Glee 4x22 – All or Nothing


Belíssimo.
O episódio me fez chorar e me deixou satisfeito por tudo o que o episódio anterior me fez odiar. Dessa vez, Rachel esteve no episódio durante os primeiros cinco minutos porque era quando ela tinha relevância alguma para a história, e mesmo depois quando os demais veteranos ficaram aparecendo, eles não ficaram tentando tomar o lugar dos novos, e as histórias que realmente importam puderam seguir, e alguns personagens receberam o destaque eu tanto gosto.
Mas essa história de facilitar demais a vida dos veteranos é meio sofrível. Afinal tanto Kurt quanto Santana vieram de Nova York, enquanto a Rachel continuou lá. Sabe o que isso fica parecendo? Que ir de Nova York para Ohio por qualquer motivo é a coisa mais fácil e comum do mundo, e que a Rachel é que não quer fazer isso, quando na verdade ela é a única certa do grupo antigo, que está vivendo a sua vida de verdade sem ficar presa a coisas das quais precisa se desligar. Pronto.
Mas o episódio foi ótimo. Ótimo de verdade. Os personagens puderam se desenvolver bem. Brittany, por exemplo, começa o episódio no MIT, onde tira zero em um teste e aparenta não saber nem aritmética básica, mas escreve uma série de números no verso da prova que levam todos a pensarem que ela possa ser a mente mais brilhante desde Albert Einstein. Sentido não faz, mas quem ainda espera que Glee faça sentido? E assim, ela vai imediatamente para o MIT e isso é a desculpa perfeita não para tirá-la totalmente de Glee, mas transformar ela numa Quinn, personagem que nem recorrente é direito, porque deve ter aparecido em uns 3 ou 4 episódios nesse ano…
Mas a Brittany passou por seus altos e baixos no episódio. Irritante com o New Directions, foi engraçadíssima com Roz. E o primeiro Fondue for Two foi ótimo, com aquela entrevista com Sue e Will – a descrição é a melhor: “Estou aqui com dois inimigos que se tornaram amigos. Depois inimigos de novo. E amigos. E inimigos. E então todo mundo parou de se importar”. E com Santana, ela não precisa falar absolutamente nada para ter suas cenas mais emocionantes. Mas foi bonito, antes da competição, vê-la se despedir com lágrimas nos olhos, nos comovendo – foi real, verdadeiro, e sabemos que era mais ou menos o que Heather Morris sentia ao gravar.
Blaine decide mesmo pedir Kurt em casamento, o que não acontece até o fim do episódio, que acaba com ele nervoso segurando a caixa atrás das costas. Mas foi bonito ver Sam e Tina falando sobre isso, e vê-lo conhecer Jan e Elizabeth, aquele belíssimo casal lésbico com quem os dois conversam bastante, e que dão exemplo de sua história de vida, suas lutas e apoio ao casamento homossexual. Ficou realmente bonito, e não tem como não se encantar por aquelas duas senhoras tão fofas!
E logo no começo do episódio temos uma confusa e interessantíssima cena de Kate, Ryder, Unique e Marley. Eu amei e realmente aplaudi o Ryder quando ele interrompe Will, se levanta e exige saber quem é a Kate. Todos sabemos, desde The Glee Project, que Blake Jenner é um talentosíssimo ator, mas ali ele provou mais uma vez, colocando em sua expressão e interpretação toda a dor e sofrimento do personagem, misturado à raiva de estar sendo enganado, exigindo saber a verdade – chutando a mesa, mas mais do que raivoso, parecendo estar sofrendo muito.
Marley assume a autoria das mensagens. Que claro ninguém acredita ser ela. Quem é? Unique, como todos já sabiam há muito tempo. Nenhuma novidade aqui. Mas foi difícil ver o Ryder sair, foi difícil vê-lo brigar com Marley, foi horrível e emocionante ver Unique confessando. Ver as lágrimas, a força das cenas, e como foi realmente sofrido tudo o que aconteceu, em que todo mundo sai machucado – e ele faz o que mais poderia machucar, ao dizer: “Eu não vou te dar um soco na cara. Mas também nunca mais vou falar com você”. As mais fortes cenas do episódio, realmente comovente.
Ele retorna para as Regionais, com o risco de sair do New Directions após isso. Não mais Blake Jenner na quinta temporada? Eu não vou ter a mínima vontade de assistir, só estou dizendo…
Vou rapidamente comentar sobre a Rachel. A Rachel teve apenas uma cena no episódio todo, que foi sua audição para Funny Girl, lindamente cantando To Love You More. Lindo e emocionante, ela mais uma vez arrebenta em sua performance, com sua voz magnífica, sua emoção no olhar e tudo perfeito. Mas eu ainda não quero que ela ganhe o papel, afinal ela é uma aluna do primeiro ano, jovem, em uma escola com milhares de pessoas como ela ou melhores – lembrem-se de como é entrar em NYADA. É muito irreal. Não para Glee, onde Brittany se torna tão inteligente quanto Einstein, mas ainda assim…
E as Regionais.
Foram lindas. Sempre temos aquele grupo ridículo para ficar em terceiro lugar, mas The Hoosierdaddies foram excepcionais! Até agora sabíamos que Jessica Sanchez como Frida seria o grande desafio, com sua voz maravilhosa. E realmente, a garota canta perfeitamente! Mas não só isso, a performance foi ao estilo do antigo e bom Vocal Adrenaline, uma das melhores performances não-New Directions. O que quer dizer muito, levando em conta que os outros grupos geralmente são melhores que eles. Clarity e Wings foram ótimas – em voz, em performance, a dança incrível, eles foram maravilhosos.
E o New Directions. Eles foram muito melhores do que eu tinha imaginado, confesso. Quando começou, a instrumentação de Hall of Fame já chamou minha atenção, e os meninos arrasaram nessa cena, com uma linda coreografia, muita energia e alegria. Perfeito. As meninas foram ótimas em I Love It, que nem tinha muito a cara do New Directions antes, mas tem a cara deles nessa quarta temporada. Identidade sendo marcada – a música foi linda e as meninas arrasaram, também dançando lindamente – e gostei de não separarem meninas e meninos, mesmo que os vocais tenham sido divididos, mas todos estavam ali na cena. Lindo.
E All or Nothing, que me emocionou muito mais do que eu tinha imaginado. Mesmo que o Blaine fosse dispensável, e eu tranquilamente colocaria Jake ou Ryder para cantar com Marley naquele momento, já que combinavam mais, Marley foi linda e perfeita. E a música calma e emocionante, eu fiquei arrepiado durante a performance. Não esperava por isso. E o que mais me chamou a atenção em toda a cena foi a maneira como todos pareciam estar se divertindo de verdade – ficou bem real, bem bonito, transmitiram o sentimento de que eram amigos que estavam fazendo aquilo por amor. Não tem como não se apaixonar.
E para terminar o episódio (isso eu juro que não estava esperando), Will e Emma finalmente se casam. Emma aparecendo foi meio ridículo (esquecem a personagem e fazem isso), e Will me irrita, mas ok – e o casamento daquela maneira me pareceu meio forçado, mas quando começou, descobri que não. A cena foi inteira linda e foi o que me fez chorar bastante. Os votos de Emma, ter todos aqueles jovens que tanto amamos ali presentes num momento tão importante – alguma coisa na cena chamou minha atenção e eu realmente me emocionei e foi um belo final. E foi a vez que Glee acabou uma temporada mais sem um fim certo, não foi?
Risível: Sugar e Joe entrando na sala. Nem tenho o que dizer.
Próximo ano teremos as Nacionais em Los Angeles dessa vez. É sempre bom vê-los comemorando uma vitória, mesmo que já tenhamos visto várias vezes. E como a quarta temporada foi de pura mudança, também acabamos diferente, com um ano escolar dividido em duas temporadas pela primeira vez. Bom que tenhamos tempo para continuar com isso, e nenhuma desculpa viável para tirar Marley, Jake, Kitty ou Ryder da série. Esperemos que no ano seguinte a série traga mais novidades, e dê um tratamento digno dos novos personagens que tanto amamos. E os antigos, que ganhem história como Rachel, e parem de ficar para lá e para cá apenas cumprindo contrato… até mais!

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