Person of Interest 3x02 – Nothing to Hide
Sinto falta dos números de criminosos.
Na verdade, esse episódio me deu uma saudade
incrível de quando os números eram bem ineficazes em questão de
vítima/criminoso, e eu quase achei que poderíamos estar quebrando esse
paradigma pela primeira vez há muito tempo. Não estávamos. Mas foi meio caminho
andado porque torcemos pelo criminoso enquanto a “vítima” não nos transmitia
empatia alguma. O episódio é maravilhoso, repleto de ação, uma história
complexa, bem encaixada e que usa muitos personagens, além de criar cliffhangers para o futuro da série.
Enquanto no episódio passado tivemos vários dos
personagens já consagrados de Person of
Interest, esse foi o episódio de focarmos na Shaw e foi fantástico vê-la
trabalhando. Ainda muito curiosa, ele tenta perseguir Finch, o que
evidentemente não dá muito certo, e é ótimo ouvi-lo no telefone com ela,
anunciando que a Máquina acabou de fornecer-lhes um novo número. É dessa
maneira que ela e Reese dividem a atenção nas cenas de campo, e eu gosto de ver
essa parceria nova, essa nova equipe que temos; é uma dinâmica inovadora para a
série.
Ao mesmo tempo, somos apresentados a um novo
vilão.
Collier.
O episódio é ótimo por ser surpreendente. Temos o
número de Kruger, o responsável por um site chamado Lifetrace, que quebra totalmente a privacidade das pessoas,
fornecendo informações perigosíssimas que podem muitas vezes colocar a vida
dessas em risco. Absolutamente frio, interesseiro e sem nenhum tipo de
escrúpulos, não é por ele que torcemos, mas sim por cada pessoa que vem
loucamente buscando por vingança pelos absurdos pelos quais ele os fez passar
em algum momento por culpa de seu site… o pior deles sendo o do Sr. Sommers…
nossa, como eu torci pela morte de Kruger ali!
Parece um grande jogo doentio e perigoso. E mesmo
com o discurso final, acho que ainda o é. É meio assustador ver Kruger movido
por sua ambição continuando com tudo sem nenhum tipo de culpa, enquanto um
zilhão de coisas vão acontecendo enquanto forças externas tentam derrubá-lo e
provar o quão perigoso é ter Lifetrace no
ar. Sua imbecilidade é que garante o final do episódio exatamente como
queríamos… no momento em que ele resolveu quebrar uma garrafa na cabeça de
Finch eu sabia que não tinha mesmo nenhum tipo de esperança para ele.
Mas o episódio me conquistou bastante pela sua
idéia original e pelo desenvolvimento interessante. Tudo começa a ficar muito
bom no vídeo de casamento, hackeado e com mensagens com um fundo preto, de uma
ou duas palavras… além do vídeo chocante de traição, evidentemente. Isso é
amplificado pelo telefonema (e a voz assustadora no telefone), a fantástica
cena do elevador, e as mensagens no próprio elevador e no GPS do carro (outra
cena fenomenal); aquelas mensagens eram meio desesperadoras, e elas conseguiram
criar um espírito de suspense magnífico.
Ainda tivemos uma reviravolta final muito interessante,
e aquela sensação de que essa história ainda não acabou. Finch, Reese e Shaw
falharam, felizmente. E isso tudo foi encarado não como uma vingança, no fim
das contas, mas bem mais como uma lição de vida. Pior do que isso. A primeira.
Bem como Finch comenta antes que o episódio chegue ao fim, isso é apenas o
começo… e talvez tenhamos já ganhado nosso vilão principal para esse terceiro
ano de Person of Interest, que
realmente promete ser fantástico.
Só como um extra, eu gostaria de comentar sobre Laskey.
Carter agora é uma policial, e ela não está nada contente com isso – embora
continue sendo fantástica na sua profissão, e vê-la conversando com Karen Mills
é ótimo; mas ela está treinando um novato que promete sofrer nas mãos dela, e
eu fiquei com pena, porque ele era tão fofinho, tão jovem e sonhador, tão
empenhado… ou não. Ele pode ao mesmo tempo ser bastante suspeito! Mas não vou
negar que a última cena no carro chegou a me comover, e eu amei ver os olhos
dele se enchendo de lágrimas enquanto ele dizia aquilo tudo… e ela o deixou
usar o rádio. Bem, parece que vamos ter mais um personagem recorrente por aí.
O terceiro ano de Person of Interest é ambicioso, podemos dizer isso. O que antes era
um elenco limitado com histórias semanais independentes agora está virando uma
grande trama complexa. Eu gosto da maneira como a cada ano nos apresentaram
personagens que continuam conosco até hoje, para na terceira temporada
assumirem um papel importantíssimo e regular – como é o caso da Shaw. E como se
não bastasse, um “simples caso semanal” se mostra muito mais do que isso, e
continuamos incertos a respeito de o que isso realmente significa para o
desenrolar da temporada… só posso dizer que estou ansioso e feliz!
P.S.: O “Do you mind?” do Finch para o Kruger foi
tão espontâneo e hilário que até mesmo o John teve que se permitir uma risada…
maravilhoso! Sou fascinado por esse humor de Person of Interest.
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