American Horror Story: Asylum 2x11 – Spilt Milk
O episódio começa com uma felicidade inexplicável.
São 10 minutos que passam depressa, sem muita informação, mas apenas de um bom
momento, de alegria verdadeira, e então a série parte nosso coração. Não foi a
cena mais forte da série, precisaria de muito para isso, mas certamente foi uma
das mais tristes. É claro que a felicidade não poderia durar muito tempo. Não em
American Horror Story. Mas surpreendentemente,
foi um episódio repleto de momentos felizes e grandes acontecimentos
revolucionários que mudam o rumo novamente… cenas que até pareciam desconexas,
nunca levei a sério que isso aconteceria um dia, e no entanto estavam ali. O que
nos faz temer o próximo episódio.
Porque a felicidade não pode durar muito tempo. Não
em American Horror Story.
O episódio me deixa muito dividido. Eu ainda devo
expressar a minha imensa admiração pelo roteiro tão bem escrito da série. Porque
o que eles têm é história para contar, e sabem como fazer isso muito bem! Porque
há tempos parei de tentar imaginar como será o andamento nas próximas semanas. E
cada semana é uma surpresa deliciosa! Essa não foi diferente. Surpreendente,
com coisas nunca imaginadas, e novamente não sei que rumo a série segue no
próximo episódio. E só com muita inteligência para estruturar um enredo tão
perfeito e cheio de constantes reviravoltas.
Agora não confundam isso com o caminhar da
história, que me deixou em dúvida. Não sei se queria mesmo ver todos sofrendo
como nos primeiros episódios eternamente até o fim da série, porque eu
reclamaria de tédio e repetição. Nunca poderei fazer isso. Mas de certa maneira
acho que felicidade não combina com American
Horror Story, e tudo me pareceu se encaixar muito certinho nesse episódio;
e me pergunto se a bolha de Ryan Murphy começa a funcionar aqui. Mas de
qualquer jeito, ainda faltam duas semanas para o fim da temporada, e não vejo
três episódios seguidos de pura felicidade. Eles não fariam isso.
Fariam?
Então, digamos que foi bom dar uma acalmada. Enquanto
vemos as coisas se arrumarem, sonhos sendo realizados, e vilões definitivamente
desaparecendo da história, novos rumos são tomados. Por ora, a teoria de que “Uma
vez que entra, nunca mais se sai do Briarcliff” caiu! Lana saiu, Kit saiu e até
Grace e o bebê, o pequeno Thomas, saíram, mesmo depois daquela cena inicial de
partir o coração. Não temos mais Thredson, não temos nenhum grande vilão,
apenas o Monsenhor Timothy que começa a desempenhar essa função… e os mistérios
se limitam a Kit e Jude.
Jude está de volta, meus amigos! Isso é
maravilhoso! Além de ser o pivô na escapada de Lana (Cláudia só fez o que fez
graças à pequena “conversa” da semana passada), ela finalmente descobre os
atributos curativos da jukebox e volta a ser ela mesma. Em apenas uma cena, mas
uma cena fantástica na qual confronta Timothy… não é à toa que tenhamos aquele
final surpreendente para sua história, e me pergunto como continuaremos dali. Porque
Lana não vai investigar todos os cantos atrás de Jude, vai acabar acreditando
na história fajuta do monsenhor…
Na qual não acreditei em momento nenhum.
E quanto a Kit, ainda digo que ele apresenta
mistério por causa da história toda dos alienígenas. Ele teve uma cena repleta
de emoção e sorrisos verdadeiros e bonitos com Grace, no início do episódio, e
planos de criar uma família com ela e o bebê. Mas nos perguntamos a razão de
ele ser tão especial assim, e quem será Thomas no futuro, com essa história
toda de que todos escutarão o que ele tem a dizer e “He’s gonna change the way people think”. E sua concepção ainda me
parece muito estranha, absurda no que vimos nesse episódio. Mas a morte de
Alma, super suspeita desde os primeiros dez minutos, deixa um ponto de
interrogação gigantesco no final do episódio.
Família feliz uma ova!
Mas eu quis realmente dar um abraço em Kit e dizer
o quanto ele foi maravilhoso em sua cena com o monsenhor Timothy. E eu cheguei
a duvidar que aquilo daria certo, então foi uma surpresa vê-lo sair do taxi com
Grace e Thomas, na frente de sua antiga casa. Porque eu tive dúvidas, não nesse
episódio! “It’s not Briarcliff”. Realmente,
ele se saiu muito bem, e finalmente tivemos mais de Kit, coisa que eu venho
reclamando há algum tempo. Mas senti falta de Mary, e mesmo de Arthur… os
outros ainda não deu tempo para isso.
Eu quis socar Lana, praticamente o episódio
inteiro. Porque eita burrice absurda! Mas deu tudo certo. Mas depois de dez
minutos de alegria e um momento de partir o coração, minha reação ao plano de
fuga de Lana foi mais ou menos “Aham, vai lá tenta, boba! kk”. E
surpreendentemente deu certo (e temos que valorizar o clima tão bem criado, o
suspense e a apreensão crescente ao vê-la descer as escadas enquanto Thredson
ameaça Kit), mesmo com a provocação a Thredson de dentro do táxi, mesmo com a
burrice de ir até a sua casa para provocá-lo e ouvir coisas horrorosas a
respeito de Wendy. E ela definitivamente colocou um ponto final nessa história,
e vai expor muito mais, segundo ela. “All I can say is: read my book”.
Juro que não vejo mais muito future para a série
lá em 1964. Algumas coisas ainda faltam acontecer, e penso especialmente em
Alma e Jude, mas fora isso, até mesmo o filho de Lana já nasceu. E acho que a
série cumprirá a promessa de ir em direção ao presente, já nos mostrando bem
mais de Johnny, em duas grandes cenas. Uma inicial que me deixou apreensivo
(uma mistura de sensualidade com macabro) e depois um desabafo mesclado às
falas do pai que funcionaram perfeitamente! Parece que na série, o problema são
os mommy issues…
Extremamente curioso, eu não sei o que a série nos
guarda nos dois últimos episódios. Todos admiramos a finalização incrível da
primeira temporada, e sabemos que a essa segunda foi bem melhor que a primeira,
só espero então que o final não decepcione. Porque a temporada pode ser
perfeita. Não quero muita resposta didática, nem finais felizes, só quero um
final estilo American Horror Story e
que me deixe eletrizado. E abraçando uma almofada. Mas com um roteiro tão bom e
tão bem guiado até aqui, eu não vejo razões para me preocupar, acho que esse
momento feliz para quase todo mundo pode ser uma das jogadas mais inteligentes
desse segundo ano… esperamos então para ver. Até mais!
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