Vale o Piloto? – Almost Human 1x01
2048.
Eu confesso que a série não me chamava muito a
atenção por conta da minha opinião dividida sobre o tema. Eu sou apaixonado por
ficção científica, e essas coisas futurísticas me agradam – gosto da estética,
da proposta de andróides e tudo o mais. O que me segura é o lado policial forte
demais, e infelizmente séries policiais não são realmente o meu forte. Com
exceção de Person of Interest, uma
das melhores séries que eu acompanho e que é bem policial. Inovadora, mas ok.
Então o Piloto de Almost Human sustentou minhas dúvidas e
eu não sei o que pensar.
Num futuro não tão distante, todos os policiais
são designados a trabalhar com um companheiro andróide, por medidas de
segurança e o que for. Mas o problema é que John Kennex ficou quase dois anos
fora de suas funções, e naquela época isso não era obrigatório. Então ele
volta, relutante a trabalhar com um MX, e as suas primeiras cenas com um são
realmente desesperadoras. Eu o entendo pelos flashbacks, então não o julgo tanto por não aceitar um MX, e por
mais maldoso que pode parecer esse meu comentário, eu realmente me diverti com
ele jogando seu companheiro pela porta do carro em movimento. Andróides
chatinhos, huh?
Mas é quando conhecemos Dorian. E podemos dizer
que é praticamente amor à primeira vista. INCRÍVEL! E aqui nossa simpatia que
só começava a existir por John desaparece totalmente, porque não gostamos da
maneira como ele trata esse andróide, e gostamos demais dele. Dorian é um
modelo antigo que “não deu certo”, época na qual os andróides foram projetados
para, além da racionalidade infinita, sentirem as emoções humanas. O que os
torna, realmente, um tanto quanto imprevisíveis, bem como os humanos. Além dos bugs engraçadíssimos!
Se me perguntar, Dorian é mais humano que os
humanos.
A interação dos dois é absolutamente clichê e
batida. Há toda a desconfiança, as brigas, até que um finalmente salve o outro
ou ajude o outro em algum momento extremamente importante para que uma amizade
comece a nascer. O que não quer dizer que não tenha sido bonitinho… porque
Dorian realmente ganhou nossos corações se incomodando com o termo “sintético”
e sendo muito enfático e determinado em uma briga com John. Então gostamos do
final em que os dois realmente conversam, trabalham juntos e conseguem um
considerável sucesso. “Thanks, man” é
o tipo de fala recorrente que ainda funciona.
Para o futuro da série, temos algumas apostas. O
episódio foi tão de Dorian e John, que eu não me importei muito com os demais
personagens – mas acho que Dorian tem a capacidade de segurar o enredo por
muito tempo, ele foi carismático o suficiente. No mais, devemos ter mais sobre
a misteriosa ex-namorada de John, e o fato de ela ter desaparecido quando ele
acorda do coma prolongado. Sem contar que o vídeo, citando o pai dele é
altamente suspeito, e desconfiamos que o pai dele também tenha alguma
importância nisso tudo. Nisso o quê? Há um plot
de matar os policiais, e uma coisa toda…
Falando em “futuro” propriamente dito, eu gostei
da estética de 2048. Não é nada inovadora e eu acho que faltaram surpresas,
queria ver algo diferente – mas ainda assim acho que eles se aproveitaram de
uma já estável estética que dá certo, que é aquele futuro moderno, com carros
voadores, poucas cores e muita tecnologia. O tipo de coisa não tão surreal que
nos parece bastante aceitável. E bonito. Mas eu não sei se eu continuo vendo a
série apenas porque amei os carros e/ou a estética futurística. Nem mesmo
Dorian me conquistou ainda nessas proporções…
Então Vale o
Piloto? Eu acho que a série tem muito potencial e uma história
interessante, mesmo que possamos cortar um pouco dos clichês e inovar. Como?
Não sei, isso fica para os roteiristas. Eu aconselho para quem gosta de ficção
científica e/ou séries policiais, mas por ora eu a deixarei em segundo plano.
Essa semana estou bastante corrido, viajo na sexta para The Day of the Doctor, e semana que vem será realmente pior do que
essa em termos de tempo… o que não me impede de colocar Almost Human em ordem em uma pequena maratona no início das férias…
quem sabe você em breve verá novos textos por aqui?
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