American Horror Story: Asylum 2x10 – The Name Game
Mais uma vez devo expressar a minha admiração pelo
roteiro tão bem escrito de American
Horror Story. Certamente essa será uma série que entrará para a história da
televisão! Não é a primeira vez nessa temporada que eu me questiono para onde a
série pode caminhar, mas não importa,
porque ela continua me surpreendendo. Novamente terminamos o episódio chocados
com os rumos que alguns personagens tomaram, e abismados com coisas que
pareciam estar tão incrustadas no esqueleto da temporada, e que simplesmente se
foram.
Acho que faltou alguma coisa no episódio. Não sei
exatamente o que foi, mas talvez o clima mais pesado e sombrio que víamos no
começo da temporada. Continuamos com belíssimas cenas chocantes (como o
tratamento de choque em Jude, que sempre é horrível de assistir) e cenas
explícitas que não deixam de nos chocar (como o demônio tentando o Monsenhor de
uma maneira… ?), mas sinto cada vez menos a necessidade de agarrar uma
almofada, e sinto saudade daquela época… mas também não posso deixar de pensar
que o fim da temporada nos reserva algo grandioso.
E aguardo por isso.
O episódio começa depressa nos respondendo a
pergunta sobre a morte de Kit – e felizmente tudo dá certo. Arthur Arden fez
uma participação excepcional no episódio, com seu personagem controverso e
sempre marcante; juro que não sabia o que pensar dele ao longo de todo o tempo,
morrendo de raiva em alguns momentos (como quando ele mente para Kit a respeito
de Grace e a prende) e quase sentindo pena em outros (como as lágrimas finais
que pareceram tão verdadeiras, como nem sabíamos que ele era capaz de
produzir);
Grace teve uma participação fenomenal. Quem, como
eu, lamentou a ausência da personagem após sua “morte”, pôde se deliciar em
vê-la novamente, mais grávida do que nunca de um filho de Kit. E até Pepper,
que sempre pareceu só mais uma coisa creepy
para o ambiente da série, teve sua importância protegendo ela, acredito que a
mando dos alienígenas. E estou sentindo a ausência de Kit, que me parece estar
aparecendo bem menos do que no início da temporada… mas teve uma ótima cena com
Grace, mesmo que breve. Talvez porque eu goste tanto do personagem.
Ele também compartilhou com Lana cenas quase de
desespero com o retorno de Thredson, como se fosse o começo da temporada, mas
no qual o conhecimento a respeito de sua real identidade o cobre com uma
atmosfera muito mais maligna e perigosa. Não foi um desespero pronunciado, mas
sentimos a angústia por eles, e o perigo que cada um corre agora… Lana talvez
um pouco menos. E mesmo por isso se utiliza de seu recente poder para recuperar
a fita com a gravação que Kit fez e escondê-la onde ninguém mais sabe onde
está… é digno de aplauso o desespero e a descrença no olhar de Zachary Quinto.
De outro lado da história, Jude assume de vez sua
nova personalidade, e sua personagem muda drasticamente de quando a conhecemos.
E não sei exatamente o que pensar a respeito dela, além de sentir um pouco de
piedade. Mas pelo menos ela pode ter ajudado Lana com a Madre Superiora. E
compartilhou com o Monsenhor uma belíssima cena na qual só teve duas palavras,
mas Timothy fez todo o trabalho emotivo do diálogo, transformando aquilo em uma
das melhores cenas da série, e a contribuição de Jude/Judy serviu apenas para
pôr fim em outra história…
A de Mary Eunice. Para mim, ver Timothy ainda vivo
foi surpreendente. A primeira grande surpresa do episódio. Mas pudemos ver o Anjo
o incumbindo de uma função extremamente importante: de tirar o demônio que
estava em sua jovem freira favorita no Briarcliff. A primeira tentativa falha
epicamente, em uma das fortes e carregadas cenas de American Horror Story, com uma ousadia admirável, um quê de
sensualidade beirando a vulgaridade, mas ainda assim excitante à sua maneira…
mal dá para explicar o que foi Mary tirando a virgindade de Timothy, mas foi
uma cena de sexo semi-explícito repleto de dirty
talking e muito desejo reprimido… além de interpretações brilhantes,
especialmente de Ralph Fiennes.
E por incrível que pareça, SPOILER GRAVÍSSIMO A
SEGUIR, SE NÃO VIU O EPISÓDIO NÃO CONTINUE LENDO, o plano de Timothy dá certo
contra todas as possibilidades. Com um quê da verdadeira Mary Eunice ainda
habitando aquele corpo, o Monsenhor tem tempo suficiente para tacá-la do
terceiro andar e vemos o corpo caindo em uma dramática cena em câmera lenta. Ou
foi o que pareceu. Tudo, desde o momento em que ele a joga até o momento em que
o Anjo finalmente leva as duas embora, foi um momento de pura apreensão, na
qual não sabíamos se seria assim tão “fácil” terminar com toda essa história…
E Arthur consegue nos chocar ainda mais com um
final surpreendente. Achei imprudente deixar o corpo da jovem Mary sob seus
cuidados, e a cremação foi outro momento de apreensão e nervosismo, enquanto
sempre parecia que alguma coisa estava prestes a acontecer. Sentindo pela
primeira vez dor genuína pelo personagem, entendemos como foi dolorido a perda
da inocência daquela jovem para ele, e se joga na câmara de cremação junto a
ela… e os dois personagens provavelmente abandonam a série. E é difícil
conceber essa temporada sem os dois.
E ainda levou consigo as criaturas da floresta.
Se Dominique
ique ique esteve ausente, e provavelmente estará ausente até o término dos
episódios, tivemos uma cena de The Name
Game que me fez rir bastante. Porque não posso dizer que não tenha gostado,
acho que foi um momento de interação incrível, os personagens pela primeira vez
pareceram verdadeiramente felizes, e fazia sentido com Jude tentando lembrar o
próprio nome e mais tarde das outras pessoas. Mas tudo o que eu conseguia
pensar durante a música era WTF? Sério, sério, sério: WTF?
WTF?
O episódio nos leva novamente ao Briarcliff nos
surpreendendo a cada minuto. Realmente é difícil presumir qual será o fim dessa
temporada, e sinceramente não estou tentando pensar muito nisso, para que eu
possa aproveitar o que quer que venha. E nada parece muito definitivo, não com
Thredson novamente trabalhando no Briarcliff e Grace de volta, com um filho
para Kit… sempre curioso com que rumos a série toma daqui para a frente,
estamos bem na reta final da temporada, e muita coisa pode acontecer? Ansiosos
por essa épica finalização? Até mais!
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