American Horror Story: Coven 3x10e11 – The Magical Delights of Stevie Nicks / Protect the Coven


Morrer jamais.
Como nesse ano parece que os personagens estão proibidos de morrer, resolveram recorrer à técnica de enterrá-los vivos. E se morte não resolve os problemas, sabemos que isso é ainda muito mais instável… lembram-se de como muita gente foi morrendo ao longo dos episódios de Asylum e não sabíamos quem [se alguém] sobreviveria no final? Bem, Coven não partilhou dessa idéia – os roteiristas parecem não gostar da idéia de morte, a não ser que seja temporária. Desse modo, metade do elenco já morreu pelo menos uma vez.
Não sei exatamente o que eu esperava no início de Coven, mas acontece que a temporada joga e joga coisas, mas no fundo uma única coisa importa: quem é a Suprema. Então dane-se o que Delphine fez no passado, não importa mais a rixa entre brancos e negros (afinal Marie Laveau e Fiona estão melhores amigas) e mesmo o plot dos Caçadores de Bruxas parece ter perdido qualquer importância. Tudo que poderia ser bem explorado em uma série de terror/suspense, mas no fim nos contemos com a maldade presa em qualquer ser humano. Com essa briga pelo poder dentro do clã, poderíamos ter algo parecido mesmo sem bruxas. Elas ficariam mortas no fim, mas ok.
The Magical Delights of Stevie Nicks focou na idéia de que Misty Day possa ser a nova Suprema – nenhuma novidade até então. Mas parece que a luta está mais acirrada do que nunca, e todos começam almejar o cargo. Madison deixou de ter o sopro no coração e está interessadíssima, Zoe faz comentários aleatórios o tempo todo, e Nan apresenta uma evolução em seus poderes que é até bonito de assistir –incrível vê-la controlando mentes. E sua vaca velha, se você matou o Luke, você merecia morrer. Bela cena, Nan! Com tudo isso acontecendo, Madison se tornando a nova Fiona, Fiona desesperada para não morrer… ninguém está seguro.
E Protect the Coven ainda traz Queenie de volta.
Sério, por que as pessoas não podem ficar mortas? Misty enterrada viva, Queenie de volta, Cordelia banca a heroína. A melhor cena desse segundo episódio, certamente, foi Cordelia arrancando os próprios olhos para recuperar a Visão – sim, ironia prevalece em American Horror Story. Não sei bem o que isso significa, o que ela vai fazer com isso se todos sabem que o inimigo é Fiona. E o motivo de Myrtle ter ajudado Zoe a escapar com Kyle. Algo me diz que Madison tem mais um ônibus para virar antes do fim da temporada… embora eu tenha gostado das cenas de Zoe com Kyle. Por Kyle, claro. Fofo no funeral, olhando para a banheira, dizendo que amava Zoe… recusando um boquete de Madison!
Me diverti pra caramba com Fiona e Papa Legba. Em um episódio eles apostaram em retomar o passado de Delphine e sua sede por sangue, e no outro o passado de Marie Laveau que explica sua imortalidade – foi a melhor parte de The Magical Delights of Stevie Nicks. Foi aquele tipo de cena repugnante que nos deixa um pouco chocados, e dá idéias mirabolantes para Fiona. Eu fui o único que realmente caí na gargalhada quando Fiona planeja negociar sua alma pela imortalidade e recebe um “You have nothing to sell. You have no soul”. Agora entendo aquela piadinha que circula o Facebook nos últimos dias: “Fui vender minha alma. Não tinha uma”.
Stevie Nicks só aparece mesmo para cantar uma música que não é tão boa quanto The Name Game em Asylum (uma das coisas mais bizarras da minha vida), e as meninas entram verdadeiramente em uma guerra declarada para se garantirem a Nova Suprema. Esperando mais ótimas cenas dessa nova e inesperada amizade de Fiona e Marie Laveau – cenas como o assassinato de todos os Caçadores de Bruxas, que foi uma das melhores coisas da temporada! Só eu que estou achando que a temporada está deixando um pouco a desejar em relação à última… vamos aguardar e procurar as pistas do tema da quarta temporada… que os jogos comecem!

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