaram. Uma história incrível, efeitos especiais surpreendentes, e o espírito de ficção científica que tanto me encanta.

Se passa em 2019 (pouca coisa no futuro, atualmente) e segue os passos de Rick Deckard (brilhantemente interpretado por Harrison Ford), que aceita (meio contra sua vontade) uma última missão de caçar e acabar com seis Replicantes fugitivos e perigosos, escondidos em Los Angeles. Replicantes são seres criadas em laboratório, que se parecem com humanos, mas apresentam características específicas – como uma força maior para desempenhar tarefas pesadas.

O filme traz toda uma boa reflexão sobre engenharia genética, analisando os prós e contras desses avanços tecnológicos e um pouco de capitalismo, opressão, autoritarismo. Mas a principal discussão está na da vida e morte – enquanto os Replicantes vivem aproximadamente quatro anos, e tudo o que querem é um pouco mais de vida, eles se comparam muito aos humanos, em um de seus maiores questionamentos e buscas. E medo. Qual o medo universal da humanidade? A morte.

Além de todas as discussões e avaliações, o filme apresenta uma grande sequência de cenas de ação de tirar o fôlego. Harrison Ford, sempre impecável em sua atuação... consegue interpretar Deckard em toda sua complexidade e dúvidas... consegue passar a ambiguidade do personagem claramente. Todas as cenas muito bem filmadas, um futuro com visual belo e realístico, efeitos especiais surpreendentes. Perseguições, lutas humanos x Replicantes… vide a cena final, de Deckard com o último replicante, que foi impagável, além de proporcionar um final muito mais emotivo do que eu tinha esperado.

Amo filme que te faça pensar, e Blade Runner consegue isso. Além de nos fazer avaliar nossos medos, atos e estudos, também nos deixa perguntas que nunca serão respondidas, mas que fãs eternamente se questionarão: Deckard é um humano ou um Replicante? Essa dúvida me passou pela cabeça depressa ao assistir ao filme, mas sem nenhuma confirmação, quase deixei para lá. Até me deparar com uma discussão nesse sentido na internet… bem, evidências de que ele possa ser um Replicante não nos falta, mas dizem que o personagem foi escrito como humano… vai saber? Uma pergunta que merece um tratamento mais aprofundado, vou tentar trazer isso em breve!

O filme é ótimo. Para qualquer fã de ficção científica, algo imperdível. Agradeço a todas as pessoas que me fizeram ver esse filme! E agora estou fazendo minha parte… o filme, além de bela e convincente ficção científica, cenas de ação impecáveis ainda conta com uma história boa e para se pensar… além de questões finais para te fazer pensar e criar teorias pelo resto da semana. No mínimo. Vale muito a pena! Até mais…