Glee 4x19 – Sweet Dreams
Emocionante.
O episódio dessa semana é possivelmente o episódio
mais aguardado da temporada, se não o episódio mais aguardado na história de Glee. E acho que ele agora ocupa o lugar
de meu episódio preferido nessa temporada, porque me provou uma coisa: que
novatos e veteranos podem conviver muito bem para produzir um episódio
convincente em todos os sentidos. Os temas se misturam, e os veteranos só estão
ali porque possuem uma história verdadeira e emocionante, enquanto o New Directions segue seus rumos com a
atenção necessária aos novos membros.
Esqueceram o Ryder.
Foram três histórias guiadoras desse episódio. A
divertidíssima história de Finn encontrando Puck na faculdade e o período American Pie que se originou a partir
disso tudo. As conseqüências pós-trauma pelo tiro na escola no último episódio
com a preparação para as Regionais (que finalmente colocou as canções originais
de Marley em destaque, o que valeu a pena!). E, por fim, o começo da realização
de um sonho para Rachel, fazendo audição para Fanny em Funny Girl, cantando de maneira comovente uma nova versão de Don’t Stop Believing. Volto já.
O episódio começa nos apresentando Finn na Universidade
de Lima, estudando para ser professor. E quer saber? Eu acho que vale a pena
comentar o quanto eu desgostava de Finn, desde o começo da segunda temporada,
atingindo o máximo ao se aproximar do fim da terceira temporada. A quarta
temporada começou com resquícios dessa raiva guardada, mas afastado de Rachel
foi quando eu finalmente comecei a olhar para o personagem diferente, e agora
eu realmente gosto de sua história. E finalmente souberam escolher bem uma
música para ele, e é inegável que sua relação com Rachel é linda.
Enfim. Eu achei absolutamente divertido ver Glee entrar na onda do Harlem Shake, e isso iniciou o episódio
surpreendentemente divertido. Eu ri muito com os dois ou três Harlem Shakes, que ficaram bem
fidedignos e muito divertidos. E foi ótimo colocá-lo encontrando Puck naquele
saco de dormir (clássico!) e amei ver os dois juntos, uma grande felicidade. E
eles entram numa experiência American Pie
comportada divertidíssima, e (You Gotta)
Fight for Your Right (to Party) é o hino da história – e esse tipo de
música eu realmente acredito que o Cory consegue cantar, então parei de
reclamar de sua voz, desde que as músicas sejam escolhidas bem para ele.
Eu entendo perfeitamente o contentamento geral
quando ele retorna para ajudar Will a treinar o New Directions para as Regionais, afinal o Mr. Schuester está pior
do que nunca. Ele sempre foi mais ou menos assim, mas a quantidade de adjetivos
que usei para ele extrapolou. Imbecil, idiota, irredutível, grosso e uma
infinidade de outros que prefiro não usar para manter a “classificação livre”
da postagem. Mas deu nojo assistir a suas cenas impondo uma setlist, gritando e exigindo que as
ensaiassem, menosprezando todos que tentam dar sua opinião, e não consigo
confiar nele mesmo quando tenta ser legal… o personagem caiu tanto no meu
conceito que nem consigo expressar. Ridículo. Mas gostei de vê-lo ouvir Marley
dizer, com amargura: “No, he made it
pretty clear he’s not interested” – eu quis aplaudir.
Mas ele também não foi o único a menosprezar a
idéia de Marley de cantar as músicas originais, mas Kitty é quem eu relevo por
fazer isso, eu me diverti com seus comentários. E eu achei muito intenso quando
Marley finalmente se impõe e pede que eles cantem com ela uma de suas músicas
para “ouvi-la em voz alta”. You Have More
Friends Than You Know é muito emocionante, de verdade, me arrepiou ouvir
àquela música (“It’s about how much
friends like you mean to me”) – embora não seja realmente, realmente uma
música original, mas é praticamente. E acho, de verdade, que faltou colocarem o
Ryder para cantar ali, senti a falta dele ao longo do episódio, totalmente
esquecido…
Mas preciso comentar sobre as “reações pós-trauma”
da galera. A Tina, como sempre, desconta isso no estilo de se vestir – essa é a
personagem que mais muda nesse quesito, e hoje estava lá, toda diferente
também. Unique está mais mulher do que nunca, fazendo coisas duvidáveis,
questionadas por Marley. Mas Sam… Sam ganhou de todos com Evan! Gente, como eu
ri e como eu me diverti com o “gêmeo inteligente de Sam, Evan” – achei que em
algum momento ficaria cansativo, mas nunca. Do começo ao fim, o tempo todo,
ansioso por ver mais dessa troca incrível. “I’m
Evan. Sam moved to Alaska” kk
E quem está de volta? SHELBY! Demorou, morando em
Nova York e tendo uma temporada inteira lá, mas tudo bem. Como é bom ver e
ouvir Idina Menzel novamente, nunca me canso dela. Gosto muito da química que
Idina e Lea apresentam, e da relação que Shelby e Rachel já construíram… assim,
é plenamente convincente ver o abraço e a felicidade das duas, ver Shelby dando
palpite a respeito da audição, e ver a maravilhosa cena de Next to Me. Porque cantando o que for, é sempre emocionante e um
presente aos ouvidos ouvi-las cantando juntas. Maravilhosas. Será que um dia
ainda verei Lea ser Elphaba?
Mas o foco de Rach nesse episódio é cantar nas
audições para Funny Girl, o seu maior
sonho desde sempre – ótimo vê-la toda fancy
no começo do episódio, ver a idolatria a Barbra, mas ver a dica de Shelby de
que ela não devia cantar nada dela. Plenamente convencida disso, ela não
consegue se decidir por qual música optar, e é Finn quem dá uma idéia genial:
algo que a defina, que a marque, e que a faça lembrar da sua paixão inicial
pela música. E vamos combinar? Emocionante demais ouvir os dois conversando no
telefone, mesmo tão distantes apresentando uma química tão perfeita. O romance
dos dois é real, é bonito, é emocionante.
Mas falando em emoção. Chorei, chorei, chorei
vendo Don’t Stop Believing. Foi uma
ansiedade muito grande vê-la subir ao palco, minhas mãos tremiam, meu coração
disparou. E ela inicia um tanto insegura, mas ver os demais membros originais
do New Directions (Finn, Kurt, Tina,
Artie e Mercedes) entrando é uma sensação sublime que eu não consigo colocar em
palavras. Rachel arrebenta, mas eu não lembro da sua voz com a mesma nitidez
com que me lembro da expressão em todos os rostos, as recriações perfeitas, o
sentimento que tomou conta de mim. Com os olhos marejados e o coração
saltitante, ouvir a declaração final sua aos amigos me levou às lágrimas. De
verdade.
“Perfeito” porque não penso em nada melhor.
E o episódio termina bastante bem com Finn se
dispondo a retornar a Ohio sem deixar a faculdade, Rachel recebendo uma
belíssima ligação (seu momento com Kurt é ótimo) e Marley mostrando mais uma de
suas canções originais. Ótimo escutar Outcast
que, como Loser Like Me, serve muito
para definir quem eles são, e a música é ótima. Eu, particularmente, achei
emocionante, bem como todo o restante do episódio. E foi bom ver que o Ryder
teve um pequeno solo de destaque em Outcast,
pelo menos isso depois de ficar o episódio inteiro esquecido.
Glee se
aproxima depressa do fim da quarta temporada, e começa me bater uma tristeza em
saber que quatro longos meses me esperam até que a quinta temporada estréie.
Pelo menos temos essa ótima notícia: Glee
está de volta não só para a quinta temporada, bem como para uma sexta. Só vamos
esperar que os produtores saibam o que estão fazendo e consigam criar histórias
bem escritas e que saibam usar com qualidade todos os ótimos personagens que
conquistamos ao longo desses anos. Que Ohio não fique esquecida, e que os
veteranos possam aparecer com histórias reais, sem viajar metade do país por um
dia para cantar uma música em seu antigo glee
club. Até mais…
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