The Host – A Hospedeira
Eu amei a adaptação.
Confesso que fui ao cinema com duas sensações bem
contrárias dentro de mim: uma era aquela ansiedade e felicidade porque estava
finalmente indo ver A Hospedeira e
outro era o medo da adaptação. No final, posso dizer que quase morri de
felicidade. Ainda não é o livro, mas nunca é. Percebi coisas que ficaram de
fora, dentre elas a que mais me fez falta foram as aulas de Peg… colocaram uma
conversa belíssima que eu achei que seria a introdução para o assunto, mas
acabou ali. Mas independente disso, acho que o clima do filme conseguiu captar
bem o espírito do livro.
É um livro extremamente denso. São mais de 500
páginas de muita informação e acontecimento. A história de Stephenie Meyer é
surpreendentemente bem narrada e contundente, e a rapidez com que as coisas
mudam de figura é fascinante. Temos várias fases do livro, e cada uma consegue
ser amplamente desenvolvida, nunca deixando a desejar, e ainda assim fazendo com
que a cada virada de página nos sentíssemos lendo algo inovador. O filme não
teve tempo de aprofundar tão bem todos esses detalhes, porque eram apenas duas
horas.
Mas conseguiram fazer isso de maneira melhor do
que eu imaginei. Achei que seria difícil fazer caber em duas horas de filme a
introdução toda, as memórias de Melanie, a parte com a Buscadora, o deserto, a
caverna… a maneira como ela é tratada na caverna, como a relação muda lenta e
gradativamente com Jeb, com Jamie, com Ian… como ela se torna ativa na caverna,
como tudo vira uma grande caçada e como ela se arrisca a ser presa para invadir
um hospital e conseguir remédios para Jamie. Agora pasmem: tudo isso esteve no
filme. Foi rápido, mas isso garantiu a fluidez, e ficou impressionante.
Eu queria ver mais da maneira como ela é tratada
quando é encontrada. Quando Jeb dá água a ela pensando que é Melanie, eu
tranquei a respiração. Mas o filme foi mais humano. Passou depressa pelo
momento em que ela é presa, que Ian tenta matá-la e que ela é praticamente
torturada. O que dura dias. Ainda assim, em poucos minutos, tivemos todo o
choque necessário com a brutalidade e crueldade com que ela é recebida. E acho
que em inglês fica bem mais forte de escutar, com a maneira como todos se
referem a ela por “it”.
Esta aí a surpresa em ver Ian defendendo-a e
começando a chamá-la de “she” ou “her”. Claro que a iniciativa não foi
dele. Primeiro foi o Jeb, daquele jeito maravilhoso dele, tão convincente
quando no livro. Um coração gigantesco, ele trata Peg com no mínimo dignidade.
Depois temos Jamie, todo esperançoso, aquela criança “frágil” que só quer ter a
irmã de volta. E bem como no livro, a relação dos dois foi bem fofa e bonita de
assistir, mesmo que eu ache que devíamos ter visto muito mais daquilo. Eu faria
no mínimo dois ótimos filmes com esse livro, certamente.
Mas com Ian é diferente. Apreciei o filme por não
tornar isso um novo Crepúsculo. Não
sei qual vai ser a repercussão e eu temo a “modinha” mais do que tudo, mas
ainda com várias cenas super românticas e/ou picantes, o filme não foi sobre
romance, e nunca tentou ser. Temos uma ótima história, na qual o romance acaba
por estar ligado. E é bom ver como se desenvolve o sentimento confuso entre Peg
e Ian… os dois são fofos, lindos e maravilhosos. Cada cena romântica dos dois
foi linda, o primeiro beijo foi fofo e engraçado… bem, demais! E Melanie/Peg
não economizaram nas cenas hot.
Eu tinha muito medo de como seria a interação
entre Peg e Melanie, e acho que muitos compartilhavam isso comigo. A primeira
vez que ouvimos Mel falando confesso que levei um susto, mas bem depressa
aprovei. Não tinha outra maneira de colocar isso, e não podíamos simplesmente
ignorar o papel tão importante de Mel como parte de Peg. As duas juntas são
fascinantes, em cada briga, discussão, cada vez que o controle do corpo
alterna. E nas declarações de amor finais que foram realmente emocionantes. Eu
podia ouvir muita gente fungando no cinema.
Pena que os três dias não tenham parecido três
dias quando ela se foi.
Minha opinião ainda não mudou desde quando eu li o
livro, mesmo agora vendo o filme. Ainda gosto mais da Peg do que da Mel (e
vê-la acordar em outro corpo no final é realmente estranho, mas ainda achei
mais chocante no livro. Talvez porque já esperasse e soubesse que aquilo aconteceria,
mas parece que o novo corpo no livro foi ainda mais contrastante) e certamente
gosto muito mais do Ian do que do Jared. Mas eu teria colocado mais de Jamie, e
eu ainda não estou conformado com o fato de terem tirado as histórias dos
outros planetas…
Mas visualmente, o filme é belíssimo. Faz uns anos
que eu li o livro, talvez seja isso, mas os atores me parecerem profundamente
convincentes em seus papéis. Não tenho do que reclamar. Os olhos ficaram
exatamente como imaginávamos e víamos na capa do livro original. E as almas
ficaram incrivelmente belas. Meus olhos ao vê-las são mais ou menos os mesmos
dos de Ian, ao segurar a alma da Buscadora na mão, todo emocionado. Por sinal,
que cena memorável, não é?
O filme oscila por entre gêneros de maneira impecável.
As discussões de Melanie e Peg por vezes me lembraram Everybody Hates Chris, e o humor estava afiado. Também tivemos
cenas bem emocionantes (como o final e os encontros com Jamie); um pouco de
romance (nas cenas com Ian) e sensualidade (nas cenas com Jared); também
tivemos ficção científica (o cromo foi abundante, e as naves eram ótimas!) e
muita brutalidade – ainda lembro-me de como fiquei chocado quando Peg descobre
o Doc matando as almas ao tentarem tirá-las de dentro dos corpos humanos.
O filme é inteligentíssimo. Agora que me aproximo
do final do texto, me dei conta de que nem fiz uma sinopse, e talvez só entenda
o texto quem já viu o filme ou leu o livro. Mas aqui vai: A Hospedeira conta a história da invasão da Terra por uma raça
alienígena chamada Alma – poucos humanos sobreviveram e lutam, mas quase toda a
humanidade já foi tomada. Quando Melanie é pega e Peregrina é colocada em seu
corpo, ela se recusa a sair, e agora as duas precisam compartilhar o mesmo
corpo (além de memórias e sentimentos) enquanto tentam proteger a colônia de
humanos escondida no deserto… ação, ficção científica, romance, amor fraternal…
o filme é belo e inteligente! Recomendado a todos…
Não vou ler tudo! Ainda não comecei o livro hehehe mas o importante é ter gostado!!! :)
ResponderExcluirQuero assistir o filme também !!!!! Gostei do trailer!!!
Beijãozão*
Mas leia o livro siim :D Quero saber sua opinião!
ExcluirCalma, calma!!! hehehe
Excluirvou terminar As Brumas de Avalon (falta 1 e meio hahahaha) ai leio :)