Arrow 1x23 – Sacrifice
Esse foi o Season
Finale do ano!
Arrow
começou muito bem, lá em setembro, e conseguiu sustentar a sua primeira
temporada em um ritmo constante com surpresas agradáveis. Foram chances de
vermos futuros personagens importantes do universo da DC, foram reviravoltas na
trama central e nas motivações de Oliver, que foram tantas que é até difícil
enumerar, e uma consistente narrativa de como ele se tornou quem é hoje no seu
tempo de ilha (“Let her go!”). E
agora, para terminarmos o primeiro ano, a série apresenta seu melhor episódio
até o momento, com ação digna de aplausos e muita humanidade e emoção em cada
cena… além de surpresas e cliffhangers
espetaculares.
O episódio começa apresentando os personagens onde
eles estavam no episódio passado, e esboça algumas relações novas para que o
episódio possa se desenvolver de maneira crível. Não dura mais do que 10 ou 15
minutos, e então o episódio entra em um ritmo desenfreado de constante clímax
que nos deixou apreensivos, comendo unha, se emocionante e sofrendo pelas
personagens. Além daquela clássica corrida contra o tempo, o desespero e a
angústia, e a falta de esperanças de que as coisas vão dar certo no final. Um
clima pesado durante todo o tempo garante que o final não será feliz.
E não o é.
“No more
lies, mom. The undertaking. We need to stop it”. Oliver decide exigir
verdadeiramente de sua mãe que ela o ajude a derrubar Malcolm, e ela faz isso
da maneira mais surpreendente possível – “And
God forgive me, I have failed this city” foi a coisa mais chocante que
ouvimos nesse episódio. Ainda pudemos ver Thea entender todo o plano de
destruir o Glades dessa maneira, e o desespero dela para salvar o Roy. Foi algo
que repercutiu bastante e guiou todo o episódio dali para a frente, um episódio
bastante concentrado em desmistificar os pais para seus respectivos filhos.
Mas Thea não significa nada quando comparamos ao plot de Tommy enfrentando a real
identidade de seu pai, Malcolm Merlyn. Recusando-se a acreditar na palavra de
Oliver, Tommy ouve do próprio pai que planeja mesmo destruir o Glades, e
descobre que ele é o segundo arqueiro. O que, eu só posso imaginar, em sua
cabeça provocou um estrago imenso. Foi ótimo ver a cena da polícia, a fuga de
Malcolm, a maneira como Tommy o confrontou com uma arma, mesmo inábil muito
determinado e convicto do que precisava ser feito. Foi difícil vê-lo conversar
com Ollie ali, mas nada nos preparou para o que estava por vir.
Tommy se tornando um mártir.
Desativar o dispositivo, salvar o Glades e matar
Malcolm – esse parece ser o plano. Certo de que não sobreviveria a essa empreitada
sozinha visto seu histórico, Ollie aceita que Diggle vá com ele para lutar
contra Malcolm. Mais uma vez uma luta eletrizante e precisamente coreografada.
Infelizmente o lutador mais hábil e interessante de Arrow (sim, melhor que o Ollie!) pode não fazer parte da segunda
temporada, mas o que é justificável pelo roteiro e pelo grande momento de quase
sacrifício de Oliver, colocando aquela flecha no próprio peito. Cena intensa.
Enquanto Ollie luta e Dig está fraco demais para
fazer qualquer coisa, o Detetive Lance trabalha com Felicity na esperança de
desativar o dispositivo que gerará terremoto, escondido no subsolo, antigas
linhas de metrô. Foi emocionante e mereceu lágrimas ver seu telefonema para
Laurel, e a conversa rápida e forte dos dois. Mas também foi bom ver o
desespero geral, a pressa de Felicity, e a habilidade de finalmente desativar o
dispositivo. No momento em que, no topo daquele prédio, Malcolm está dizendo
adeus à vida e se vangloriando por ter aprendido “a arte da redundância”. Mais
ainda do que em qualquer outro momento, o desespero se alastra, enquanto o
Glades é finalmente destruído.
Foram cenas realmente chocantes. Porque enquanto o
Glades era destruído, Roy estava lutando para salvar velhinhos e depois
abandonando Thea para poder salvar mais gente. Laurel estava no trabalho,
dentro de um prédio desmoronando. Ollie e Dig estavam no prédio nas redondezas.
Também Felicity. Ou seja, todos nossos protagonistas enfrentando uma morte
terrível. Mesmo certos de que nem todos poderiam morrer, ou então Arrow acabaria, sabíamos que algo muito,
muito ruim tinha que estar para acontecer. E as expressões de desespero tão
palpável nunca nos negaram isso.
É assim que Felicity liga para Oliver em
desespero, entre choro e soluços. Laurel esmagada grita por socorro com
lágrimas no rosto. Ollie corre contra o tempo em sua moto. Tommy aparece na
cena mais emocionante, dizendo um “I love
you” e salvando a vida de Laurel. Foi extremamente emocionante, perfeito –
muito mais do que ver Laurel rever o pai, me partiu o coração, me doeu ver
Tommy tão empenhado em salvá-lo, sendo o sacrifício do dia, encontrado minutos
antes de sua morte por Oliver. A conversa final dos dois foi linda, comovente,
mas a morte não deixou de ser revoltante. Tudo o que queríamos era chorar por
aquilo tudo.
E o Glades morreu.
O episódio foi surpreendente. Apresentou um ritmo
tão impecável que nos deixou bastante tristes quando percebemos que acabávamos.
E agora já me deixou com saudade e com uma tristeza muito grande em saber que
terei que esperar até setembro por uma nova temporada. Mas a segunda temporada
promete ser maravilhosa também, eu só espero que eles consigam manter esse
nível tão alto que a série seguiu em seu primeiro ano, ou ainda mais, e que
possamos ter um longo futuro de sucesso, como outras séries já o tiveram. Das
séries que eu acompanho, Arrow foi a
melhor novidade desse ano. As pessoas precisam assistir!
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