On Broadway – Billy Elliot, the Musical
CONSEGUI! \o/
Porque foi difícil conseguir chegar ao teatro a
tempo de ver Billy Elliot em São
Paulo! Depois de esquecer zilhões de coisas no hotel, ainda me dei conta de que
o espetáculo era meia hora antes do que o que eu estava esperando, então
cheguei faltando cinco minutos para o começo do show – e ainda precisava
retirar os ingressos, que por sinal precisavam ser retirados com um determinado
cartão de crédito… e eu levei o cartão errado! Sentando quase na hora em que o
musical começava (ainda ouvi os recados de proibido filmar e fotografar), deu
tudo certo daí em diante…
O espetáculo é lindo. Embora eu não tenha ficado
totalmente satisfeito com o meu lugar na plateia, eu consegui aproveitar ao
máximo, e foi maravilhoso! O cenário e o figurino são perfeitos, as músicas são
cativantes, os personagens são um máximo e a história é bastante forte e
bonita… além de que aquele sotaque britânico (pela história) era absolutamente
belo de se escutar! Estou impressionado com a maneira como a história é
contada, com o talento desse elenco e com como Cosmic Dancer foi substituído em minha mente por Solidarity…
Quando o espetáculo começa, vemos um radinho
pequeno sendo carregado para o palco por uma criança com roupas típicas de
Billy… chega até a ser chocante, até que vemos que não, não era nem mesmo uma
versão mais jovem de Billy. E o ator que o interpretou no dia em que eu assisti
já é bem grandinho, Ty Forhan, de 14 anos – já com uma voz bem madura e uma
altura que alcança a professora, foi ótimo vê-lo no palco, e ele ajudou a
firmar a minha ideia de que o Billy Elliot é loiro. Os comentários no intervalo
eram um pouco de “Achei que ele seria mais jovem”.
Billy Elliot
é espetacular.
O musical estreou em 2005 em Londres e em 2008 na
Broadway, vencedor de dez Tony Awards, incluindo de Melhor Musical – com o
elenco diretamente dos Estados Unidos, Billy
Elliot fez uma curta temporada em São Paulo no mês passado. Uma coisa que
me deixou bastante chateado, e preciso desabafar, foi a falta de atenção em
relação a uma loja – não existia uma! Incrível como um musical desse tamanho,
um evento tão grande, não tenha uma loja, nem que seja apenas para vender o
programa. Porque é frustrante deixar o teatro sem um mero programa.
Billy Elliot
é a história do sonho de um garoto de se tornar bailarino e da greve dos
mineradores de 1984 na Inglaterra. Com a morte da mãe, a loucura da avó e pai e
irmão mineradores envolvidos na greve, Billy Elliot descobre no balé uma
espécie de terapia e fuga. Mas para poder dançar precisa desafiar o pai e o
irmão, precisa do apoio de toda a sociedade dos mineradores, e se dedicar… é
uma belíssima e emocionante história que realmente conversa conosco – e é
incrível a maneira como o musical consegue mesclar o balé com a greve de
maneira tão eficaz e bonita.
Porque essa é a base de tudo. Foi o que fez com
que eu me apaixonasse pelo espetáculo. Billy tem uma bonita e convincente história,
e nos cativa nas suas relações com as pessoas, em especial com Michael, com a
Sra. Wilkinson e com o próprio pai – e seus solos de dança são perspicazes e
envolventes, o tipo de coisa que precisava existir num musical desses. E os
mineradores apresentam duas das minhas músicas favoritas que são Solidarity e Once We Were Kings, porque o ritmo e o estilo fica muito bonito na
união da voz de todos esses mineradores como um só. O que liga muito com o tema
da luta pelo futuro e tal.
É uma experiência incrível. É tudo muito lindo,
muito grande. Os atores estão realmente de parabéns, com interpretações
incríveis de se tirar o chapéu e ótimas vozes – tudo isso com músicas
maravilhosas como trilha sonora, e uma história envolvente e bonita. Consegue
ser divertido, emocionante e nos faz ter esperanças no futuro… e até a curtain call foi diferente, e belíssima!
E necessária, eu diria, porque a sequência de Once We Were Kings, The Letter (Billy’s Reply) e a despedida de
Michael é toda muito melancólica. Eu já estava desolado, e é assim que
terminamos!
Ótimo musical, recomendado.
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