Detona Ralph
Outra animação perfeita!
Eu fui ao cinema na estréia! Tudo bem, eu sou
cinéfilo, tenho um carinho especial por boas animações e estava de férias! Fico
muito contente por não ter adiado em nenhum dia para assistir esse sucesso! O
filme é divertido, muito fofo, com uma mensagem belíssima, além de ter um
sentimento de muita nostalgia… é também uma grande homenagem a vários jogos,
jogos que crescemos jogando, e é maravilhoso poder reconhecer essas referências
e se deliciar com todos esses momentos…
O filme conta a história de Detona Ralph, o vilão
do jogo Conserta Felix Jr., jogo de
plataforma no qual Ralph é responsável pela destruição de um prédio e Felix de
seu conserto. Cansado de ser vilão por não ser reconhecido e nem amado como os
outros, aparentemente, no aniversário de 30 anos do jogo ele resolve sair e
conseguir uma medalha de herói, para provar que pode ser uma boa pessoa… e
desde sempre vemos seu ótimo coração! É um filme extremamente fofo.
Desde sempre amamos o filme por ele nos levar a
esse universo nesse jeito tão diferente. Quando o fliperama fecha, todos os
personagens vão para suas casas e interagem entre si – Ralph até começa a fazer
parte do Vilões Anônimos, em que faz
terapia e conta seus traumas. Ótimo porque vemos personagens de vários desenhos
conversando e andando livremente, como Sonic, personagens do Street Fighter, e
o próprio Fix it Felix Jr., evidentemente.
Além de podermos ver todos esses personagens fora
de seus papéis, andando por aí e conversando, também podemos vê-los dentro dos
jogos, exatamente como nos lembramos deles, e é maravilhoso! Algumas tiradas
mais espetaculares do filme se baseiam nisso, como a cena em que Ralph está
bebendo. E os créditos finais, que fizeram parte da melhor coisa do filme,
sorte de quem ficou até o final e pôde contemplar tamanha beleza e
inteligência! Ainda pudemos ver personagens como o Ralph na plataforma de
PacMan, o que me pareceu genial!
Atrás da medalha, Ralph invade dois principais
jogos: o Missão de Herói, no qual consegue sua medalha com muito custo e ótimas
risadas, e o Corrida Doce, onde conhece Vanellope, um bug no jogo com o qual
compartilha uma deliciosa irritação mútua e depois um sentimento de proteção e
amizade bem bonito. O problema é que nessas aventuras todas, ele acaba levando
Insetrônicos para o Corrida Doce, comprometendo assim o jogo, além de
comprometer seu próprio jogo, uma vez que os prédios não estão mais sendo
destruídos para que Felix consertasse.
É nessa história toda que temos bonitas mensagens
da importância do vilão dentro do jogo, como é o caso do Ralph, e essa briga
toda pelo poder representado pelo Rei no Corrida Doce, além do preconceito com
a pequena Vanellope, um bug que dá alguns problemas. Os cenários são lindos e
mudam depressa, proporcionando ótimas tomadas, e a proposta geral é
extremamente interessante, com uma interação belíssima entre vários jogos
clássicos e os personagens colocados em situações inusitadas.
E os personagens são super carismáticos. Ralph é
fofo e não tem como não se apaixonar por ele, e torcer por ele. Vanellope faz a
gente rir o tempo todo com sua personalidade petulante e seu sonho de vencer a
corrida. Felix acaba sendo divertidíssimo contracenando com a Sargento Calhoun,
e tem cenas muito boas, como o martelinho na prisão ou no próprio rosto quando
leva socos. E a própria Calhoun é divertidíssima, autoritária, superior e
irredutível, e me lembra mesmo muito a Jane Lynch, só para constar – não podia
ter sido uma escolha de elenco mais perspicaz.
Piadas são espetaculares também. Só eu sei o
quanto eu ri com aquele rio de coca diet com um aviso de “Cuidado com a queda
de Mentos” – e o quanto isso foi importante para a finalização do filme. Uma
pena que o Mario e o Luigi não estiveram presentes, mas já estão prometidos
para a sequência – além do mais, não deixaram de ser citados (“Deve ser o
Mario. Atrasado como sempre!”) ou de ter seus elementos colocados lá, como o Bowser
no encontro de vilões, a tartaruga na festa com medo do Ralph e o cogumelo no
achados e perdidos…
Amei o filme. Se você tem crianças pequenas que
gostam de ir ao cinema, você precisa levá-los. Se não, você deve ir do mesmo
jeito. Eu fui, sozinho, e me diverti de verdade, com muita risada, nostalgia e
um pouco de emoção… mais uma empreitada realmente satisfatória da Disney, nunca
é demais ressaltar o quanto estou feliz com a qualidade de animações que estão
sendo produzidas ultimamente… uma belíssima homenagem que poderia ter saído da
mente de Ernest Cline, fica a dica a todos! Até mais…
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