Tenth Doctor – The Mystery of the Haunted Cottage (Derek Landy)
DAVID TENNANT \o/
Para muitos, David Tennant é o melhor Doctor da
nova série de Doctor Who – e embora
eu também seja apaixonado por seu Doctor, eu acho que cada um de nossos Doctors
atuais agregam alguma coisa ao personagem e são memoráveis à sua própria
maneira. O conto de Derek Landy foi muito mais do que uma homenagem ao Universo
Whovian, bem como foi uma também uma belíssima homenagem à própria literatura e
ao ato de ler, propriamente dito. Eu achei bem interessante e emocionante.
Derek Landy consegue surpreender em The Mystery of the Haunted Cottage, e
cria um universo estranho no qual as lembranças de leitura de Martha Jones estão
fornecendo informações para criar a realidade – tudo parte de um plano maior de
um Ch’otterai chamado de Cotterill. Isso consegue ser desculpa suficiente para
que o autor encha seu texto de referências de fora de Doctor Who, de maneira convincente o suficiente porque todos
lembramos da paixão que o Doctor tem por livros – e como o próprio Doctor do
David Tennant amava umas referências inteligentes, como quando ele comenta
Harry Potter…
Então. Desde o começo o conto nos cativa e, acima
de tudo, nos deixa curiosos. O título é desvendado muito depressa quando descobrimos
estar em uma fictícia 1951, dentro do livro The
Mystery of the Haunted Cottage, o primeiro que Martha leu na saga dos Troubleseekers – e me pareceu uma idéia
fascinante como os personagens e a capa do livro foram utilizados e o conceito
todo de os personagens demorarem para conseguir vê-los – focar e notar a
presença deles. Que ótima cena
com Mrs O’Grady, por sinal. What a fully
developed character you must be.
Senso de humor by David.
Incrível como Derek Landy conseguiu trazer esse
humor de Tennant à sua história. A descrição física do Doctor se limitou
basicamente ao “his jacket – the brown
pinstripe today, with the blue tie”, mas ele usou bastante elementos como
as sobrancelhas erguidas e o cabelo desarrumado. Típico de Tennant. E sua
sagacidade ficou evidente sempre, os comentários sempre fenomenais que me
fizeram rir demais, além de explorar a fundo a questão da corrida – afinal é
uma coisa tão evidente nos nossos queridos Doctors, e aqui ele abertamente fala
sobre sua paixão para correr. Também a base de seus principais planos.
Derek Landy, autor de "The Mystery of the Haunted Cottage" |
Decidi que Derek é um ótimo ator pela maneira como
ele conseguiu brincar com a literatura e com o que tinha em mente, com
comentários como “Children can be so
cruel. Children’s writers can be even worse”, falando sobre a Terra da Ficção, e
um parágrafo como “After the
Troubleseekers and stuff like that it was all Harry Potter and His Dark
Materials and then she was reading adult books and trying out the classics… but
the Troubleseekers is where it all began”. Foi tão inteligente, não
foi? Porque homenageou livros e leitura de uma só vez, de forma breve, concisa
e bonita.
Presos em um mundo criado a partir das leituras de
Martha, tivemos tantas, mas tantas referências que eu achei que meu olho
pularia, de tanta felicidade! Tivemos um teaser
para os contos de fadas de Gallifrey, um inteligente “Elementary, my dear Jones” e daí em diante foi tudo incrível… “Off with their heads!” te lembra alguma coisa? “They ran
through the door of the cottage, emerged into the dining hall at Hogwarts”
BRILHANTE. A neve toda… “The Lion, the
Witch and the Wardrobe?”, ela não tinha lido, mas value a lembrança. E o
que mais me fez rir: “There was movement
up ahead: two teenagers, a pale boy and a nervous girl, walked into a clearing.
The sun broke through the clouds and the boy started to sparkle”. Eu
já estava rindo muito, mas o que vem depois foi ainda melhor: “Martha felt the Doctor’s eyes on her and
she blushed. ‘Do not judge me’.”.
Rapunzel…
Dracula… Derek Landy até extrapolou um pouquinho com “Do you happen to have a crucifixo r holy water or, I don’t know, a
lightsaber or something?” PERFEITO. E, por fim, Charles Dickens… até
o grande plano do Doctor ser colocado em ação, inteligente e bonito!
Muito
David: “It’s happened before. Well, sort
of. Long time ago. Well, not that long, relatively speaking, and since time is
relative, relatively speaking is how we speak, is it not?”. Quem foi
que não esperou pela teoria toda de como o
tempo é mais um wibbly wobbly timey wimey stuff? Não sei se eu teria
aprovado ali no conto, mas achei inteligente como o autor conseguiu colocar
algo parecido não contraditório que nos fez recordar aquilo de maneira tão
clara e direta. Parabéns, de verdade.
David Tennant é o Décimo Doctor e ficou no papel
de 2006 a 2010, da segunda à quarta temporada na nova série de Doctor Who, mas felizmente estará de
volta no Especial de 50 anos, e estamos muito curiosos para vê-lo novamente!
Com Rose Tyler… ele era muito eufórico, engraçado e interessante. Um Doctor
apaixonante (em qualquer sentido), foi ele quem deu fim ao Mestre – e o conto
traduziu ele de maneira tão completa. Porque no conto sentimos o seu carisma
evidente, mas também tivemos seus momentos de ser metido que eram tão ele…
Sem contar, claro, que o Doctor do David Tennant
era totalmente apaixonado por referências à cultura pop, e vocês querem algo
melhor para representar isso do que esse Universo brilhantemente imaginado por
Derek Landy? Eu adoraria ter lido uma parte na qual ele colocava seus óculos,
parecia combinar com com a história, mas tudo bem… eu recomendo o conto, e
claro que eu aconselho uma grande maratona com os episódios do David Tennant!
Um dos melhores Doctors de sempre, podemos assim nos preparar para o Especial
que está quase aí! E estamos quase para matar as saudades dele, FINALMENTE!
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