Doctor Who 7x08 – Cold War


Sem deixar de lado a irreverência e o absurdo característico de Doctor Who, esse novo episódio da temporada trouxe um tom um pouco mais sério, com mensagens interessantes, e um crescente clima de suspense delicioso. Acho que a construção do personagem de Skaldak ajudou muito para isso, mas sua voz e seus efeitos sonoros eram de arrepiar… e o Doctor e a Clara chegam diretamente no meio da ação sem nenhum tipo de introdução, e talvez ela tenha finalmente percebido o quão grande é o que fazem…
Para o bem e para o mal.
Totalmente ambientado no Pólo Norte de 1983, o episódio se passa dentro de um submarino soviético que está afundando – com todos correndo risco de vida a 700 metros de profundidade, sempre tem aquele imbecil que quer colocar mais lenha na fogueira… e é assim que Skaldak, um Guerreiro do Gelo (sim, eles estão de volta!), é despertado depois de seu sono de 5.000 anos. Ainda acreditando que seu povo está morto (o pessoal lá de Marte), tudo o que lhe resta é o desejo por vingança, e em meio à Guerra Fria, ele pode realmente causar a destruição da Terra com apenas um clique.
Eu gostei bastante de toda a construção do episódio. A introdução foi pertinente e séria, e a chegada do Doctor e de Clara muda todo o rumo da narrativa – gostei bastante de como eles foram inicialmente tratados, e de como isso foi se alterando ao longo do episódio. Além da genialidade da TARDIS de colocá-los falando russo. E também gostei bastante das motivações de Skaldak e de como ele agiu durante todo o episódio, se tornando perigoso conforme o tempo passava…
Harm one of us, and you harm us all.
A primeira conversa de Clara e Skaldak foi ótima. Uma grande e deliciosa cena que nos apresentou, mais uma vez, toda a coragem da personagem. Mas também foi fascinante vê-la hesitar ao ver os corpos dilacerados pelo marciano… gostei de sua interação com o Professor, toda aquela história do russo, da música, e o impacto de perceber a realidade da situação, ampliada pelo fato de a TARDIS ter misteriosamente desaparecido, impossibilitando uma fuga. Não que eles fujam, como ela aprendeu no episódio passado. We don’t walk away.
Nesse episódio, bem como em muitos outros, inclusive o último, o Doctor deixou muito clara sua personalidade que nega a violência e acredita na conversa. Foi ótimo vê-lo negociando com Skaldak, e como Clara tem tanto jeito para fazer a mesma coisa… a última cena (com aquela belíssima nave marciano, vale a pena comentar) foi surpreendente e muito envolvente. E como se tudo isso não bastasse, eu amei ver a felicidade de Clara e o abraço tão verdadeiro que ela deu no Doctor… como uma criança contente. “Nós salvamos o mundo. É isso que nós fazemos”.
O episódio foi realmente bom, e eu gostei bem mais desse do que o da semana passada. Bastante intenso e com uma história bem narrada, o episódio passou depressa e me deixou super satisfeito. Mas a promo para a próxima semana promete talvez o melhor episódio desde que Clara se tornou a nova companion do Doctor… realmente ansioso para o próximo episódio! Mas já dá aquela tristeza sentir que a temporada se aproxima de seu desfecho… pelo menos temos os contos para ir lendo no meio tempo, huh?

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