Wolverine – Imortal


“Não gosta e foi na estréia? Sei.”
Verdade, mesmo. Eu só assisti a esse filme do Wolverine na estréia porque era meu último dia de férias do trabalho (mais ou menos) e fui almoçar no shopping com algumas amigas… cinéfilas como eu, não resistimos à tentação de dar uma volta pelo cinema, e como todos os outros filmes já tínhamos visto, acabamos assistindo Wolverine. Se eu não estivesse com elas, provavelmente nunca veria, mesmo porque não vi nenhum outro do personagem, porque ele é o meu “herói” menos favorito da Marvel.
Eu também estava cansado. Todos nós estávamos. Mas acontece que saímos bem insatisfeitos do cinema. Embora o filme tenha efeitos interessantes (não o 3D, o 3D não compensa, porque a única coisa nessa tecnologia no filme é a legenda!) e os atores tenham interpretado muito bem, eu senti falta de uma história mais envolvente… quase tirei um cochilo enquanto ele corria atrás dos vilões do filme… felizmente não o fiz, ou então perderia a cena do trem-bala, que foi possivelmente a melhor cena ao longo de toda a projeção. Contando até o início dos créditos.
Porque marca registrada da Marvel é a cena pós-créditos, então ninguém no cinema nem ao menos se levanta quando os créditos começam. Embora nós já estivéssemos tendo conversas inteiras pelos olhares… mas a cena do aeroporto! Sério, definitivamente a melhor parte do filme! Eu acho que eu não posso me estender nesse comentário para não estragar a surpresa do pessoal, mas preparem-se para a cena. Não chega a ser algo tão genial, mas é eletrizante. E instigante. Sem contar que um pouco surpreendente. Muito surpreendente. Ah, ta, ok, é genial sim!
Imortal traz novamente Hugh Jackman como Logan, agora que ele desistiu totalmente da sua vida de herói e está vivendo no meio da selva com um urso como seu melhor amigo. Que quando é assassinado… bem, para mim, ele é a minha imagem de Wolverine. O que não quer dizer muito, já que eu não conheço tanto do personagem, e foi meio que uma apresentação à sua história, mas eu gostei – gostei de sua interpretação convincente, gostei de suas garras (e eu jurava que aquilo só me daria agonia, mas pelo contrário) e gostei de toda a discussão que o filme traz.
Que não é novidade. Com um subtítulo como esse (que eu descobri que só está na versão nacional), o tema é como a imortalidade pode ser uma grande maldição. Eu amei a cena inicial de Logan salvando Yashida em Nagasaki, no Japão… foi impactante o suficiente para iniciar o filme e nos prender. É claro que os japoneses que pipocam pelas duas horas inteiras tinham tudo a ver com essa história, já que o velho queria vê-lo uma última vez para “dizer adeus” – embora tenha toda uma proposta de “Eu posso te oferecer o que você sempre quis: uma vida mortal”.
Creepy.
A grande vilã do filme – quando eu digo isso eu quero dizer a que passa mais tempo atuando como tal, não necessariamente a que desempenha o grande papel maléfico no fim – é a Víbora, e eu acho que seu melhor momento foi mesmo sua troca de peles… assustador, estranho, meio perturbador… mas fascinante. Com aquelas roupas coladas e estranhas, e a cabeça sem cabelos, sua caracterização estava perfeita… mas os demais vilões desempenharam ótimos papéis, inclusive com um gigante de aço (trocadilho) com cenas agonizantes em relação às garras de Wolverine…
É um filme bom, só não é o meu estilo favorito. Mas também não é nenhum ótimo filme… o roteiro deixou de lado as surpresas para se ater a uma narrativa linear e previsível, e a grande surpresa mesma está em um ou dois minutos, depois dos créditos. Agora eu fico esperando a sequência de X-Men: Primeira Classe, enquanto quem sabe podemos sonhar com um reboot de X-Men… bem, e você o que achou do filme? Recomendado a seus amigos fãs d cinema?

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