Continuum 2x04 – Second Skin
Eu achei que foi um episódio com uma idéia
maravilhosa que não foi bem aproveitada. Eu senti bastante falta de Kellog por
exemplo, e me parece que cada um dos personagens fez tão pouco que não foram 40
minutos inteiros. Por exemplo, onde esteve Alec? Pouco apareceu, podia ter tido
muito mais… e o Carlos? Que se não fosse pelo abraço final teria sido
dispensável. Então o episódio foca em uma história que pode não levar a lugar
nenhum (embora confie em Alec e ele pode sempre surpreender!) e o
desenvolvimento pende para a emoção e fica um tanto arrastado.
O que não significa que eu não tenha gostado do
episódio, mas seria um 3/5. A premissa toda é fascinante. O episódio começa com
uma ação em 2077 bem interessante, e eu amei aquilo ser uma simulação de
treinamento… é aí que conhecemos Elena, a antiga parceira de Kiera, e também
temos uma rápida visão de Sam, o filho que Kiera tanto ama e tanto sente falta.
Sinto que seu marido já não é mais uma importância tão eminente, mas seu filho,
evidentemente, é algo pelo qual ela sofre. Então a cena no futuro é simples,
mas poderosa.
E fornece uma ótima história para nos guiar
durante todo o restante do episódio. De volta ao presente, Alec capta alguns
sinais de interferência exatamente como os que viu na noite em que Kiera chegou
a 2012. Dessa maneira, só pode-se dizer que há mais um traje perdido por aí. “Another time traveler is online. You’ve got
company”. E então buscar esse traje foi grande parte da ação – e eu gostei
de como Rex teve seus curtos momentos como herói, e como essa parte parecer
verdadeira, afinal seria mais ou menos a reação de qualquer um com uma roupa
poderosa daquelas…
Mas o grande truque do episódio está quando ele
nos apresenta Dan, e ao contar-nos de que o traje pertenceu a sua mãe, somos
levados até o hospital – para conhecer ninguém menos do que uma versão bem mais
velha de Elena, que chegou no ano de 1975, época em que Alec ainda não tinha
nascido, e portanto nunca conseguiu contato com ninguém através de seu uniforme
– desligado e esquecido, ela viveu uma vida normal no passado, e vê-la
reencontrando e reconhecendo Kiera é emocionante. O tipo de histórias que as
duas compartilham, e o tipo de pensamento que deve ter passado em suas mentes…
simplesmente perfeito!
Que o traje chamou atenção é evidente. Até mesmo o
Agente Gardner está desesperado atrás dele, e é sempre divertido vê-lo
investigando Kiera. “Our first date is not starting well” “Oh. Next
time, I’ll bring flowers”. E Kiera e a Liber8 lutam por sua posse, batalha da qual Rex
felizmente sai bem e que Kiera vence, entregando o poder todo a Alec… a princípio
não se sabe o que isso interferirá na história futura, mas me recuso a
acreditar que estará perdida. Alec tem mais um dos uniformes de Kiera sob seu
controle, isso com certeza representará uma revolução futura…
Mas falando de Alec, eu sou o único que fica
babando e cheio de “owns” nas cenas de romance de Alec? Só eu que acho o flerte
juvenil bobinho e muito fofo? “I’m Emily”
/ “Meet to please you”. Na verdade eu gosto demais de seu personagem, e
vê-lo nessa nova perspectiva me encanta. Alec e Emily compartilham ótimos
olhares, conversas envergonhadas, um “primeiro encontro” bastante fofo, e
deixam aquela vontade de continuarmos vendo. Mas seria pessimismo demais achar
que Alec não deve confiar muito em Emily? Ela não pode ter simplesmente
aparecido do nada e para nada…
Sei lá.
O final foi bastante emotivo. Para não precisarem
mais continuar com a história de Elena, o final foi bastante prático. Mas foi
verdadeiro por toda a discussão que Kiera traz desde a temporada passada, e
esse desejo tão grande de rever seu filho. O momento em que ela conversa com
Dan é realmente bonito, e as lágrimas ao falar da amiga e da família para
Carlos são emocionantes. Mas ainda sem texto algum, o que mais me emocionou foi
ver as lágrimas em seus olhos e o abraço que Carlos lhe deu, tão terno. Final
ótimo, e a série me deixa mais uma vez bem curioso. Mas eu ainda acho que houve
dois cliffhangers bem sutis mas que
eu anseio por ver!
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