Vale o Piloto? – Defiance 1x01e02
Science Fiction
\o/
Um convincente futuro tecnológico com um Han Solo
um pouco alterado, uma Princesa Leia que é prefeita da cidade, e raças
alienígenas e humanos vivendo em “harmonia” e lutando contra inimigos em comum,
como os Volges… sem saber onde isso tudo vai chegar, pretendo pagar para ver. O
estilo inicial com todos os efeitos, o estilo de narrativa e cenário, e mesmo
os seres diferentes me deu uma sensação de Star
Wars, mas a tecnologia e a maneira como alguns personagens se comportam me
lembram Star Trek… ainda concordo que
parece um grande videogame, mas interessante.
Eu juro que inicialmente me perdi. Defiance já é um jogo e já tem todo um background do qual muita gente
provavelmente entende mais do que eu. Eu entrei meio de supetão, apenas
fascinado pela ficção científica e pela sinopse interessante. Mas são tantas
raças Votans (na verdade, 33 anos antes, as Arcas chegaram à Terra com oito
diferentes raças, fugidas e surpresas por encontrar o planeta já habitado), e
também são tantas relações de poder e interesse que ficou meio difícil acompanhar.
Mas basicamente Defiance é uma cidade na qual “humanos e Votans convivem juntos
como pessoas”, e eles se vêem à sombra de um misterioso assassinato e um ainda
mais misterioso ataque dos Volges, do qual Nolan parece ser a única pessoa
capaz de fornecer algo para salvar o dia.
Como eles apresentaram Nolan e Irisa foi bem
interessante, afinal demoramos para entender a relação entre os dois, e mesmo
agora ainda parece meio confuso e contraditório. Mas o “pai-e-filha” parece
funcionar bem para os dois, inclusive com uma ótima cena na qual ela banca a
adolescente rebelde e vai embora para a Antártica – o que eu entendo
perfeitamente, porque a discussão do sonho a respeito do Paraíso é bem colocada.
Mas não nego que o final foi bastante clichê – quando eu comecei o episódio eu
já sabia como ele terminaria, mas tudo bem. Convenhamos, não tinha como fugir
tanto assim.
E Nolan é um Han Solo que não chega aos pés de
Harrison Ford, porque o Han Solo de Star
Wars é incomparável, então talvez deva parar de falar essas coisas. Mas eu
gostei bastante do personagem, e de como ele se envolveu na história de
Defiance ao se propor investigar a morte de Luke. Eu gostei de vê-lo
investigando as pistas porque senti um quê de Sherlock Holmes que sempre me
fascina. E ainda tem essa coisa toda alien,
essas armas futurísticas, esse sangue que não é vermelho… embora mesmo aqui o
culpado final tenha sido o mordomo. Ou algo parecido.
Mas o assassinato de Luke serviu mesmo apenas para
colocar Nolan junto à cidade e se apegando às pessoas, além de mostrar a clara
rivalidade entre os McCawley e os Tarr – que mesmo com todas as desavenças
ainda parecem encobrir a realidade com um manto de “boa-vizinhança”. O jogo de
poder e interesses aqui é bem interessante, e é claro que os filhos das duas
famílias teriam uma história Romeu e Julieta que não proporcionou nenhum
mistério ao episódio, mas foi válido por desencadear boa parte da trama. Além de
ter um final um tanto exótico e interessante com aquela troca de alianças. Sinceramente?
Achei muito bonito!
Mas com o Piloto dividido em duas partes, a
segunda parte foi uma grande caminhada rumo ao ataque dos Volges. Com o
discurso bonito e bem articulado de Amanda, achei que essa grande batalha se
aproximando do povo de Defiance, que lutaria junto, seria algo para guiar a
temporada. Acabou em dez minutos. Mas foi uma bonita e inteligente batalha
repleta de efeitos especiais e o tipo de tecnologia que eu gosto de ver em
filmes de ficção científica. Interessante do começo ao fim sem ser cansativo. E
foi o que colocou Nolan num cargo tão alto assim tão depressa…
Gostei muito do episódio porque acho que, como as
expectativas todas prediziam, o que se tem em mãos é muito grandioso. A história
deverá ser desenvolvida ao longo da primeira temporada, mas já foi muito bem
ambientada. Diferente da Terra e da realidade que conhecemos, aquele lugar,
Defiance, é uma cidade habitada por humanos e Votans, e tudo representa essa
realidade muito bem… inclusive o restante do mundo, como o lugar da batalha
final. E a grande variedade de raças e culturas é instigante. Ansioso por
retornar…
Mas o mistério que o episódio deixa envolve
principalmente essa batalha final, que ninguém parece capaz de explicar os
motivos. Uma conversa excepcional e intrigante finaliza o episódio, nos
deixando com aquele desejo de voltar na próxima semana e tentar entender o que
tudo aquilo quis dizer… acho que sim, ainda faltam algumas coisas a serem
ajustadas, o episódio pode parecer menos um videogame e termos desenvolvimentos
reais na trama e nos personagens… mas é algo que vale a pena acompanhar, ainda
mais agora que as demais série se aproximam de seus Season Finales… gostou?
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