Tudo por um PopStar, o Musical
Surpreendente.
Me apaixonei. Me apaixonei verdadeiramente. Quem
viu minha postagem alguns minutos antes de sair para o teatro deve ter notado a
minha precaução nas emoções, para não esperar demais. E eu, morrendo de vergonha,
confesso que foi assim ainda que eu cheguei no teatro: receoso. O que para mim
pareceu uma tentativa de emocionar o público logo de cara conseguiu me arrancar
sorrisos, e antes mesmo que a primeira cena chegasse ao fim eu já estava
fisgado. Sorrindo e aplaudindo. Os gritos (não te enganarei, eles vieram) eu
reservei mais para o final.
É encantador, fascinante! Tudo por um PopStar é uma divertidíssima adaptação musical do livro
de Thalita Rebouças – não sou conhecedor do trabalho da autora, só sei que seu
forte são esses livros juvenis, o que às vezes me faz associá-la à uma Meg
Cabot brasileira. E nesse momento fãs de Meg Cabot no mundo todo estão me
jogando pedra. Ou os fãs de Thalita Rebouças. Apaixonado por Cabot e sem
conhecer Rebouças, eu vou deixar o meu comentário por aqui, tire as conclusões
que quiser.
O musical conta a história de Manu, Gabi e
Ritinha, três amigas adolescentes simplesmente apaixonadas por uma boy band, os Slavabody Disco Disco Boys, que acabam de anunciar que virão ao
Brasil para fazer um show! Você pode imaginar a loucura delas, e isso é um
reflexo muito perfeito de coisas que vemos na realidade. Eu só conseguia pensar
na minha prima no show do One Direction
no ano que vem… ah, e eles cantaram umas músicas de One Direction, acho que isso colaborou bastante na associação. E
quanto ao nome deles… ÓTIMO! Parece muito estranho ler esse Slavabody Disco Disco Boys, mas depois
de assistir, você saberá o quão divertido é! Você fala no mesmo ritmo das
meninas no palco, você vê o logo na sua cabeça, você vê os refletores em você.
Porque isso acontecia.
E então elas farão o possível e o impossível para
poderem ir ao Rio de Janeiro, o que envolve implorar para os pais, fazer cara
de cachorrinho abandonado, e pedir ajuda a uma prima bastante louca. Babete é
um dos melhores destaques de Tudo por um
PopStar, mas eu falarei de todo o elenco mais tarde. E mesmo no Rio de
Janeiro as aventuras não param nunca, enquanto um milhão de coisas parece
impedi-las de realizar seu sonho, mas jamais desanimá-las ou separá-las. É uma
bonita e emocionante história de amizade no fim, muito mais do que a fama ou
amor pelo ídolo, mas sim o amor que Manu, Ritinha e Gabi apresentam uma com a
outra. Eu me emocionei de verdade.
A trilha sonora é perfeita. Com uma variação muito
grande que vai de Beatles a One Direction e o já clássico das boy bands: Backstreet Boys. As músicas
são contagiantes, os atores são carismáticos, e a história nos cativa. O
cenário bastante simples, mas bonito divide lugar com figurinos cabíveis aos
personagens, e um pouco de projeção de cenas já gravadas. E muita, mas muita
interação com a plateia. E olha que eu já vi vários musicais com interação com
a plateia, hein!
Eu acho que é essa interação que faz a diferença.
Os atores já começam vindo do fundo do teatro, e se você parar para pensar,
metade das cenas não acontecem nos palcos, mas sim no meio de todos nós. Quer
dizer, isso é incrível! Faz você se sentir parte daquilo, junto às meninas, e
faz você ficar procurando onde a cena está acontecendo daquela vez. Fora as
inevitáveis conversas, e aquele ser da plateia que é escolhido para ser citado
do começo ao fim – Gustavo dessa vez!
Na parte mais física do teatro, é uma instalação
bem pequena, com minha visão periférica eu podia ver as paredes dos dois lados.
O palco diminuto tinha um terço ocupado pela orquestra, mas eu não tinha me
dado conta de que isso significava tanta cena FORA do palco. E o público é, em
sua grande maioria, muito jovem. Não importa, a peça consegue conversar com a
gente, não importa a idade, e me senti um adolescente histérico novamente
quando no teatro. Apaixonante, eu recomendo a peça a todos que puderem ver!
Está em cartaz no Teatro Folha, em São Paulo, a preços bem acessíveis, de sexta
a domingo. Não perca…
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