American Horror Story: Coven 3x01 – Bitchcraft

Felizmente, os meus receios quanto à terceira temporada parecem, agora, infundados. Sim, rolou um clima um pouco mais adolescente e não é mais o que tínhamos em Asylum, mas American Horror Story não perdeu o seu horror, repleto de cenas angustiantes e/ou nojentas que nos perturbaram – o clima geral não é, ainda, de puro tormento, mas podemos chegar a isso. Acho que temos um ótimo (e diferente) terceiro ano pela frente… esperamos que dê tudo certo.

A série começa com Madame LaLaurie na New Orleans de 1834, apresentando sua filha mais nova à sociedade, aquela que clama que seu talento pode estar na cama. American Horror Story sempre foi assim: assustador, escuro e estranho com uma obsessão doentia pelo sexo – então temos piadas a respeito disso o tempo todo (piadas é modo de dizer, não rimos), temos uma sensual cena com Zoe assim que a conhecemos, e temos um dos piores assassinatos na série, e ele acontece justamente através do ato sexual… estou falando da última cena, no hospital.

Terrível.

Voltando a Nova Orleans, claro. Temos cenas revoltantes enquanto LaLaurie bate na filha e prende o empregado… mal sabíamos nós que ainda teríamos, mais tarde, uma história sobre a casa dela que nos mostraria um pouco mais dos horrores – como a retirada do pâncreas, que foi uma cena que me lembrou que eu preciso de uma almofada para assistir American Horror Story. E então, quase envenenada, LaLaurie desaparece para sempre… ou quase. Vamos ver o que é que a Fiona Goode está planejando ao desenterrá-la depois de tanto tempo.

Falando em Fiona… parabéns minha linda Jessica Lange. Ela sempre é um dos maiores destaques desse programa, e ela teve ótimas cenas. Ela é a Suprema, ou seja, a bruxa mais poderosa de sua geração, capaz de controlar vários diferentes dons. Mãe de Cordelia Foxx (linda interpretação de Sarah Paulson), as duas compartilham uma das melhores cenas do epsiódio. Sem contar que a Jessica teve aquele maravilhoso momento de obsessão pela droga dada a Allegra, e matou o médico/cientista de maneira assustadora e não menos do que perfeita… amei ver sua escura transformação, o Voldemort no fim…

“[…] sitting around here at Hogwarts”

A história de Coven acompanha primeiramente Zoe Benson (interpretada por Taissa Farmiga), uma adolescente que é mandada para uma escola de bruxas em Nova Orleans pelos pais, depois de matar o namorado durante sua primeira transa. Lá conhecemos também outras três garotas cada uma com seus poderes: uma é capaz de usar seu corpo como um gigante boneco vodu (é uma interessante premissa, gostei), outra é vidente e inteligentíssima e a última, Madison, tem o poder da telecinese – achei fascinante vê-la utilizá-la, porque tudo o que eu queria era ver aquele grupo de garotos morrendo após a cena mais horripilante do episódio! Que momento terrível, nojento, doentio, revoltante. E claro, nossa queridíssima Lily Rabe, que é uma pena que tenha feito Misty Day por tão pouco tempo e ela tenha sido queimada na fogueira… será que poderemos revê-la nesse ano?

Taissa vai repetir o seu romance com Evan Peters, ao que tudo indica. Dessa vez Evan é Kyle Spencer, e embora continue lindo como sempre, ela voltou a ser adolescente. Não sei se gostei, aquele cabelinho loiro comprido não combina com ele e eu estava gostando da sua versão mais madura de Kit Walker. Enfim, Asylum deixado para trás, ele fez uma ótima interpretação cantando a Zoe, tentando salvar a Madison e apanhando bonito no final… achei surpreendente a cena do hospital na qual Zoe não consegue encontrá-lo entre os sobreviventes. Algum erro aí produção? Como vai ser isso agora?

Não me diga que teremos um ano sem Evan.

Então parece que é isso. Eu não saí desse episódio atormentado como eu saía da maioria dos episódios de Asylum, que era um dos motivos de eu amar tanto a série naquela época, mas fiquei bastante contente. Parece que teremos uma boa história para acompanhar, alguns momentos mais leves (amei todas de preto andando pelas ruas) sem deixar de lado a esquisitice e o horror de American Horror Story. E quero só ver Jessica Lange treinando essas garotinhas todas… elas estão perdidas!

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