Vale o Piloto? – Do No Harm 1x01
Vale MUITO o Piloto!
Eu assisti ao episódio simplesmente fascinado. Eu
já sabia que a sinopse era interessante e o tema bem trabalhado iria me
conquistar, mas o episódio me surpreendeu. Porque mesmo com todas as
informações, eu ainda não sabia direito o que esperar da série, ou como ela
traria a nova versão de Jekyll e Hyde – agora como Jason e Ian. Mas a
série é surpreendente, com um ritmo bom, a história bem contada e bem amarrada,
e personagens que te conquistam muito rapidamente.
A série só estréia oficialmente no dia 31 de
Janeiro, mas como já é de praxe, o Piloto foi liberado com antecedência – só
para nos deixar curiosíssimos e nervosos sabendo que o próximo episódio novo só
chega dia 07 de Fevereiro. É uma nova série médica com a história contada de um
jeito diferente. Já podemos notar que teremos sim o clássico da área hospitalar
(nesse episódio foram dois casos), mas misturado ao problema de Jason/Ian e a
vida totalmente diferente proporcionada pelo segundo personagem.
A história é uma versão moderna da história Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde,
que em português (e até hoje eu não aceito essa tradução) foi meramente
traduzido para O Médico e o Monstro.
Enfim, Jason Cole (o médico) é simplesmente um exemplo em sua carreira. O caso
da tenista que apanha do marido e do homem com Prosopagnosia deixaram bem clara
sua competência. Um personagem para se admirar, extremamente inteligente e bom
no que faz.
Do outro lado da história, ou melhor, a partir das
20:25 temos Ian Price, o alter-ego do médico que assume seu corpo toda noite
(até as 8:25 do dia seguinte); depois de cinco anos controlado através de
drogas pesadas, Ian finalmente desenvolveu resistência aos medicamentos e
consegue se libertar novamente. E dessa vez promete vingança, e isso é bem
claro em seu olhar, nos seus atos noturnos, e em como tenta destruir a vida de
sua outra personalidade. Praticamente o mal em pessoa.
Então a série aposta em alternar entre as duas
personalidades do protagonista, e vemos Jason/Ian lutando pelo poder do corpo
enquanto um tenta prejudicar a vida do outro ou então sedá-lo para que não faça
nada de mal. A cena mais épica do episódio é ver Ian tomando o corpo pela
segunda vez durante o banho, no qual Jason coloca as palavras “DO NO HARM” no
vidro embaçado – eu quis aplaudir a maneira como Ian limpa aquilo com aquele
olhar tão característico de uma pessoa que pensa sim em fazer o mal. Fantástico
e eletrizante!
Os dois acabam mostrando-se muito interessantes de
se ver, cada um de sua maneira. Provavelmente cada um sozinho não seria tão interessante,
ou não teria nenhuma grande novidade. Mas os dois juntos é o que há na série.
Jason competente, apaixonado, lutando para fazer o melhor por todos e salvar
quantas vidas forem possíveis. Ian disposto a magoar as pessoas próximas a
Jason (as cenas que envolviam Lena Solis realmente me deixaram triste) e a
destruir sua carreira. E por enquanto ainda é Jason quem está no controle,
evidente na maneira como manipulou Ian permitindo que ele fosse até o hospital
e quase realizasse uma operação…
Inteligência que merecia aplausos! E sabemos que
Olivia ainda será uma parte importante dessa série, já que era o grande amor da
vida de Jason e Ian tem certa obsessão por ela. Uma trégua foi proposta em uma
cena maravilhosa de vídeo, de Jason conversando com Ian, e um acordo de que ele
terá sua vida de volta desde que não interfira na dele – com o plano de
matá-lo. E eu estou muito ansioso para ver como a série fará isso, porque
realmente essa disputa é algo que me interessa muito. E Ian não está disposto a
ser honesto nem nada disso, podemos ver na ótima cena na qual ele conhece Cole,
o filhinho de Olivia. Ameaçador e perigoso, é um ótimo personagem.
Steven Pasquale já se mostrou rapidamente um ótimo
ator. Afinal ele consegue incorporar tanto o Jason quanto o Ian de maneira
convincente e muito bem. Ele representa os lados opostos desse personagem de
maneira precisa, sabendo fazer a expressão carregada, culpada e esperançosa de
Jason conta a versão ameaçadora, sombria e vingativa de Ian. Mas mesmo que o
Ian seja por ora o antagonista, em alguns momentos não teve como não simpatizar
com ele… vide as cenas com o marido da tenista (logo na hora da transformação)
e a épica “You have a small penis, don’t
you?”. Bem, naquelas horas não teve como não gostar dele.
E falando um pouco sobre a aparência física de
Steven Pasquale, eu olhava para ele o episódio inteiro e via o Justin Bartha ou
o Mark Pellegrino. Realmente acho que ele é uma grande união dos dois
(fisicamente, porque ainda não me atrevo a comparar sua atuação à de Mark…
seria um ultraje); no começo era claramente o Justin Bartha para mim, sua
seriedade e seus sorrisos lembram muito ele – Jason lembra muito o Justin. Por
outro lado, seus momentos mais sérios ainda ou tristes e pesados, ou
ameaçadores por fim, são a cara do Mark Pellegrino – Ian é mais parecido com o
Mark. Incrível como Steven Pasquale se parece assustadoramente com esses dois
atores, e nunca mais vou conseguir tirar isso da minha cabeça. Uma série que
acompanharei inteira com essa convicção!
Ainda não decidi qual dos dois que se parecem
mais…
Enfim. O episódio é realmente muito bom! Tem tudo
o que eu tinha esperado e a história é contada de uma maneira envolvente como
eu não tinha chegado a imaginar. Com o lado médico e com o lado projeto de Dexter, a série soube me
convencer no primeiro episódio, e certamente voltarei para os próximos 11
episódios. Delicioso o suspense crescente, a recorrente sensação de apreensão e
a pergunta “O que acontece agora?”. Uma história super interessante e que o
roteiro parece saber trabalhar, além de atuações incríveis por parte do elenco
principal, então parece que teremos um sucesso pela frente… fica recomendado!
Até mais…
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