Glee 4x21 – Wonder-ful
Kkkkk
Versão resumida do meu texto. Foi tão ruim que eu
nem sei por onde começar. Talvez pelos poucos pontos positivos, que existiram
efetivamente. Mas a quantidade de coisas que me desagradaram suplantou qualquer
chance de eu gostar do episódio. Só desejei que ele chegasse ao fim de uma vez
e eu pudesse desabafar, mas vou fundamentar todas as minhas críticas, portanto
as leia antes de criticar nos comentários. Provavelmente vários de vocês discordarão,
mas ok, opinião é opinião.
Fazia tempo desde que um episódio de Glee me desapontou tanto quanto esse.
Agora é o momento em que eu olho para o título e me divirto com a ironia da
situação. Os veteranos (do qual atualmente Rachel ainda é a única que eu engulo
– ta, e até o Finn um pouquinho, às vezes) estão de volta para mais histórias
sem-pé-nem-cabeça e momentos que despertaram ardentemente a raiva dentro de
mim. Os novatos são praticamente rebaixados a nada, e Will abusa das expressões
que tanto me irritam… vamos primeiro às coisas que se salvam?
Rachel quase salvou! Quase. Eu estava amando a sua
história de estar animada para seu callback
para Funny Girl, gostei do telefonema
com Will (embora deteste o personagem), e gostei de vê-la nas cenas com
Cassandra, com faíscas e muita inveja. E maldade. E crueldade. Mas o que
acontece? Quando tudo parece estar indo totalmente bem e perfeito para essa
parte da história, Cassandra dá uma “festa surpresa” cantando Uptight. Espera aí, O QUÊ? Foi a cena
mais WTF de toda a série, possivelmente – Fuck
the logic. Aquelas fotos de piscina sem água em Bob Esponja fazem mais
sentido que isso.
Não que a conversa das duas não tenha me
emocionado.
“You’re gonna get it. I know you
will, Rachel”
Ok, Kurt. Ele me irrita, sua história em Ohio foi
idiota, e essa história toda do câncer de Burt chegou ao ápice de me irritar.
Afinal é claro que ele estaria salvo, é Glee,
não é? Glee é um mundo mais
fantasioso que o País das Maravilhas,
em que tudo sempre dá certo e não existe mal algum. Então alguém realmente
temeu pela saúde dele? Porque eu não. Ridículo e blá blá blá, ainda tivemos que
tolerar uma apresentação de You Are the
Sunshine of My Life que não foi menos que risível. Ainda com uma Marley
dançarina espevitada que não combina com ela!
Se alguma coisa valeu nessa história toda (e é uma
surpresa ter que falar isso) foi o Blaine. Porque eu já me cansei do personagem
também, mas sua proposta de casamento é um assunto interessante, e a maneira
como a série a tratou foi ótima. Afinal trouxe toda a discussão da aprovação ou
não do casamento homossexual, e uma belíssima cena dele com Burt, na qual ele
mais uma vez se afirma como uma ótima pessoa e provavelmente o melhor pai do
mundo. Tudo o que falou foi tão sábio e tão perfeito que foi uma das coisas que
eu mais amei no episódio.
Quem mais? Todos sabem que os novatos sempre foram
minha preferência nessa temporada, mas Kitty demorou muito para atingir esse
patamar no meu gosto. Só o conseguiu no último episódio, e novamente conseguiu
seu lugar de destaque e me cativou novamente. Suas cenas com Artie foram tão
boas quanto suas cenas com Ryder no episódio passado, mas de um ponto de vista
totalmente novo – uma verdadeira amiga e que desempenhou um papel
importantíssimo em sua possível mudança para Nova York e realização de seu
sonho. Tem como não amar?
Signed,
Sealed, Delivered I’m Yours não é nem de longe uma das melhores
performances em Glee, ela tem ainda
muito o que melhorar, mas os bailarinos estavam ótimos e eu gostei da mensagem.
E a maneira como ela agiu com Artie. E como ela realmente foi a única a
perceber sua mudança, a se interessar por isso e a ajudá-lo indo conversar com
sua mãe. Cena belíssima na qual ele admite estar com medo, mas decide ir para
Nova York. Bem, estou muito contente com os rumos de suas histórias, e ansioso
por vê-lo em Nova York. E ele cantou. Artie cantando sempre me arrepia.
Mas…
Veteranos só me desapontam pelo visto. Ver Kurt em
Ohio me parece totalmente inadequado, mas vê-lo com Mike e Mercedes então,
muito mais ainda. Porque o roteiro foca neles e em suas histórias nada
convincentes e esquece os novos. Sim, eles têm toda uma história bonita com Glee, mas qual foi a real contribuição
deles para a história daquela escola? Os novatos estão ali a partir de agora,
mas fazendo exatamente a mesma coisa que eles fizeram no passado, deixe-os
brilhar. Pretensão colocá-los sempre como superiores, e como pessoas que
acabaram de sair da escola mas estão ali, bem sucedidos e preparados para dar
conselhos e treiná-los.
Sério?
Me irrita vê-los como tão superiores, eles não são
assim. Como Jake e Mike dançando juntos. Eu amei I Wish, mas pelo Jake e não pelo Mike. Me desculpem os fãs do
personagem, mas em uma temporada Jake fez muito mais do que ele em sua vida
toda de Glee. Entrou com falas e
destaque, tem uma ótima história, e além de dançar tão bem quanto ele, ainda
canta. E sim Mercedes, ele é “sexy as
hell”. E agora precisam colocá-lo “ensaiando” assim e ainda temos que
aturar aquela expressão de surpresa na cara de Will? Pra mim, quando ele cantou
Everybody Talks eu já estava convencido.
E sério. Alguém sabe o que é que o Mike está
fazendo da vida? Nada, provavelmente. E Mercedes teve uma cena que me fez rir
tanto que foi ótima. Para não chorar de desgosto. Que discurso foi aquele sobre
o disco e “estou trabalhando nele há um
ano”? kk O que é isso? Uma fenda temporal ou algo assim? Glee meets Doctor Who? Na linha temporal
da série não faz um ano inteiro que eles se formaram, vide o New Directions que só vai para as
Regionais agora, e já confirmado por Chord Overstreet, o próximo ano ainda
começa com esse ano escolar, provavelmente caminho às Nacionais.
Whatever.
O episódio acabou muito bem e me convenceu nos
últimos minutos. For Once in My Life
foi uma das coisas mais fofas que o New
Directions fez esse ano. Quase sem interferências externas, a música é
bonita e a cena é fofa. Amei o cenário, o figurino com cores quentes e bem
colorido, os passinhos de dança cute
que me lembraram os anos 50, o estilo de tudo. E o vocal de Artie, que ganha um
destaque e um futuro merecido. Ainda falta o destaque de Tina, mas para mim
bastou vê-la questionando a presença dos outros antigos lá, bitch Tina rules!
Resumindo, Rachel é a única que ainda tem uma
história de verdade que a prende a Glee,
e a única a quem os roteiristas dão atenção (mesmo que não seja crível, mas ok –
só espero que ela não consiga o papel). Os demais só aparecem de vez em quando
em situações tão bobas que nos fazem rir. E infelizmente nesses momentos novos
talentos tão importantes são menosprezados, e não temos quase nada de Marley ou
de Ryder, por exemplo. A série terá que ser duramente repensada para a quinta
temporada. Ou que os novatos tenham sua chance (espero que sim) ou que os
antigos ganhem uma história de verdade. Chega de sucesso instantâneo e viagens
pelo país para treinar um glee club
do qual saíram apenas alguns meses atrás… é o que eu acho.
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