Smash 2x02 – The Fallout
Simplesmente encantado por Smash novamente! O segundo episódio (esperado ansiosamente desde
que o primeiro episódio da temporada foi divulgado com antecedência) nos
surpreende novamente, e nos delicia com uma história madura, forte e bem
contada. Sem medo de nada, Smash
novamente é arrebatadora, sabendo utilizar bem seus melhores personagens, e
introduzir de maneira cativante os novos que juntam-se agora ao elenco.
O roteiro jamais perde o fôlego. Começando mais ou
menos de onde o episódio passado pára, Karen vai atrás de Jimmy na esperança de
falar sobre sua música, e sem muita abertura, a série continua sua história
apresentando os dramas dessa narrativa, além dos problemas de Julia, Eileen e o
Bombshell enfrentando todo tipo de
dificuldade, e algumas crises de identidade, melhor observadas em Ivy e Derek,
que ganharam um destaque merecido nessa semana. Sem contar que alguns casais
começam a se formar de maneira belíssima.
Julia começa o episódio ausente, mas permitindo
assim perfeitas afinetadas entre Tom e Derek, e esses dois são sempre encantadores
em suas birras. Mas é sempre bonito ver como Tom a protege, e como mesmo
tentando agradá-la, a força a melhorar por saber que isso é o melhor para ela
(“I don’t want a new partner, ok? I just
want my old one back”). Os dois apresentam uma das amizades mais bonitas
nas séries que assisto atualmente, e um tipo de amizade que qualquer um quer
ter na vida real. Qualquer cena dos dois, mesmo as pequenas brigas, são
fascinantes. E por fim os dois apresentam um terno momento de “reconciliação”.
Enquanto Derek está com mais problemas do que
nunca. Quando as acusações do episódio passado já pareciam bastante, mais cinco
bailarinas o acusam de assédio sexual, e ele também é afastado do The Wiz, ficando assim totalmente
perdido. Algumas das melhores cenas do episódio foi vê-lo bebendo no bar de
Jimmy, ou o que aconteceu por conta disso. O Derek bêbado é uma coisa engraçada
e fofa ao mesmo tempo… e ele fala tudo o que acaba pensando mas não fala quando
está são – foi uma interpretação perfeita, em cada uma das cenas.
E quão bom não foi ver Would I Lie to You, cantada pelas provocantes Ivy e Karen, em uma
espécie de devaneio alcoólatra de Derek? A cena além de intensa, cheia de uma
coreografia precisa e sexy, ainda conseguiu ser divertidíssima – confesso que não
tinha mesmo entendido essa cena no trailer de semanas atrás. E ele ainda
apresenta uma cena bem legal com Ivy, sentados na escada, na qual ele consegue
apresentar muita humanidade, e falar coisas legais para ela (“You’re a singular talent. Don’t give up”).
Fiquei bem contente. Mas o final me deu pena dela.
Ivy é outra passando pela crise de identidade,
pensando até a abandonar a carreira de atriz. E é justamente nesse momento que
o destino a coloca para mais uma conversa com Julia, acidentalmente. Mesmo que
a conversa do 2x01 tenha sido mais séria e forte, essa conversa foi divertida e
bonitinha… e gerou aquela proposta de que quando você está a ponto de desistir
alguma coisa aparece lhe mostrando que ali é seu lugar. E essa “coisa” foi a
possibilidade de cantar They Just Keep
Moving the Line numa proposta audaciosa de Eileen.
E que interpretação! Se eu estivesse naquele
jantar (que por sinal arrecadou tanto vexame para a equipe criativa de Bombshell que é incontável; mas ao mesmo
tempo também proporcionou uma grande oportunidade de divulgação para o
espetáculo, que parece temporariamente salvo) eu teria aplaudido de pé! A
música já era ótima, mas Megan Hilty teve um de seus ápices na série, com uma
voz forte e uma interpretação tão intensa que nos arrepia de emoção. E nesses
momentos eu volto a me questionar se ela não devia mesmo ser a Marilyn.
Por que as duas têm que cantar tão bem?
Já Karen passa o episódio todo inteiramente
afastada do Bombshell para poder se
aventurar nessa sua obsessão pelo musical que está sendo escrito por Jimmy e
Kyle, e suas cenas foram ótimas. Posso dizer? O que foi ver Wes Taylor e Krysta
Rodriguez na mesma cena, na mesma sala, até interagindo? E ainda poder ouvir,
mesmo que por pouco tempo, aquela voz tão bela dela? Bem, o meu coração fã de Família Addams foi à loucura. Se você
não entendeu o que isso quer dizer, I’m
sorry for you.
Mas Jimmy e Kyle foram novamente bem aproveitados,
e o roteiro prova que tem uma ótima e bonita história para os dois.
Primeiramente falando sobre Jimmy: ele é o que está compondo essas músicas
todas, às quais Karen tem acesso por intermédio de Kyle, e ele tem todo um
jeito arrogante e meio “esnobe” (palavras de Karen) que são interessantes. E
sedutoras. Então é bom ver como a química vai se desenvolvendo entre ele e
Karen, e como no que seria o ápice da tentação, Karen canta Caught in the Storm (belíssima música
por sinal) e tudo desanda.
Kyle é sempre fofo, do começo ao fim. Meio
defendendo Jimmy para Karen inicialmente, depois a convidando para a festa,
sempre transbordando muita gentileza e esperança. Um dos personagens mais fofos
da série atualmente; e é bom ver o quanto ele também está interessado nesse
trabalho todo. E eu amei poder ver o Wes Taylor (eu ainda não aprendi o nome
dele na série) se interessando por ele – o comentário de Karen foi épico! – e
mesmo que tenhamos visto pouco, parece que a conversa entre os dois até rendeu
alguma coisa. E os dois juntos (talvez porque eu já desde muito tempo goste
demais dos dois atores) ficaram fofos – meu casal gay favorito, Blaine e
Sebastian ficaram totalmente no chinelo! kk
Mas melhor do que tudo isso, foi ver a interação
entre Jimmy e Kyle, com uma pequena intervenção de Karen. Aquela aguardada cena
de “Você roubou as minhas músicas” (além do “You son of a bitch” que foi de partir o coração) foi espetacular!
Amei a hostilidade, o nojo no olhar; a decepção e frustração de Kyle. E mais
tarde, Jimmy e Kyle apresentaram um diálogo curto, mas que foi o meu favorito
do episódio inteiro! “Eu não só fico sentado enquanto você compõe. Estou
escrevendo o roteiro para isso”. E entendemos um pouco mais da amizade desses
dois.
E o quanto um é importante para o outro, porque
isso fez até com que Jimmy abaixasse a guarda para conversar com Karen. E resta
saber qual é a reação de Derek, afinal o episódio terminou ali.
Foi um episódio maravilhoso. Eu já estava morrendo
de saudades da série, e ela retorna na segunda temporada com histórias que eu
ainda considero melhores do que as da primeira. Porque consegue seguir no rumo
daquilo que já estava estabelecido, mas ainda conseguindo incorporar novas
histórias bem incorporadas à trama, e sabendo utilizar todos seus personagens
muito bem. Novamente Smash
surpreendente pela narrativa madura, concisa e verdadeira – e nos prende pela
ótima música, elenco e pela emoção. Grande série, todos precisariam assistir!
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