12:01
Time loop é
um dos meus temas favoritos em ficções científicas. Amplamente utilizado, os
filmes hardly ever trazem algo muito
inovador ou surpreendente, mas ainda assim cada história de time loop é diferente e conseguem sempre
ser encantadoras… podem ser puxadas para o lado da comédia, do romance ou do
mistério/suspense. No caso de 12:01, ficamos no ramo da investigação, ciência,
suspense e romance. Ou seja, realmente muito interessante.
Como em qualquer filme de time loop, os elementos que se repetem ao longo do dia são
abundantes, e os que mais parecem interessantes são aqueles inquestionáveis:
como a bola caindo na frente do carro, a ligação da mãe, a matéria na
televisão, as pegadinhas do amigo, as coisas sendo quebradas. Como o período
que se repete é de um dia inteiro, prendendo a humanidade nesse loop, temos muita informação junta. E a
base de tudo é salvar a vida de Lisa, uma garota por quem Barry é apaixonado e
que é assassinada às 18:15, justamente por fazer pesquisas a respeito de desvio
de tempo.
Os dias se sucedem um a outro de maneira
inteligente. O Dia 1 apresenta os argumentos e os personagens. O Dia 2
apresenta bem a idéia de time loop e
colocamos o personagem com 24 horas para se adaptar à situação e entender o que
acontece. O Dia 3 é quando ele resolve agir e monta planos, que começam a dar
certo. O Dia 4 é repleto de surpresas e descobertas impensáveis, enquanto um
novo conceito é implantado, o da morte do protagonista. Conceito utilizado em
um curtíssimo Dia 5. E o Dia 6, finalmente, é o que resolve tudo da maneira
mais corrida, absurda e cruel imaginável.
Mas a felicidade é incomparável.
O filme é muito bom. Confesso que já vi a história
de time loops tantas vezes em tantos
lugares, mas nunca me canso. Muitas vezes já me questionei o que faria no lugar
de um desses protagonistas, e pensando em como seria reviver aquele meu dia
difícil ou algo assim. Já foi algo que eu sonhei que acontecesse, mesmo que
sempre vejamos que não é algo que é legal por muito tempo. Esse filme deixa bem
claro o desespero e o medo de ter que viver aquele dia mais uma vez. Se eu acordar amanhã e for hoje, juro que eu
me mato.
Os elementos de 12:01 funcionam muito bem, porque
entendemos muito claramente a razão de ele ser a única pessoa por ali com
memória a respeito do loop, e vemos o
personagem crescendo a cada dia, mudando totalmente ao longo do filme. E
vivemos as emoções ao lado dele, o desespero de querer que acreditem em nós, e
a alegria quando as coisas dão certo, ou quase. Impressionante! E a química com
Lisa é sempre apreciável, e eu achei que o Dia 3 seria o ápice do casal, mas o
Dia 6 surpreendeu. “And it breaks my heart to meet her every
morning as a stranger. 37,1. Oysters. Green. The Carpenters. Fly to Heaven” me arrepiou, provavelmente a melhor
fala de todo o longa.
“Mom, I call you back, the day is
repeating”
Mexeu com viagens no tempo ou algo próximo a isso
já me fascina de qualquer maneira. E o filme fez isso com perfeição, cuidando
de pequenos detalhes, como a sutil mudança na posição das estrelas no primeiro loop. Os personagens são convincentes e
bem utilizados, e todos eles colaboram para uma narrativa repleta de emoção,
diversão e ficção científica. Sem contar que ainda temos surpresas agradáveis
dentro das possibilidades do gênero e uma alegria tão verdadeira que acompanha
a cena final, independente do que tiver acontecido.
Fã de ficção científica? Ou viagem no tempo? 12:01
é um clássico filme de 1993 protagonizado por Jonathan Silverman e Helen Slater
e que foi lançado diretamente para a TV, mas é constantemente citado em fóruns
que tratam sobre o tema. Se você ainda não conheceu é algo que deveria fazer,
pois a narrativa é leve e a história é bem contada. Um daqueles filmes que te
deixam com vontade de ficar vendo só ficção científica pelo resto de sua vida.
Fascinante!
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