The Day of the Doctor
FANTASTIC.
E essa foi a maneira que encontrei para começar já
relembrando Christopher Eccleston. Doctor
Who é uma série apaixonante parte da vida de muitas pessoas como eu – whovians de plantão que esperaram
ansiosamente por esse grande momento que foi o Aniversário de 50 anos. Eu
precisei assistir novamente em casa para conseguir organizar melhor meus
pensamentos depois de surtar tanto no cinema no sábado, mas aquela experiência
valeu para toda minha vida. Foi delicioso e emocionante ver novamente e
lembrar-me da sensação de estar lá.
O episódio é inteiro simplesmente perfeito.
Incrível como The
Day of the Doctor consegue captar não apenas a essência dos Doctors que
vemos durante o filme, mas também da série como um todo, nos emocionando do
começo ao fim e nos divertindo. Os atores trabalham em uma sintonia incrível,
proporcionando-nos cenas marcantes em um roteiro extremamente bem escrito e
redondo, que explica muita coisa além de levantar novas dúvidas. Além do fato
de Steven Moffat realmente ousar e reinventar a Mitologia de Doctor Who depois de tanto tempo. Sua
especialidade. E tem a coragem de fazer isso começando com a abertura em preto
e branco de 1963.
EMOÇÃO DEMAIS!
Ao mesmo tempo em que tudo acontece de maneira
perfeita, também temos os elementos mais clássicos da série para acompanharmos.
Seja as diferentes versões da sonic
screwdriver, o icônico cachecol de Tom Baker usado por Osgood o tempo todo,
as diferentes versões da TARDIS que são emocionantes, e aqueles sons que nos
conduz a uma experiência maravilhosa. Porque é impressionante como a trilha
sonora é intensa e nos proporciona o melhor da nostalgia em momentos como War,
Tenth e Eleventh deixando a pintura durante a Time War… ou então a própria
TARDIS se materializando, que é um som capaz de trazer esperança a qualquer um,
como bem ressaltado por Bad Wolf.
Falando nela! Billie Piper é incrível. Não
tínhamos como imaginar um Especial que não a trouxesse, mas o roteiro foi inteligentíssimo
a ponto de trazê-la e valorizá-la, mas não mais como Rose Tyler… embora ela
assuma essa forma, e mesmo que ela continue encantada pelo Doctor, o olhando de
maneira a partir nossos corações em diversos momentos, e nos fazendo ir à
loucura quando David pergunta “Sorry, did
you just say Bad Wolf?”, ainda assim ela foi outra pessoa. A Interface do
Moment, a arma usada pelo War Doctor para pôr um fim na Time War, aquela mesma
que destruiu todos os Daleks e Time Lords do mundo.
Um papel importantíssimo, cheio de referências.
Retornamos ao momento da Time War conhecendo um
pouco mais de John Hurt com seu discurso de “No More” já presenciado em The Night of the Doctor, mas ainda antes
de ele se tornar o assassino do qual tanto se envergonha mais tarde. A ligação
entre os tempos é genial, pois temos o Doctor atual trabalhando para a UNIT (e
eu acho isso tão série clássica!), recebendo uma carta da Rainha Elizabeth I,
que casou-se com o Décimo em 1562, quando ele ainda era David Tennant… enquanto
1562 é atacada por Zygons em um plano terrível para conquistar a Terra uma vez
que seu planeta natal foi destruída na guerra.
Mais genial ainda é colocar Bad Wolf para mostrar
ao War Doctor o homem que ele se tornará, fazendo-o ponderar a respeito de suas
decisões, antes tão certas. Os tempos ainda vão se conectar usando uma fez e uma fissura no tempo, um rasgo na
realidade – aí o Especial muda e somos sobrecarregados de belíssimas
referências e ótimas piadas, como Eleventh zoando Tenth por causa dos “sand
shoes”, uma competição através da comparação de sonic screwdrivers, e o War Doctor os achando infantil demais e se
perguntando se eles eram companions
do Doctor.
“You are my future selves. Am I
having a mid-life crisis?”
Piadas não faltaram, e ótimos momentos também não,
mas eu gostei mesmo de ver os melhores momentos de emoção, sejam eles aquelas
maravilhosas cenas em que, presos, eles discutem a respeito do número de
crianças mortas naquele dia em Gallifrey, ou então a triste despedida que deixa
Matt pensativo sobre Trenzalore. Gostei dos rótulos dados aos Doctors, como “The one who regrets and the one who
forgets” e como as características de cada um foram bem exploradas.
A série passa por uma total reformulação com essa
mente genial e audaciosa de Steven Moffat, e agora nos resta esperar e ver onde
ele quer chegar. Mas foi esse plano todo que nos permitiu o ótimo momento de
ver 13 TARDIS voando em volta de Gallifrey, enquanto cenas prontas de antigos
Doctors são mostradas nos projetores – surtamos no cinema com Christopher
dizendo “And for my next trick”, uma
rápida e emocionante cena, e a grande surpresa que foi ver os olhos de Peter
Capaldi ali no meio. “No, sir. All 13”.
Infelizmente temos uma grande decepção em ver a regeneração de John Hurt em
Christopher Eccleston cortada.
Porque foi uma expectativa tão grande.
Nos permitimos sonhar.
Nada.
E para finalizar então temos um conjunto de cenas
perfeitas. Seja Matt contando a David sobre Trenzalore e o mais que perfeito
momento em que David Tennant entra na TARDIS dizendo “Trenzalore… we need a new destination, because… I don’t wanna go”.
Pra quê? Como gritamos. He always says
that. A belíssima conversa de Matt com Tom Baker, que parece ter sido
extremamente emocionante de filmar, para ambos, e podemos sentir esse sentimento
tão verdadeiro refletido nas câmeras. E o belíssimo discurso final sobre sonhos
que acaba com os 12 Doctors juntos. LINDO, lindo demais. Um evento grandioso,
que whovians de todo o mundo
assistirão para sempre, emocionados.
Pelo menos até o Centenário, right?
Porque 12D com 57 Doctors… não é pra qualquer um!
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