Supernatural 8x12 – As Time Goes By


O “Then” já nos mostrou que algo grandioso estava pela frente – e eu já fiquei eletrizado e ansioso. Com certo receio também. Mas tudo ocorreu muito bem, e temos um episódio que beira a perfeição, o melhor episódio que tivemos desde que a quinta temporada terminou, a última época em que a série foi verdadeiramente boa. Sem Sam e Dean, o episódio teria sido perfeito, e já estava imaginando todo um spin-off fantástico com Henry Winchester como protagonista.
Que não acontece.
Mas o episódio traz tudo o que seria necessário para um ótimo episódio. Tem o estilo sobrenatural e um tanto macabro de Supernatural que há muito se perdeu, além da comédia escondida que é inteligente, e uma história muito bem amarradinha, cheia de detalhes e um pouco de emoção. Além, é claro, de ter esse plot que eu tanto amo de viagem no tempo, com direito a muitas referências, inclusive a De Volta Para o Futuro (“[…] and Marty McFly himself back to the 1950’s”), que jamais poderia ficar de fora com esse tema!
O começo, em 12 de Agosto de 1958, eu descreveria como épico. Porque Henry estava a ponto de passar por sua inicialização nos Homens das Letras (roteiro todo que eu achei muito interessante, que seria o material para um spin-off), quando Abbadon, um demônio extremamente forte, escolhido a dedo por Lúcifer (Abbadons são filhos dos primogênitos dos primeiros anjos caídos), praticamente extingue a sociedade secreta atrás de uma caixinha repleta de mistérios e poder.
Que deve retornar.
Sem sua inicialização, e sem saber exatamente o que está fazendo, Henry faz um feitiço maravilhoso (que mostra sua inteligência, mais evidente na cena da lanchonete que me deixou envergonhado por Sam e Dean não conhecer essas coisas – que eram muito mais interessantes e didáticas, mais inteligência e menos selvageria; não é à toa que ele não é fã de caçadores) que liga sangue a sangue, e vai parar em 2013, em busca de John Winchester, seu filho. No entanto, se depara com os irmãos Winchester.
Basicamente, os dois interagem com seu avô, mas o episódio é dele. É fascinante ver como eles se descobrem, os diálogos. E como Henry parece ainda melhor do que eles em alguns pontos – como escapando de Dean quando tenta prendê-lo. E como é discrepante ver um bom ator como protagonista. Porque Gil McKinney (além de ser lindo, meninas, vocês nem tem o que discordar!) é um ótimo ator! Ele interpretou Henry lindamente, e era horrível compará-lo à péssima interpretação de Jared com a qual já nos acostumamos. Ou à coisa exagerada que é Jensen… mas enfim.
Eu tiraria o Dean do episódio. Totalmente. Porque ele fez um draminha todo de não querer intimidade com Henry porque ele tinha abandonado seu pai quando ele era criança. Como se ele tivesse alguma culpa – ok, talvez um pouco, mas isso nunca foi planejado. E é doloroso ver Henry sofrendo com essa possibilidade, em outra ótima interpretação. Mas Dean precisa ter sua cota semanal de drama. E depois faz um discurso inflamado sobre salvar Sam que é tão repetitivo que me dá sono.
Ainda temos o vilão perfeito como há muito tempo não temos. A não ser Crowley, que sempre foi um ótimo vilão, mas ele parece estar sendo mal aproveitado. Afora dele, Josie/Abbadon foi um dos melhores vilões que a série já viu… porque desde o comecinho suas cenas foram boas, mas quando Dean a esfaqueia e ela não morre, não tenho palavras para expressar minha surpresa. Ela era ameaçadora, assustadora, sexy e transbordava poder e intensidade. A maneira como dizia “Show me what you’ve seen”, ou o seu final. Não me lembro da última vez em que fiquei tão satisfeito com um clímax de Supernatural – Henry e Dean foram extremamente inteligentes, foi o plano perfeito e macabro. Fascinante!
O episódio foi maravilhoso, e o melhor dos últimos anos. Eu amo a possibilidade de viagens no tempo, então já é um motivo. Mas também amei como a série trouxe isso novamente, e como a história de Henry é contundente e foi bem contada, no estilo que estávamos acostumados anos atrás. Foi emocionante (graças à cena final de Henry), foi divertido (graças à piadas engraçadíssimas como Henry “usando” o celular de Sam, que me arrancou deliciosas risadas! Me lembrou Cass…) e foi super bem produzido. O tipo de episódio que todo fã de Supernatural espera a cada semana, e infelizmente não conseguimos com tanta freqüência. Esse vale a pena, não deixem de assistir e comentar! E vamos aguardar pelos próximos episódios…

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P.S.: Chamar Henry Winchester de “H.G. Wells over there” me fez surtar!
P.P.S.: So you’re like Yodas to our Jedis” também!

Comentários

  1. Ótima resenha, e o episódio foi mesmo o melhor da temporada. Lembrou muito mais o que assistíamos nas primeiras temporadas. Espero que Henry apareça mais vezes.

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    1. Ainda bem que não sou o único a ter amado o episódio \o/ e achar que lembra os antigos bons episódios!
      Mas com a morte dele, embora eu deseje muito que ele retorne, não acho que vá acontecer =/

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