Jogos de Guerra (WarGames, 1983)
O primeiro Flicksync
da história!
E eu ainda não tinha assistido. Isso é um dos
grandes exemplos de o quê Jogador Número
1 acrescentou em minha vida: só por me fazer ver Jogos de Guerra (porque a curiosidade foi imensa após ler o livro)
já está ótimo! O filme, lançado em 1983 e protagonizado por Matthew Broderick é
realmente muito bom! Ainda estou apaixonado pela história, admirado por tudo
que aconteceu, e apreciando em minha mente mais uma ótima produção da década de
1980… nunca me canso de elogiar os filmes lançados naquela época.
Quando o filme se inicia, e aos 14 minutos vemos a
primeira cena de David Lightman, eu me senti estranhamente familiar. O jogo, a
chegada de Howie, a corrida para não chegar atrasado na escola (o que acontece
de qualquer maneira) e o caderno esquecido que ele deve voltar para buscar… tão
poucos segundos, mas aquilo já me deixou elétrico, porque Ernest Cline
reproduziu essa cena com tamanha exatidão, que era mais ou menos como se eu
tivesse realmente a assistido.
Amei o filme. Amei toda sua história, toda essa
grandiosidade de um garoto de aproximadamente 17 anos capaz de quase causar a
III Guerra Mundial. O filme narra a história de David Lightman, um adolescente
totalmente apaixonado por computadores e inteligentíssimo com essas tecnologias
todas (você passa a admirá-lo de uma maneira impensada!), e tentando jogar um
videogame que está prestes a ser lançado, acaba invadindo muito mais do que
esperava, e o que acredita ser um simples jogo acaba acarretando uma ordem de
disparo de mísseis capazes de iniciar um conflito mundial.
O filme começa a me cativar de verdade quando
vemos David pela primeira vez, e então Matthew Broderick, tão jovem, começa a
mostrar uma interpretação muito boa na jovem daquele adolescente esperto. Amei
a introdução e a maneira como vamos conhecendo o garoto e Jennifer, e aquela
primeira história de invadir o sistema da escola e alterar as notas.
Inteligente de se admirar, é de uma maneira irreverente e despretensiosa que o
conhecemos. E eu admiro esse poder grandioso de entrar em sistemas, como o faz
tentando conseguir acesso ao jogo de computador que será lançado em breve,
invadindo tantos e tantos computadores no caminho…
E acidentalmente se depara com o que mais tarde
será chamado de Joshua – o computador de Stephen Falken que aprendeu a
aprender. Intrigado com o computador que não é identificado, ele consegue
invadi-lo e receber uma lista de jogos (isso te lembra alguma coisa, Jefferson?),
dentre eles o de “Guerra Termonuclear Global” que é o que acarreta em todas as
confusões e desencontros do filme. Achei um máximo ver a relação dele com a
máquina, vê-lo conversando com ela, depois vê-la o chamando, e já lá na sede do
governo ver ele tendo acesso a Joshua e descobrindo alguns detalhes, como de
que o verdadeiro Professor Falken ainda está vivo!
E tudo se torna uma grande corrida contra o tempo,
enquanto Joshua ameaça realmente começar a III Guerra Mundial. Dessa maneira,
David engendra um plano complexo de fuga que me deixou de queixo caído,
aplaudindo e com uma admiração elevada ao topo. A fuga foi uma das coisas mais
épicas de ficção científica, vinda de um adolescente super inteligente – e no
final, a resolução do filme se realiza da maneira mais bonita possível, meu
coração de geek saltando! Uma
belíssima cena de Jogo da Velha (que anteriormente recebeu uma fabulosa
explicação com Falken e Jennifer e a impossibilidade da vitória – isso em
paralelo com a história da Guerra e o mesmo desfecho) e tentativa de
possibilidades, enquanto assistimos a máquina aprender. Nossos olhos brilham
exatamente como os de David nessa cena… maravilhoso!
Mas amei a interpretação do rapaz em todos os
momentos, convincente como um adolescente inconseqüente e muito inteligente, e
também convincente representando toda a confusão/culpa/medo que devia estar
passando por sua cabeça em algumas cenas do filme. Maravilhoso. Fico imaginando
Wade Watts tendo que reviver tudo aquilo, e como ele conseguiu, e fico imaginando
se poderemos ter trechos desse filme tão bom quando a adaptação de Jogador Número 1 finalmente chegar aos
cinemas. TEREMOS QUE TER, se não o filme ficará sem nexo.
Mal posso esperar!
E agora eu entendo tamanha obsessão de Ernest
Cline por Jogos de Guerra, obsessão
passada a James Halliday e consequentemente a Parzival, a ponto de colocar uma
reprodução do filme como desafio do Primeiro Portão no Concurso de seu livro.
Tem bem a cara do livro de Cline mesmo, e muitas vezes, vendo o filme, fiquei
pensando que Wade/Parzival foi em parte baseado em David Lightman… vamos
combinar que a cena toda de Wade Watts na IOI na terceira parte do livro é
muito parecida com David e a fuga milagrosa também me lembrou muito a fuga de
David no filme… uma ótima homenagem, que acontece mesmo quando não se cita o
nome da produção. Parabéns, Cline!
E então hoje eu termino minha postagem do Mês Temático com duas importantíssimas
dicas a vocês! A primeira é aquela que vocês já estão cansando de ouvir, sobre Jogador Número 1, e acho que mais cedo
ou mais tarde, se você ainda não leu o livro, eu te vencerei pelo cansaço. E a
segunda é Jogos de Guerra, de 1983,
mais um ótimo filme de ficção científica que tem lugar garantido entre os
clássicos e precisa ser admirado ao longo das gerações. Até mais!
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