Smash 2x13 – The Producers
Passei o episódio todo com uma apreensão
crescente. A grande chance, o momento mais importante na história de Hit List, e o Jimmy ali, pronto para pôr
tudo a perder. Mas o episódio girou em torno do meu musical favorito, com
várias cenas de meus personagens favoritos, e mexendo com a emoção o tempo
todo. Eu gosto do estilo de narrativa atual de Smash, que abusa da emoção e nos comove a cada cena, nos choca e
nos faz surtar. Com respiração pesada, lágrimas nos olhos, peito apertado… foi
assim que eu vi o episódio inteiro.
Um final surpreendente.
O episódio foi sobre emoção, foi repleto de
história, foi profissional e humano ao mesmo tempo. Enquanto Eileen estava
preocupadíssima com promover Bombshell
até o Tony explorando seus subordinados, todos os outros estavam loucamente
buscando e pensando em seus novos projetos, enquanto Hit List construía seu caminho de ascensão e as relações
interpessoais se tornavam a cada segundo mais difíceis. Nervos à flor da pele,
emoções aflorando, muitas verdades ditas, muitos momentos surpreendentes
repletos de apreensão que até pareciam um filme de suspense.
Foi a pressão de Eileen na promoção de seu musical
que levou Tom e Julia a exporem ao público a fragilidade de sua parceria. Desde
o episódio passado que ver os dois nesse clima está ao mesmo tempo me fazendo
mal e me deixando impressionado. É bom ver as diferenças de pensamentos e
idéias, como nem tudo é um paraíso o tempo todo – e embora eu tenha rido no
começo da entrevista, todas as cenas seguintes foram fortes e “So you’re not working together, anymore?” /
“No, we’re not” me quebrou. As brigas intensas e verdadeiras me fizeram
admirar ainda mais o trabalho da dupla, mas eu apóio Julia do começo ao fim!
E depois do conturbado fim do relacionamento de
Karen e Jimmy, os dois me decepcionam nesse episódio. Depois de belíssimos
momentos, dessa vez Jimmy coloca tudo a perder e comete erros gravíssimos que o
levam mesmo a ser tirado do show, como se apresentar drogado e colocar a
própria segurança de Karen em risco. Mas Karen também me decepciona podendo
fazer aquilo que jurou nunca ser capaz de fazer no Piloto da série, magistralmente cantando Happy Birthday, dear President e nos fazendo apaixonarmos pela
personagem incondicionalmente.
Hit List
quase chega ao topo com a noite mais importante de sua história, com os
possíveis produtores capazes de levá-lo à Broadway indo assistir. E a crescente
apreensão de que Jimmy poderia fazer qualquer coisa que destruiria tudo. O
começo do musical ficou perfeito, eletrizante, instigante. Mesmo que ele tenha
demorado para aparecer ali, não foi nem aí nem em Don’t Let Me Know que ele estragou tudo, porque ficou perfeita
daquele jeito, e Karen mais uma vez mostra a razão de estar ali com uma
carreira tão promissora à frente, afinal foi ótimo!
Mas foi no momento da sua morte, em que ele não
esteve ali para segurá-la. Mas nem isso foi o que comprometeu o show, não mais
que sua própria carreira –afinal acho que a platéia achou tudo ainda mais real
e assustador; e The Goodbye Song foi
a coisa que eu mais esperei há semanas, e assisti à performance babando e me
controlando para não gritar. Tão intensa e tão perfeita, a cena consegue ser
grande, com bela coreografia, emocionante e muito forte. Os efeitos de luzes
são perfeitos, a instrumentação da música é impecável, os personagens em seus
momentos surpreendem. Uma performance perfeita que merece ser aplaudida em pé!
Bravo.
Uma pena que afinal nenhum dos produtores tenham
se interessado o suficiente para levar o show à Broadway. Mesmo com a inegável
qualidade do espetáculo, Eileen foi a única que se mostrou mais interessada, no
entanto sem dinheiro suficiente para bancá-lo – “I loved the show. I didn’t want to, but I did”. Mas como até o fim
da temporada Hit List vs Bombshell no
Tony Awards será o centro da série, ainda tenho esperanças, só não sei como… e
talvez pela própria Eileen, com aquela expressão profunda olhando para o
programa de Hit List e o pôster de Bombshell, realmente dividida.
E Jimmy pode ter assinado seu certificado de fim
para sempre, em vários quesitos. Depois de tantos erros cometidos ao longo da
série, de nos irritar e decepcionar nessa semana, ele é tirado do Hit List com direito a um discurso inflamado
bêbado sobre a mesa. Foi perfeito, isso eu devo dizer, tudo o que ele falou a
Karen e a Kyle foi ótimo (a parte do Tom me fez rir – mas eu sofri em ver o
Blake indo embora), e ele proporcionou a Ana seu momento de redenção, mas foi
forte. Aquela cena que nos enche de um sentimento inexplicável: fascinados pela
grandiosidade e por como foi bem escrita, mas que te dá uma sensação tão ruim.
E ele ainda voltou a morar com Adam.
E Kyle, um personagem tão secundário e submisso,
resolveu tomar atitude e deixar de vez sua relação com Jimmy, e ouvi-lo cantar The Last Goodbye me partiu o coração. Eu
me emocionei, eu sorri, eu chorei. Porque ele canta incrivelmente bem, e ele
transmite toda a emoção em cada uma de suas palavras e em seus olhos. Mas foi
sofrido ver as demais histórias acabando mal, vê-lo se despedir para valer do
Jimmy, ver aquele cliffhanger que me
chocou e me fez gritar “NOOOOOOOOO”
por alguns segundos depois do fim do episódio… ansioso e morrendo de medo do
próximo episódio. Eu amo seu personagem, não estou preparado para algo assim.
Lágrimas já se juntaram só em mencionar o assunto.
Continuando então…
Foi o episódio dos fins. Fim da esperança, fim da
vida, fim de tudo. Repleto de clima pesado e muita história boa a ser contada,
parece que Hit List ficou perdido,
parece que Jimmy terá seu pior momento na vida, Tom e Julia partiram para
caminhos separados, Eileen pode finalmente não estar feliz com seus projetos,
Kyle pode ter levado o fim mais injusto que a série já viu. Se esse episódio
foi desse jeito, tão cheio de emoção e lágrimas, até temo pelas próximas
semanas, e como essa série chegará ao fim da segunda temporada. E não consigo
me conformar com algo nesse nível ser cancelada. Precisamos de uma terceira
temporada!
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