The Time of the Doctor


“Raggedy man… good night!”
Emoção é o que define esse episódio. Eu o assisti pausando depois de cada cena com medo de chegar ao fim, querendo aproveitar e emoção pura de cada momento, ansioso e temeroso pela sequência… o episódio brincou conosco do começo ao fim, lotado de referências e belíssimos momentos, piadas bacanas na primeira parte e emoção incansável no restante. Muito tempo passa, o episódio parece longo e nem lembramo-nos mais de onde começamos. Sofremos, choramos, rimos, aplaudimos.
The Time of the Doctor traz à tona o último momento de Matt Smith como o Doctor. Uma mensagem está sendo transmitida, e o Doctor, com seu TOC e uma cabeça de Cyberman chamada Handle, precisa descobrir de onde vem e o que ela quer dizer – ao mesmo tempo em que Clara Oswald inventa um namorado para a família e liga para o Doctor, pedindo que ele cumpra esse papel. E, nessa parte, gostaria de agradecer ao Moffat, que prova ainda ter um pouco de coração nele: obrigado por nos proporcionar essa visão do Matt Smith nu. E essa possibilidade de a família de Clara conhecê-lo assim.
Enfim.
O episódio é todo cheio de momentos. Então há todo o tipo de referências que você puder imaginar. Primeiramente nos próprios vilões, que viram uma confusão que só – temos Daleks no primeiro planeta, misteriosos Cybermen no segundo, Silents na Igreja de Tasha Lem, e um enervante ataque de Weeping Angels. Depois temos Cybermen feitos de madeira mas que soam exatamente como Daleks e uma infinidade de loucuras que são bem interessantes de se ver… achei uma maneira inteligente de homenagear esses tão importantes vilões nesse Especial.
Além também de outras referências, como a fissura na parede, que me deixou pulando de alegria. “It’s a split in the skin of reality”, a pergunta tão importante… Doctor Who? O dia 26 de Junho de 2010, aquele dia no qual Matt Smith terminava sua primeira temporada como o Time Lord tão adorado por todos nós. Algumas referências à Amelia e aquele emocionante final que acabou com todos nós. A bow-tie indo embora, uma última vez comendo fish fingers and custard, a pequena Amelia correndo pela TARDIS, e o que me pareceu algumas referências a Rose, que me deixou bem contente.
Rose não fez parte da era Matt, no entanto eu achei muito parecido com o que Christopher fez na primeira temporada essa história toda de mandar Clara de volta à sua família para protegê-la. E as cenas foram extremamente tristes. Chorei quase o tempo todo. Porque a relação do Doctor com Clara é terna e verdadeira, e foi incrivelmente triste vê-la deixada aqui no nosso tempo, chorando daquela maneira, abraçando a avó, e o som da TARDIS retornando realmente nos deixa alegres, cheios de esperança… cada cena foi de partir o coração, com belíssimos discursos, tudo muito memorável.
Ao passo em que Clara o aguardava, o Doctor envelhecia em Trenzalore, enquanto os Senhores do Tempo esperavam para retornar pela Fenda na Parede, mas o Doctor estava ali para proteger o planeta da guerra à frente. Me emocionei com a história de Barnable, e com cada encontro de Clara com o Doctor cada vez mais velho. O primeiro, 300 anos depois, teve belíssimos momentos e discursos, o segundo foi ainda mais difícil de assistir, pois já estávamos realmente chorando. “He shouldn’t die alone. Go to him” – a cena foi forte de Clara lendo um poema para ele, chorando deitava em seu colo tão velho.
E ele se preparando para partir.
A conversa sobre as regenerações também foi algo muito bonito, porque não sei o que seria do Doctor sem a Clara. Gostei de como o assunto foi trazido, de como ele lhe explicou que aquela era sua última vida e assim acabaria, pois seu túmulo estava ali em Trenzalore, ele já tinha visto isso. Ela insistindo que ele mudasse o futuro… e aquele belíssimo discurso no fim, ao lado da parede, em que Clara diz aos Senhores do Tempo o nome do Doctor. E pensar que o Doctor só foi salvo da morte eminente graças ao amor de Clara, que o ama demais para deixá-lo partir. Foi lindo.
Foi a maneira de dizer adeus a Matt Smith, vendo-o envelhecer lentamente e deixando de ser o jovem brincalhão para se entregar à morte e à solidão. Tristeza definiram metade do episódio. E uma forte e intensa cena de regeneração em duas partes – a primeira finalizando a guerra e a segunda se despedindo de Clara e, de certa maneira, de Amy Pond. BELÍSSIMO. Nos emocionamos, choramos, e tivemos muito mais do que poderíamos ter esperado. E agora Peter Capaldi assume a TARDIS, e vamos ver aonde isso nos leva no nosso oitavo ano. “Do you happen to know how to fly this thing?”.

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