Smash 2x03 – The Dramaturg
Acho que muito mais do que a primeira temporada, Smash entrou numa área que eu gosto
demais e agora eu me apaixono cada vez mais por essa série. Porque mesmo com as
vidas pessoais de cada um dos personagens (que não são abandonadas para que a
história ainda possa ser crível e humana, uma das coisas que mais nos agradam),
Smash está apostando realmente na
Broadway e na vida com relação a ela. Seja os altos e baixos de Bombshell, seja carreiras seguindo por
outro caminho, sejam novos caminhos sendo trilhados agora…
Estamos acompanhando Bombshell, The Wiz e agora o novo musical de Ivy e o musical
escrito por Jimmy e Kyle.
Eu acho que a série realmente se encontrou, e vai
prender aqueles mais fascinados por teatro musical como eu. Porque o show agora
é a Broadway, as apresentações são quase completamente vindas direto do teatro,
e o processo criativo é fascinante de assistir. Mesmo imaginando antes, é tão
bom ver o tamanho de todos os desafios para se alcançar um sonho nesse
universo. E eu gosto de como as histórias estão sendo trabalhadas – Marilyn
ganhou uma história e suas várias facetas começam a ser valorizadas durante a
escrita de Bombshell. E Hit List começa com uma história fascinante,
que é quase tudo o que conhecemos até agora.
A personagem Ivy, por mais surpreendente que seja,
está se desvinculando talvez permanentemente de Bombshell. Juro que não sei para onde querem levá-la, mas enquanto
isso é ótimo vê-la dando demonstrações de ótimas músicas e cenas, vê-la feliz
em uma belíssima amizade com Tom, e vê-la fazendo testes e conseguindo o papel
de Cecile com o qual estava sonhando. Todas suas sequências (especialmente ao
lado de Tom) foram ótimas. E ainda cantou Dancing
On My Own numa ótima cena que deixou meus olhos brilhantes, porque é bom
ver algo moderno e conhecido na série para variar.
Lembrei-me
de Brighter Than the Sun…
Mas aquela ainda foi melhor.
Karen lentamente volta a ser a Karen que
conhecíamos antes, e por flashes tivemos
de volta cenas da primeira temporada, com ensaios na sala fechada, novas cenas
que não se consegue acertar nunca, e um Derek rude que coloca defeito em tudo.
Foi bom estar de volta a esse universo. Mas Julia finalmente perde o medo de
ousar e cria Our Little Secret para
Karen e Simon (Marilyn e Kennedy), que embora um tanto sensual e instigante,
ainda faltou o calor que eu estava esperando… e segundo Peter ainda não estava
no ponto certo que um musical de Marilyn precisava.
Eu amei a importância que deram a Marilyn Monroe
nesse episódio. Porque Eileen contrata Peter Gilman como dramaturgo para ajudar
no roteiro, e depois de cenas de completa revolta e muito protecionismo, eu
acabei me deixando levar. Foi horrível ver a maneira como Eileen falou com Julia,
como se ela fosse descartável e grande parte do trabalho não tivesse vindo
dela; também foi estranho ver Peter chegar já querendo mudar praticamente o
espetáculo inteiro com aquele jeito tão cheio de si… mas aos poucos vamos nos
convencendo.
Por quê? Porque não são simples idéias jogadas,
mas sim fundamentadas. Eu realmente senti falta disso na primeira temporada,
mas aqui finalmente Marilyn começa a ser analisada de verdade para um musical
sobre sua vida. Não uma série de boas músicas e uma morte emocionante; não a
busca por uma vida doméstica. Mas a Marilyn como a Marilyn era… sensual,
sedutora, perigosa. Uma predadora, como disse Peter. E foi ótimo poder além da
aparência já tão conhecida de Marilyn, podermos aproveitar um pouco de quem ela
era, e o musical realmente precisa dessa transparência para fazer sentido e
para ser interessante a todos nós, no momento em que o assistamos. Por fim, eu
acabei gostando do dramaturgo, e ele pode significar mudanças interessantes em Bombshell.
Don’t worry about us. One shot is
all we need.
Mas abandonando Bombshell, eu vou falar sobre Jimmy e Kyle. Eu realmente gosto do
empenho de Karen em tudo isso, e eu realmente amo ver Kyle todo empolgado e
crente daquele jeito, porque ele é fofo demais. Mas com Bomshell retornando aos ensaios, o musical da dupla fica em segundo
plano, e algumas cenas como “You must be
Derek, I’m Jimmy Collins” / “Jimmy who?” / “Exactly” são de partir o
coração; mas necessárias e bem construídas. Eu amo ver Jimmy e Kyle
contracenando – o primeiro já desiludido, mas muito mais do que isso, descrente
nas promessas, como uma pessoa que não consegue mais acreditar na outra,
acostumado a se desapontar; e o segundo esperançoso, feliz, defensor de Karen.
Também é fofo como Jimmy realmente se importa com Kyle.
Mas foi brilhante vermos Derek ir atrás de Karen
para que ela o levasse à casa dos dois. Eu tranquei a respiração quando eles
chegaram ao apartamento, e eu amei a cena, porque foi todo um momento
grandioso, feliz e repleto de esperanças… quase a realização de um sonho. O
entusiasmo com que Jimmy e Kyle falam de seus trabalhos, com tanto amor e tanta
vontade, é totalmente contagiante. E eu amei a história do que Derek pensa em
chamar de Hit List. Seria um musical
realmente interessante, tem um roteiro muito bom! Além das ótimas músicas… só
eu sei minha alegria e realização ao ver a atenção de Derek, ver que ele
realmente se interessou.
Estou muito mais ansioso para voltar a essa
história do que a qualquer outra. E vocês podem discordar de mim, mas gosto é
gosto, e fazer o quê? Pela sinopse, eu assistiria Hit List na Broadway bem antes de assistir Bombshell. Só dizendo, me parece um musical que valeria a pena ver
ao vivo… e mesmo já sabendo mais ou menos qual seria o final, o segundo ato
inteiro não está escrito ainda, e sempre podemos nos surpreender. Eu espero um
dia poder ver tantas cenas desse musical quanto estamos vendo da Marilyn no
momento… talvez esse seja o futuro da série.
Agora a série segue vários caminhos. Mesmo com
Veronica interpretando músicas de The Wiz
(e aquele desejo não concretizado de escutá-la cantando com Derek), ela
abandona a peça querendo algo mais, e não posso deixar de pensar que ela
retorna com possíveis grandes histórias. Ivy será Cecile em Liaisons. Bombshell pode estar voltando, mas vai saber como? E Karen parece
realmente empenhada em trazer Hit List
para a realidade, e eu estou ansioso para acompanhar essa história. A segunda
temporada começou bem, e eu espero um ótimo ano, vamos aguardar. Até mais!
P.S.: Gente, Smash ganhou uma abertura! Eu não posso
dizer muito mais além do fato de ter ficado surpreso. Mas estou satisfeito,
acho que foi uma belíssima sequência de abertura. Deviam ter feito isso antes.
P.P.S.: Afinal, porque Kyle
não queria que Jimmy voltasse por aquele notebook? Quem era aquele cara que
bateu em Jimmy quando ele desobedeceu e fez exatamente isso? Por que as cenas
foram tão rápidas e não nos deram a oportunidade de entender nada? Eu realmente
estou curioso por essa história, mas baseado na sinopse de Hit List, pode muito bem ser seu padrasto, não?
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