On Broadway – Wonderland


Simplesmente fascinante! Quando fiquei sabendo sobre a produção de Wonderland, realmente fiquei bem empolgado, afinal Alice no País das Maravilhas é uma das histórias clássicas mais interessantes… talvez pelo seu lado psicodélico, por sua incrível quantidade de cores e criatividade infinita. Eu mal podia esperar para ver isso nos palcos da Broadway com músicas, e as primeiras cenas a que tive acesso me deram uma estranha sensação de Wicked e posso dizer que amei.
AMEI O MUSICAL!
Por que? Porque tem tudo o que você pode ter esperado a partir de sua premissa. Não é a história oficial de Alice, de Lewis Carroll (como dificilmente existe hoje em dia com esses clássicos), mas uma releitura na qual Alice é uma escritora com problemas na profissão e com o marido, e que se muda com sua filha, Chloe. Durante o primeiro dia na nova casa, o Coelho Branco é avistado e Alice acaba sendo levada até o País das Maravilhas (Wonderland) – “You followed the rabbit, didn’t you? They always follow the rabbit”.
O musical me agradou em vários aspectos, desde os mais técnicos aos mais pessoais. O cenário e os figurinos estão incríveis, e engraçados em alguns momentos, e toda a agilidade e magia para representar o País das Maravilhas está muito bem colocado. Mesmo as músicas parecem transmitir esse sentimento. E as brincadeiras com relação a crescer e diminuir, e cair pela toca do coelho e essas coisas todas não demandou tanto efeito especial, mas a produção foi inteligente ao utilizar de uma variedade de jogos de luzes e projeções, para tornar a história crível.
Repleta de piadas e bons momentos, é um musical bem animado, que te deixa feliz ao final, com uma belíssima mensagem. Sobre se encontrar, sobre saber quem você é. Quantas vezes nos encontramos como Alice, nos quais os acontecimentos da vida nos priva de quem realmente somos? E todos precisamos de uma periódica visita a Wonderland para nos conhecer. O musical consegue divertir pra caramba, deslumbrar nossos olhos e ouvidos, e ainda emocionar com um final bem bolado e um tanto surpreendente. Só um pouquinho. Sem contar que os personagens são muito carismáticos.
Gosto muito de Chloe.
As músicas. Oh, as músicas! Fascinantes! Incríveis e parecem abranger toda uma variedade bem grande, que vai de boybands (os dançarinos de Jack, o Cavaleiro Branco, são espetaculares e hilários!) a coisas mais emotivas (como Alice cantando com Lewis Carroll no segundo ato). A maioria delas são absurdamente envolventes e ficam na sua cabeça por horas… e eu gosto desse tipo de coisa em musicais, porque eu sei bem o que fazer quando quiser me lembrar claramente dos momentos e não tenho tempo de ver tudo novamente. Músicas dignas de um musical.
Infelizmente o musical não foi o maior sucesso de crítica, algumas pessoas até reclamando do excesso de músicas com estilo pop que se seguem umas às outras ininterruptamente. Achei esse um fator bom para o musical, que jamais perde o ritmo, sempre apresentando coisas novas, diferentes e coloridas, como imagino uma viagem ao País das Maravilhas. Na Broadway, ficou em cartaz durante apenas um mês, em 2011, e não ouvi falar nada de produções futuras depois disso.
Infelizmente. O mundo precisava conhecê-lo!
A peça foi baseada levemente nos livros de Lewis Carroll sobre as aventuras de Alice no País das Maravilhas, mas apresenta uma visão mais contemporânea, com os dias atuais e Alice com uma filha de 10 anos, Chloe. Livreto de Jack Murphy e Gregory Boyd, letras de Murphy e música de Frank Wildhom. Repleto de energia, boas músicas e uma ótima história (com final emocionante), é um musical que, caso você tenha acesso, é fascinante e merece ser admirado. Encontra-se no YouTube, dica hein! Fica a dica!

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