Os “time loops”

Quando se estuda as “possibilidades de viagens no tempo”, normalmente os time loops ficam de fora, e eu acho isso uma tremenda injustiça. Afinal é um assunto intrigante, fisicamente possível, e muito utilizado na ficção científica. E não deixa de ser um tipo de viagem no tempo muito próprio, que eu qualifico como a terceira possibilidade de viagem no tempo.

Time Loops ou “laços no tempo” (termo que eu não vou usar, desculpem) são situações que lembram um disco riscado. Neles, o tempo corre normalmente durante um período (pode ser um dia, ou algumas horas, ou qualquer tempo – filmes tendem a usar um dia), mas em determinado ponto, o tempo volta ao ponto inicial, e o tal período a que nos referimos se repete. Por exemplo, uma pessoa vive um dia normalmente, mas à meia-noite retorna à meia-noite do dia anterior e é obrigada a reviver esse período.

Várias teorias que não convém explicar aqui nos dizem que isso pode ser algo que acontece com freqüência em nosso mundo. No entanto, na hora em que o tempo volta (ou “reseta”) as memórias das pessoas também volta no tempo, e portanto não nos lembramos do que aconteceu – dessa maneira, nunca nos lembraríamos de um time loop. É uma das teorias mais conhecidas para explicar aquelas famosas sensações de déjà vu (que eu particularmente amo!).

E parece aceitável.

A ficção científica normalmente se utiliza disso e o número de jogos, filmes, livros e séries que já usaram esse conceito é bem grande. Geralmente o time loop existe, e uma pessoa, por um motivo ou outro (que podem tender tanto ao lado científico como 12:01 quanto ao lado pessoal e emotivo como Feitiço do Tempo) tem a memória preservada, e portanto é a única a lembrar-se de que aquele dia (ou qualquer período de tempo) já aconteceu anteriormente.

Se você procurar os time loops mais famosos da história, provavelmente se deparará justamente com Feitiço do Tempo, no qual Jim fica preso ao Dia da Marmota em uma cidade pequena, por tempo suficiente para descobrir o que está fazendo de errado em sua vida e “se tornar uma pessoa melhor”. Mas eu particularmente gosto muito mais de 12:01 pelo teor científico, no qual tanto o time loop quanto a razão pelo personagem principal ter a memória preservada são explicados com teorias complexas. E o filme ainda consegue ser divertido e compreensível.

Time loops acabam sendo sempre um assunto cansativo para a pessoa em questão, que não agüenta mais viver o período de tempo repetidas vezes, e normalmente se tem um objetivo, algo que o pode tirar desse loop. E mesmo as vantagens de reviver um período se mostram vagas na prolongação disso – no entanto, sempre foi algo com que sonhei. Podem me chamar de louco, mas amando as sensações de déjà vu como eu amo, sempre me imaginei preso a um time loop e tudo o que faria numa situação dessas… você já parou para pensar nisso?

Deixe nos comentários sua opinião sobre time loops e as histórias que você se lembra que usam isso como seu tema central, ou que já usaram em algum momento ou outro. Não esqueça de conferir as outras postagens e explicações sobre viagens no tempo, além dos exemplos na ficção, nesse Mês Temático. Um de meus favoritos, sem dúvida! Até mais…

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