Smash 2x14 – The Phenomenon


I cried my eyes out.
Foi um belíssimo e horrível episódio de Smash, certamente o mais emocionante até o momento. Depois do revoltante e desesperador final da semana passada, esse episódio traz todas as conseqüências do acidente de Kyle. E foi ainda pior do que eu imaginei. Ver toda a sequência de cenas nos machucou, nos fez chorar, partiu o coração. Mas foi também uma belíssima homenagem e despedida ao personagem – ele não morreu e ficou esquecido, mas teve toda uma grande e bonita despedida. Foi verdadeiro, foi humano, foi emocionante – ele mereceu tudo aquilo, e foi embora da melhor maneira que algo terrível como isso poderia ter acontecido. A lembrança dele será sempre terna e Kyle fica em nosso coração marcado para sempre. Bonito e difícil.
A notícia oficial vem através de Tom, ligando para Kyle pelos encontros que eles tiveram (coisa que ainda me deixa super animado) e recebendo um telefonema da polícia. O momento em que ele diz para Derek e Karen que “He got hit by a car last night. He’s gone” foi o momento em que me coração se partiu pela primeira vez no episódio, afinal até ali existia uma tiny esperança de que pudesse ter sido apenas um gravíssimo acidente. E eu temi pela maneira como tudo isso seria abordado… você pode imaginar minha alegria e assombro ao ver o primeiro flashback.
O episódio meio que se baseia em importantes flashbacks, nos quais a memória de Kyle é preservada como uma ótima pessoa e admiramos sua relação com as pessoas. Foi bonito ver momentos em que ele estava tão bem consigo mesmo, e também capaz de fazer coisas tão maravilhosas pelos outros. E os ambientes tão cheios de luz e claros em contraste com o presente que foi envolto em sombras e neblina, também ajudaram a valorizar essa aura do personagem, essa sensação de que ele ainda vive em Smash.
O primeiro flashback foi com Julia, em um belíssimo momento em que ele tem idéias geniais de como mudar e alterar Hit List (foi aí que tivemos algumas explicações que ninguém deu importância), e ela o elogia pela sua genialidade e seu talento. Foi bonito ver os dois juntos, e pela primeira vez paramos para pensar na bela relação que eles tiveram, importantes um para o outro. E assim Julia descobre que a vida é curta demais, sofre uma tremenda decepção com Scott, e finalmente parece que a parceria com Tom não terá fim… nada apressada, calmo e respeitando o luto do momento.
O segundo flashback foi com Tom, e foi o único momento em que pudemos efetivamente ver como foi a relação dos dois. Como uma memória imaculada, o vemos trabalhando e compartilhando uma bonita cena com Tom, que canta Vienna para ele, e ainda fornece uma opinião sobre Bombshell. Que mais tarde é incorporada ao show como uma homenagem. E além disso, foi incrivelmente bonito ver os dois juntos, ver a admiração e a felicidade de Kyle, todo fofo, olhando para Tom… e o beijo dos dois foi uma das coisas mais bonitas da ficção. E algo que eu ansiei muito por ver.
Triste que acabou.
O terceiro flashback poderia ainda ter sido muito, muito maior e mais trabalhado, afinal foi com Jimmy. E todos sabemos o quanto ele amava Jimmy, e o quanto a vida dele foi mudada e salva pela interferência de Kyle. Se baseou em uma explicação de cena de Hit List, mas uma discussão sobre o lugar “deles” na cidade, que mostrou, de maneira simples, uma íntima amizade. E ver Jimmy descobrindo sobre a morte do amigo é uma das coisas que mais nos atingem, certamente. Vê-lo entrar afoito nos camarins nos perturba, nos faz mal, e a apreensão pelo momento da verdade é quase inexplicável. Karen foi toda fofa tentando ajudá-lo.
E o último dos flashbacks foi com Karen, num rápido e simples momento em que eles conversam sobre Jimmy – talvez as duas pessoas que mais o amam na vida, era justo que fosse sobre isso. E foi legal vê-lo sendo tão legal e fofo com ela, afinal qualquer coisa além daquilo seria exagero, levando em conta que os dois não eram mesmo os melhores amigos no mundo, tudo pela preocupação de Kyle com a felicidade de Jimmy. Mas Karen teve um papel importantíssimo ajudando Jimmy, com aquele belo momento em que ela vai até ele no lugar do flashback passado…
E todo o elenco sentiu essa perda. Um episódio guiado pelo luto. O elenco abatido e o público de Hit List ansioso pelo espetáculo proporcionaram uma homenagem ao escritor do fenômeno. A idéia do concerto foi realmente inteligente e bonita, e eu gostei da maneira como Jimmy interrompeu querendo fazer de fato a cena, cantando The Love I Meant to Say com todo seu coração, emocionando Derek, Eileen, Ivy, Julia, Tom e o espectador. Além de terminar daquele jeito tão emotivo com tantas lágrimas nos olhos, a boca tremendo e a voz embargada. Bonito, simples, profundo, perfeito.
A parte técnica:
Eileen continua empenhada em seu caminho ao Tony Awards. Karen e Jimmy terão uma nova chance para o casal, só não sei se ele terá mais uma chance com o espetáculo. Jerry resolveu produzir Hit List, que está sendo transferido para a Broadway no próximo episódio. A parceria de Tom e Julia está de volta. Basicamente. Provavelmente o meu episódio favorito de Smash, mesmo que eu não esteja pronto para dizer adeus a Kyle, e vê-lo partir ainda me dói. Por ora, a única coisa que podemos fazer é relembrar a homenagem final a Kyle na Broadway, e da mesma maneira erguer nossos copos e dizer: To Kyle!

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Comentários

  1. É muito bom quando um personagem "pequeno" cresce de uma maneira tão boa que faz com que todos se emocionem com sua ausência. Eu também me emocionei.

    Não queria que tivesse ido por esse caminho, mas após o 2x14 entendi completamente que o acontecido foi importante para grandes decisões.

    Um dos meus episódios favoritos. Pena que a série foi cancelada ao fim dessa temporada. :(

    Romário | www.naomeentendamal.com.br

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