Intelligence 1x03 – Mei Chen Returns
Diferente do que eu previ.
E isso é ótimo.
Na verdade acho que o título foi um pouco
“sensacionalista” – porque parece uma série lá no seu quinto ano anunciando o
retorno de alguém da primeira temporada ou algo assim, sei lá. Mas deixando
isso de lado, é só o Jefferson sendo o mala de sempre, o episódio foi ótimo, eu
gostei bastante. Continuo muito satisfeito com a velocidade do roteiro,
esperando que eles não percam o ritmo com o decorrer das semanas. As coisas
estão acontecendo depressa – se o primeiro episódio apresentou a premissa e o
segundo resolveu o caso de Amelia, o terceiro já trouxe Mei Chen de volta e
pronto.
Para quem não se lembra, Mei Chen era aquela
mulher do Piloto que também recebem um chip – exatamente como prevíamos, o seu
chip é mais avançado do que o de Gabriel, o que a dá vantagens alarmantes.
Ainda não foi a vez disso, mas certamente entraremos em discussões sobre como a
humanidade dele o torna melhor do que ela usando o chip, ou coisas assim. O que
mais me agradou foi a maneira como o confronto entre os dois aconteceu. Renderizações.
Eu amei as renderizações desde o primeiro episódio, defendendo que era um
conceito interessantíssimo e bonito visualmente. É, portanto, dentro da mente
dele que os dois se enfrentam.
Ficou muito legal e trouxe reflexões importantes a
serem discutidas. As suas projeções estavam mais bonitas do que nunca, e saber
que Mei Chen podia invadi-las já nos fez temê-la. Amei a maneira como Gabriel
pode ser hackeado, e como isso coloca
pessoas como Riley em perigo, mas também “concordei” com Mei Chen nas cenas
finais com aquela discussão toda que ela levantou – como eles sabem que ainda
são humanos e não máquinas? Boa alternativa essa do prazer, essa proposta
indecente de se tornaram Adão e Eva de uma nova espécie da evolução. E, mesmo
que não tenha sido o foco, inegável que as palavras de Mei Chen deixaram
Gabriel pensativo: “Não nos disseram o
que o chip faria com nossas almas”.
Forte.
O episódio teve uma dinâmica impressionante e
inteligente, que me prendeu de verdade. Sem as puras cenas de ação não
justificadas, o episódio puxou para o lado intelectual e trouxe diálogos muito
bem escritos que me agradaram. Além de humanidade latente em defesas como “O chip agora sou eu”. Sem contar que o
roteiro dá passos grandes para o futuro: toda a história de Kate Anderson e o
HD já foram resolvidas em uma ótima cena com Mei Chen. Já sabemos o que estava
lá dentro (os segredos do chip, de Gabriel), onde estava escondido (a lente de
contato) e eles já até conseguiram apagar as informações do sistema de Mei
Chen. Quanta eficiência!
Em vários momentos a série me fez recordar outras
atrações, uma diferente da outra. Sem a comédia inquestionável dessa, em alguns
momentos pensei em Chuck. Talvez
tenha sido essas informações todas que ele acessa, e o segundo, muito mais
avançado. Também pensei em como o HD poderia produzir centenas de pessoas como
Mei Chen e Gabriel, e um futuro no qual todos tenham isso – ao menos o governo.
Continuum. Me pergunto quando eles
começaram a lutar contra a Liber8. E, claro, com toda a paranóia americana após
o 11 de Setembro e a invasão à privacidade para proteger a todos, Person of Interest. Sem contar que Josh
Holloway não me deixa esquecer Lost…
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