Os Smurfs 2
Divertido, mas não smurfei tanto assim.
Embora o começo tenha sido lento e eu demorei para
dar meus primeiros sorrisos verdadeiros, no fim Os Smurfs 2 foi uma experiência divertida – mas não aprovo o
destaque exagerado dado a Gargamel, e também lamento o fato de não termos saído
cantando a deliciosa musiquinha dos Smurfs… ela esteve no filme, mas não ficou
com a gente até o fim. Então embora eu continue amando o Neil Patrick Harris
(isso nunca vai mudar, só dizendo) e a Jayma Mays, e aqueles adoráveis pequenos
seres azuis, o primeiro filme ainda foi um filme melhor.
Ambientado fora do país dessa vez. Ainda não sei
como Patrick e Grace foram tão rápido de Nova York para Paris, mas quando
Smurfette é seqüestrada, é para lá que ela é levada. Para quem ainda não
conhecia esta história, o filme introduz o tema de maneira perspicaz com uma
transformação da Smurfette (tudo bem se eu achar ela mais bonita na versão naughty?) durante um pesadelo, que está
presente em todos os seus aniversários. Sua origem vinda de Gargamel é bem
exposta, e retomamos o tema da essência azul dos Smurfs, e como ela foi
acolhida pelo Papai Smurf e escolheu ser assim.
E Gargamel continua obcecado por chegar até eles e
roubar tal essência. A diferença é que agora ele é um mágico conhecido e amado
mundialmente e ele tem dois novos “filhos”, os Naughties precariamente
traduzidos para Danadinhos – não consigo chamá-los assim, preferia algo mais
literal como “Levados”, “Levadinhos”. Que por sinal são fantásticos, cada um em
seu estilo, Vexy e Hackus. Só não entendo o porquê de ele ainda ter essência
azul com ele por tantos anos, se deu tempo do Azul, o filho de Grace e Patrick,
crescer tanto assim, né? Quantos anos foram afinal?
Basicamente os Smurfs organizam uma festa surpresa
para Smurfette na Vila dos Smurfs (que é sempre encantadora, eu amo aquele
lugar!) e ela é levada por Vexy até Gargamel. O filme vai desenvolver uma
história toda de como ela precisa descobrir quem é e a onde pertence, enquanto
Papai Smurf, Desastrado, Ranzinza e Vaidoso pedem ajuda aos Winslow para
encontrá-la e salvá-la. É claro que tem uma história paralela clichê e
previsível que busca dar uma lição de moral. Adultos já cansaram de vê-la,
crianças não a entenderam. Mas ainda assim foi bonitinha.
Particularmente, não sou fã do Gargamel. E nem
mesmo o Cruel estava tão engraçado. O que salvou ali foram mesmo os Naughties,
porque Vexy e Hackus eram INCRÍVEIS! Eu amava as trapalhadas dele, e a maneira
inteligente como Vexy agia – também é muito bom ver a interação deles com a
Smurfette, como muda com o tempo e como eles acabam se divertindo juntos. É bom
ver essa Smurfette poderosa e parecendo tão absurdamente feliz. Momentos
verdadeiros de alegria que por vezes não fizeram sentido (a roda gigante, c’mon!),
mas que foram ternos. E a Smurfette até passou por um corte de cabelo que a
deixou fofa e atual… amei o cabelinho curto.
Smurfette
Naughty WINS!
Eu gosto demais dos humanos, talvez porque Neil
Patrick Harris e Jayma Mays sejam ambos dois atores pelos quais eu sou
completamente apaixonado. Eles nos encantam a todo o momento, embora ache que o
filme não tenha sido deles dessa vez – também tivemos o pequeno Azul de Jacob
Tremblay (que foi insignificante) e o padrasto de Patrick interpretado por
Brendan Gleeson (que, particularmente, não conseguiu me conquistar de verdade).
E novamente um dos melhores momentos está em ver o Patrick se espelhar nos
Smurfs para seu próprio crescimento pessoal, com mais uma inteligente conversa
com o Papai Smurf – que também não é o meu favorito dos Smurfs.
Costumava ser o Desastrado, bem apagado dessa vez.
Amei o “Nós caímos, e nem foi culpa
minha. Vocês viram? Ninguém viu?”. O Ranzinza passou por um estranhíssimo
momento de ser Otimista, mas não deu muito certo, o momento em que ele
finalmente volta a ser ele mesmo é um alívio. E o Vaidoso que passa o filme
todo olhando em espelhos ou fazendo comentários do quão lindo ele é… “Meu rosto, meu rosto não”. Mas o filme
foi mesmo da Smurfette e dos Danadinhos… embora tenha sido estranho vê-los
azuis quando o filme terminou…
CADÊ O GÊNIO?
Resumidamente, o filme não é tão bom quanto o
primeiro, mas não deixa de ser um filme interessante. O ingresso valeu por
ouvir a musiquinha novamente (e a reação de Patrick a ela é impagável), mas eu
espero que Os Smurfs 3 tire essa
impressão. Há planos de lançá-lo em Julho de 2015, não parece haver muita
dúvida a respeito de sua execução… torço para um bom filme de qualidade que me
surpreenda. Agora o Gargamel retornou com os Smurfs, quem sabe poderíamos ver
um filme sem o mundo humano? Pode ser uma experiência diferente e bacana,
usando mais Smurfs e aquele cenário fofo… mas e os humanos?
Comentários
Postar um comentário