Doctor Who 7x11 – The Crimson Horror


Um assustador e aterrorizante episódio de Doctor Who que me deixou com um aperto no coração e um desespero com medo do futuro da série. Me pergunto se essa vulnerabilidade do Doctor nos últimos episódios (atingindo seu ápice aqui, com ele como o “monstro” de Ada), aliado a todas as informações que temos sobre o episódio do dia 18, não é só mais uma confirmação de que the Fall of the Eleventh pode acontecer esse ano. E eu, nada preparado para isso, já choro de desespero apenas em cogitar a hipótese.
Mas o episódio trouxe novamente a Madame, Jenny e Strax, aquele trio tão fascinante que tanto gostamos de assistir. E por muito tempo eles dominam o episódio, apresentando muito bem toda a premissa e tomando as primeiras providências. A Senhora Gillyflower está selecionando pessoas para morar em sua cidade, Sweetville, no entanto ocasionalmente pessoas aparecem mortas (totalmente vermelhas), vítimas do conhecido Crimson Horror, que a madame enfrentou alguns bilhões de anos atrás.
E quando Jenny se infiltra para tentar descobrir o que está acontecendo e encontrar o Doctor, este só aparece aos 14 minutos de episódio, da maneira mais desesperadora que eu já o vi. Mesmo que tenha sido maravilhoso e calmante vê-lo sair animado, alegre e serelepe de dentro daquele armário alguns minutos depois, a imagem dele com Ada não me sairá da cabeça. Vê-lo contaminado pelo veneno, reduzido a um simples monstro cheio de dor e seu poder falar, mal se mexer foi desesperador. Uma agonia muito grande, uma dor imensa… e só de pensar em Clara.
O mistério de Clara finalmente chegará ao fim no dia 18, com o último e também aterrorizante episódio da temporada, mas nesse momento estou aproveitando os momentos de duvidar dela – Jenna Louise-Coleman conseguiu o nosso coração muito rapidamente, e ela já é uma companion amada pela maioria dos whovians. No entanto, seu mistério é fascinante, e ela também sobrevive ao veneno, é salva pelo Doctor, e Jenny está ansiosa por respostas a respeito dela, todos os três crentes de que Clara havia morrido… afinal eles estiveram no especial de Natal. “But, Doctor, that girl… Clara… you haven’t explained”.
O plot do episódio é fascinante. Totalmente centrado na Yorkshire Vitoriana, a cidade é envolta em mistério – aquele tipo de lugar que parece pacífico e calmo, mas que esconde segredos em suas cores obscuras. E a história toda da Senhora Gillyflower e seus planos maléficos é interessantíssimo. A proposta de Adão e Eva, e o veneno que os preservará para depois do Apocalipse. E o Doctor resolve tudo da sua maneira cativante e moderada, com uma belíssima e emocionante cena com Ada, e um “Ouch” que foi ao mesmo tempo fofo, inocente e irônico.
Paradoxal.
Mas não, nada a respeito do segredo de Clara, e não muito mais do que a vulnerabilidade do Doctor. Mas foi um ótimo episódio que nos envolveu e nos cativou, e ainda terminou muito bem com as crianças das quais Clara toma conta descobrindo seu segredo – o namorado alienígena, as viagens no tempo e etc. Gostei de como eles a confrontaram de maneira simples e direta, e como ela agora será obrigada a levá-los para uma viagem na TARDIS com o Doctor…
E como o roteiro sutilmente e de maneira inteligente colocou as fotos das “aventuras” de Clara pelo tempo. Aquela cena do episódio Hide e também outra de Cold War. Mas a terceira, que não era desse episódio, mas sim de The Snowmen. “You were in Victorian London” / “No. I was in Victorian Yorkshire” e então ficou claro porque a confusão do Doctor era tão importante e tão discretamente mencionada o tempo todo… mesmo Clara agora começa a se preocupar com sua identidade… e o maior mistério atual: quem é Clara?

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