Glee 4x18 – Shooting Star
Belíssimo.
E forte.
Eu amei o episódio. Glee retorna de seu hiatus
com apenas duas histórias centrais, abandona Nova York completamente, e nos
emociona com o melhor episódio da temporada, se não o melhor episódio da
história da série. Resolvendo tratar assuntos reais e contemporâneos, Glee retrata o horror de um tiroteio na
escola (como presenciamos recentemente) e parte nosso coração com grandes
sequências em que apenas o olhar transmitia mensagens inteiras. Foram longas
cenas emocionantes à sua maneira, sem medo de ser forte ou cruel.
O episódio nos força a nos colocarmos tanto no
lugar daqueles estudantes que sofreram essa angústia toda – e achei muito
inteligente como eles colocaram isso no episódio e como os atores interpretaram
tudo tão bem, e como diz o Mr. Schuester no final, como parece algo ter se
perdido; a inocência, a segurança, o medo no olhar era de partir o coração –
tanto das famílias que perderam as pessoas – os vídeos deixados pelo glee club para os familiares foram
profundos, rápidos e simples, mas com uma emoção palpável. Bastante
convincente.
Tudo começa com mais uma teoria de fim de mundo da
Brittany (resolvida de maneira bem Britt), mas o que gera uma discussão a
respeito de “Last Chance”, e todos
começam a viver como se fossem seus últimos dias, suas últimas chances de dizer
e fazer o que sempre quiseram dizer e fazer. E eu gostei de como está bonita e
fofa a relação entre Brittany e Sam, e More
Than Words foi uma belíssima música estranha – que apesar do absurdo do
momento, foi bonita e emocionante… na verdade esse estilo de música num momento
de New Directions unido é sempre
bonito…
E gostei de como Becky foi colocado no episódio,
com aquela conversa tão bonita com Brittany, dizendo que sempre a teve como
espelho, e falando sobre seus medos de estar sozinha na escola no ano seguinte.
O abraço foi emocionante. E como sempre é, Sue e Becky compartilham um momento
bonito e inteligente – aquilo me arrancou lágrimas, além de uma crescente
admiração por Sue Sylvester… mas ainda não me conformo de vê-la guardando as
coisas para ir embora. Glee não pode
ficar sem ela… a não ser que ela vá dar aula em NYADA, ou algo assim.
Mas Sue deixou de ser Sue por um tempo e
apresentou algumas das reflexões mais inteligentes e bem colocadas da série.
Foi chocante ouvi-la na sala dos professores, mas ainda mais do que isso, foi
ótimo vê-la conversando com o diretor Figgins. Eu amei aquela rápida referência
aos pais que estão preocupados demais em ter 3 empregos e não têm tempo de
educar seus filhos. Também me atingiu em cheio ouvi-la citar todas as coisas
boas que já fez e terminar com “But all
I’ll be remembered for is this one thing”. E eu sempre gostei da
personagem, mas a amo mais do que nunca.
Mas o próprio momento do primeiro tiro (não li spoilers, isso me pegou totalmente de
surpresa) foi chocante, e o desespero para se esconder também. Inicialmente eu
estava cético, sem entender o que estava acontecendo. Mas a realidade das
interpretações me convenceu, e uma angústia crescente se apoderou de mim.
Lembro claramente de cada expressão, de cada rosto lavado pelas lágrimas, de
cada abraço… desesperador ver Brittany no banheiro e o choro silencioso, Marley
tentando falar com a mãe, até Kitty confessando sobre o figurino de Grease e um abraço verdadeiro entre as
duas… a brutalidade com que Shannon e Will detém Sam quando ele quer buscar
Brittany.
E o vídeo do Artie…
Presumo que Outcast
será escrita por Marley, então!
E a segunda principal história do episódio foi de
Ryder e “Katie”, e o personagem mais uma vez ganhou a atenção central em um
episódio. É sempre muito bom vê-lo em tanto destaque dessa maneira. Quando
começamos o episódio e não sabemos o tamanho do horror que nos aguarda, é super
fofo vê-lo feliz por ter visto “Katie” e seu plano. Your Song é ESPETACULAR! Ok, apaixonante. Afinal Elton John fez um
belíssimo trabalho, mas depois Ewan cantando ela em Moulin Rouge é algo claro em minha cabeça… e Your Song sempre me lembra a primeira temporada de The Glee Project, com Cameron cantando…
e eu amo a música. Você podia imaginar minha ansiedade por ouvi-la na voz de
Ryder!
Foi ótimo. Ele arrasou como certamente faria, e
foi uma grande explosão de fofura. Foi fofo e sedutor ao mesmo tempo, que
menina em sã consciência não se apaixonaria por ele? Mas foi legal dela ficar
toda encantada, mas ser verdadeira. E aqui a intensidade da interpretação de
Blake Jenner me arrepiou (muito ajudado pelo inteligentíssimo jogo de câmeras),
nervoso e frustrado confrontando Jake e Marley no corredor… foi forte e de
partir o coração. As lágrimas em seus olhos, a tristeza profunda, o sentimento
de ter sido enganado… extremamente forte.
Achei que conheceríamos a verdadeira “Katie” hoje,
mas ainda não. Com toda a história do tiroteio, Ryder até ligou para ela e o
telefone tocou na sala do coral, mas nada concreto. Ainda acho que é a Unique,
mas espero que não – e o próprio Ryder tem uma teoria pela qual não é ela. Mas
eu gostei de vê-la pedindo desculpas, dessa vez sem rosto, e do “Today. After school. Or stop texting me”
– Blake fez isso perfeitamente, mas era triste e desesperador ao mesmo tempo…
todo o momento era uma angústia em crescimento, uma ansiedade imensa.
O que não foi estar com ele às 3:30 esperando na
frente da sala, mas sem ninguém aparecer. Say
foi emocionante, e eu amo essa união tão bonita que eles transmitiram com a
música. A música era belíssima, Ryder esperando por “Katie” me deixou nervoso,
e vê-lo correndo tão estilo cinema, e cantando junto, chegando e se juntando
aos amigos na música… foi realmente emocionante. Mas eu quero que ele seja
feliz, basicamente isso… e eu, como Ryan Murphy, amo essa história que está
sendo escrita para o personagem… mas essa coisa de nos deixar tão nervoso me
destrói!
Foi um episódio belíssimo e emocionante que soube
misturar duas coisas diferentes de maneira inteligente, soube fazer sua crítica
e sua representação da realidade, e não teve medo de como mostrar isso.
Provando mais do que nunca que NY não é essencial para a qualidade da série,
conseguimos aproveitar bem nosso elenco de Ohio, com cenas absurdamente bonitas
entre Tina e Blaine, por exemplo, mas todos os outros também. Foi ótimo ouvir
aquelas últimas notas de Say e os
depoimentos no vídeo de Artie, mas não me lembro da última vez em que terminei
um episódio de Glee tão triste e
atingido. Belíssimo.
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