Helix 1x03 – 274
Surpreendente.
Depois um Piloto duplo que nos deixou apreensivos
e fisgados, Helix retorna para o
terceiro episódio com um efeito semelhante, e eu admiro o crescimento contido
da série – apresentando um dia de cada vez desde que o surto todo começou,
temos basicamente o mesmo clima dos primeiros episódios: desespero, agonia e a
sensação de medo; parece não haver segurança em lugar nenhum, a morte os
circunda, e continuamos buscando respostas a esses mistérios que se acumulam,
ao mesmo tempo em que algumas coisas se estabelecem e nos clareiam a mente.
O que eu achei inteligentíssimo. Aos poucos a
série vai se estruturando, e o mais importante do episódio está no conceito de
SODRA. Aquela base no Ártico é um centro de experimentos, cultivando uma série
de vírus letais na tentativa de criar uma cura para todos eles – o que,
evidentemente, sai do controle e produz esse vírus mutante causando a epidemia
atual, que ou mata ou torna a pessoa agressiva e perigosa o suficiente para
buscar novas pessoas que possam ser infectadas. E assim entendemos a frase de
efeito que acompanha a série: “Play God. Pay
the price”.
Mas também a série deixa muito claro que ser
infectado pelo vírus não é um sinal evidente de morte – Peter continua vivo e
não o conhecemos sem que estivesse infectado. Mais do que isso, ele se
apresenta completamente ciente de suas faculdades mentais, capaz de andar,
falar, pedir ajuda – e se auto-medicar. É o que muita gente está comentando ser
exatamente o que a diferencia de uma simples série de zumbi. Não é isso, é uma
ficção científica de terror/suspense muito mais abrangente e complexa que isso!
E está nos deixando com o coração na boca, morrendo para saber mais alguma
coisa.
Ao mesmo tempo em que as peças começam a se
encaixar e as coisas a fazerem sentido, tudo também está prestes a sair de
controle quando os supostos infectados são todos isolados no Nível R, enquanto
os outros são levados para cima – o problema é que o teste fabricado às pressas
não tem realmente o efeito que se esperava. Amei a apreensão das cenas de
Julia, infectada ou não, o mistério das mãos trêmulas de Sarah, e a agonia
final de Julia, ao se dar conta de que está infectada mas seu teste não está
verde. “It doesn’t work. It doesn’t
work!”. E o episódio termina novamente nos deixando suspensos numa dúvida e
num assombro cruel.
Evidentemente o que mais me encanta são esses
mistérios. Não se sabe tanto sobre Hatake, também não entendo esse cara que
quer “ajudar” a Doreen… o episódio é todo construído em cima de dúvidas, e
enquanto a história avança, a epidemia se alastra e respostas surgem, um número
ainda maior de mistérios nos são apresentados, e somos perdidos em uma confusão
deliciosa que é o tipo de coisa que nos prende a algum programa – não tem como
abandonar Helix sem entendermos o que
está acontecendo, sem saber o que vem a seguir. Simplesmente maravilhoso e terrível,
parece que temos mesmo nas mãos um ótimo sci-fi para acompanhar…
P.S.: Só
eu me assustei com o vírus da Doreen crescendo?
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