Person of Interest 3x04 – Reasonable Doubt
Não teve as surpresas, o carisma e o fôlego do
episódio passado, mas Person of Interest
voltou a seu estilo convencional de independentes casos semanais (com a
diferença de que Shaw, perfeita como sempre, é agora regular e faz um trabalho
muito bom) e temos talvez o mais interessante dos números fornecidos pela
Máquina nos últimos tempos. O ritmo do episódio me encantou de uma maneira
diferente, e eu amei as surpresas do roteiro. E olhe só: fiquei surpreendido
com as surpresas.
Ficar “surpreendido” com as “surpresas” de Person of Interest tem duas
interpretações possíveis, mas eu levo isso para o lado de que isso é algo muito
grande! Todos sabemos e já esperamos (e nunca nos desapontamos com isso) que o
episódio vá se desenvolver baseado numa série de reviravoltas que nos deixe de
queixo caído. Bem, nesse roteiro tudo foi levado tão ao extremo que foi
chocante! Não tínhamos certeza de nada em nenhum momento, a dúvida nos
acompanhou do começo ao fim, o desenvolvimento foi impecável e inteligente, e o
final inovador que me fez aplaudir Reese.
Tivemos menos Shaw.
Durante esse episódio, recebemos o número de
Vanessa Watkins, uma mulher imprevisível acusada de assassinar o marido em um
iate. E foi o número mais interessante que recebemos há tempos, deixando até os
“protagonistas” apagados enquanto queríamos ver mais dela e de seus feitos…
porque gente, como ela era interessante de se assistir! Poderosa, perigosa e
determinada, acompanhamos motivos suficientes para a termos de vítima, enquanto
ela conversava com traficantes e plantava cocaína para mandar para a prisão a
testemunha que o incriminou.
Bem, é assim que o episódio segue da maneira mais
confusa possível – não que tudo não seja muito bem explicado; a confusão está
em nossa cabeça, tentando juntar tudo. Nunca sabemos ao certo se ela é vítima
ou criminosa (embora vocês saibam para o que eu torcia, huh?), e ela tem provas
suficientes para ser uma vítima sofrida pelo marido que amava (e que traía, e
que também era traída por ele… enfim, uma longa história), mas também tem
motivos suficientes para ir atrás dele e matá-lo. Ou de sua amiga e matá-la. Ou
praticamente de muita gente.
Isso torna o episódio convincente e fenomenal.
Shaw entra magnífica se infiltrando na casa de Nicole (sua melhor amiga) para
descobrir mais informações, conseguindo umas úteis – amei a cena do Clube do
Livro! Mas melhor mesmo foi vê-la com Fusco pegando o removedor de grampos com
o “Oh… that’s not good. A little wheel is
spinning” RI DEMAIS! Mas dessa vez foi Reese quem ganhou o destaque maior,
com várias ótimas cenas, e um final realmente encantador no qual deixa tudo
acontecer como acha que deveria acontecer… final surpreendente e muito
diferente ao que estamos acostumados na maioria das vezes em Person of Interest.
Gostei demais do “julgamento”. Com Vanessa tão
ativa no episódio, e uma personagem tão intensa, foi ótimo ver Reese, Finch e
Carter organizarem uma espécie de julgamento para ela. Temos, brevemente, de
volta a Detetive Carter, e Finch bancando o juiz é impagável – ri demais com o “Overruled”. E a história de Carter
prossegue enquanto entendemos um pouco mais de seu novo parceiro… gostaria de
um pouco mais de especulação antes da confirmação, que deveria ter ficado pelo
menos para a semana que vem. Mas ele realmente acreditou que Reese era um
namorado dela? Ele não escutou nada do que eles estavam conversando?
Mas posso dizer? Ele é um ótimo ator.
Não mais do que Vanessa. Aquela ali atuou!
Uma dúvida que me atormenta agora: o que foi
aquela história da veterinária e pra que aquilo serviu? Eles só querem dar mais
importância ao Urso, é isso? Mas apaixonante mesmo foi Vanessa em cada fala,
foi Finch com o “She’s beginning to
remind me of you, Mr. Reese” (o sorriso do John foi ótimo!), e a maneira
como o episódio se finaliza, com as novas informações chegando uma atrás da
outra quando tudo parecia bastante claro… genial, simplesmente genial. Vamos
aguardar agora novos episódios com notícias de Root, afinal é a Root…
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