[MARATONA] Under the Dome – Primeira Temporada
Chester’s Mill is a place like any
other. At least it used to be. Until we were cut off from the rest of the world
by a mysterious Dome. Invisible. Indestructible. Inescapable. We don’t know
where it came from or why it’s here, but now that we’re all trapped under the
dome together, none of our secrets are safe.
Under the
Dome traz a premissa perfeita e instigante! Uma cidade isolada do resto do
mundo quando uma redoma cai sobre ela? As cenas são impressionantes, e algumas
das coisas que ainda mais nos marcam são as cenas da queda da redoma – a mão de
Barbie, a vaca, o avião e o caminhão… um inteligente suspense de ficção
científica idealizado por Stephen King e adaptado para série com a sua
constante supervisão, Under the Dome
é uma série imperdível que nos deixa a cada dia mais apreensivos. Senti algo
assim pela primeira vez assistindo Lost.
Depois algo parecido com Awake. Under the Dome é a terceira série a
conseguir isso de mim.
É uma experiência incrível, quase sublime. A série
começa e você não sabe exatamente o quanto pode ser explorado com esse tema,
nem qual o tom que será adotado – embora você nunca duvide de que será algo
incrível. Com uma ótima proposta humana de desenvolvimento dos personagens, que
parecem reais e nos fazem ter sentimentos puros de paixão ou desprezo, a ficção
científica fica garantida inicialmente por Joe e Norrie e depois o grupo que
vai se formando ao redor deles. Não acredito no quanto a frase “Pink stars are falling in line” agora
significa tanto para mim e me faz tão bem.
E ao mesmo tempo não significa nada.
Assisti toda a temporada em alguns dias, um
episódio atrás do outro compulsivamente, quase incapacitado de parar, a menos
que fosse estritamente essencial – um suspense magnífico, Under the Dome conseguiu me deixar apreensivo, roendo unhas, louco
para saber mais e continuar… a série despertou em mim emoções mais fortes que o
normal, amando alguns personagens e torcendo por eles, ao mesmo tempo em que
detestava com uma intensidade sobrenatural algumas pessoas [Hello, Big Jim!].
Chegava a ser assustador, porque o ódio começou a me consumir.
Bem como a curiosidade.
Os personagens são escritos de maneira
inteligente, bem como todo o resto, então você vê, ao longo dos episódios, seus
sentimentos ficarem bem confusos. É o que notamos, por exemplo, com James, ou
Junior. Começamos o detestando, e ainda não gostamos realmente dele, mas o
sentimento ficou bem mais confuso ao longo dos episódios. Angie cresceu
magnificamente. Phil que era tão simpático no começo… Dodee eu ainda estou
decidindo o que eu realmente sentia por ela. Carolyn que ganhou tanto meu
respeito nos últimos episódios. Julia, Barbie, Joe, Norrie… eu amo esses
quatro!
Um dos focos da série é o Big Jim, de maneira
inegável – e eu não consigo me lembrar da última vez em que detestei tanto um
personagem. Desde sempre mal-encarado e extremamente falso, ele conquistou meu
ódio mortal no episódio 10 (Let the Games
Begin), com aquele injusto e ridículo depoimento no rádio contra Barbie –
dali para a frente, só a redoma para me deixar contente, e realizar o meu sonho
com aquela assustadora cena de Junior, Norrie, Joe e Angie tocando-a, vendo Big
Jim esfaqueado, e cada um segurando, misteriosamente, uma faca ensangüentada
nas mãos. Genial.
“Big Jim? You’re a sick bastard. And
one day everyone is gonna know it. And they’re gonna smile when you die”
Barbie, muito diferente do que eu imaginei no
Piloto, foi um personagem secundário – importantíssimo e muito mais presente
que Linda, por exemplo, mas que no fim não teve realmente uma grande
importância. Não que eu lhe queira mal, eu amo o personagem e quero que dê tudo
certo. Mas o foco fica para personagens como Julia, sempre tão curiosa,
prestativa, honesta. E eu juro que não foi o tipo de personalidade que eu
projetei para ela quando assisti ao Piloto. Estou muito contente e feliz por
dizer que gosto dela de verdade. Linda? Você já me cansou.
Joe McAlister. Desde o primeiro episódio ele me
chamou atenção [e não só porque o Colin Ford é um fofo Winchester], mas minha
admiração por ele só cresceu – gostei de como ele foi ganhando importância
desvendando os mistérios da redoma, como se aproximou de Norrie, como ambos
juntos nos apresentaram as “Pink stars are
falling”, descobriram a mini-redoma no meio da floresta e tudo o mais… o
grande líder de toda a operação, me parece o personagem mais inteligente do
roteiro, e eu realmente me encantei pela diferença que ele fez no programa.
Porque é só assistir o Season Finale para se dar conta: esqueça todo o resto, o foco é a
redoma, a mini-redoma, as convulsões. Amei todo o plot que envolvia colocar Angie com eles, os quadros da mãe de
Junior e a quarta mão. “The monarch will
be crowned”, eles buscando respostas, aquela mini-redoma sendo levada de um
lado para o outro, dando choque em todos que não eram dignos de tocá-la. O
mistério me angustiou, me elevou – eu amava imaginar coisas, queria saber mais,
era a parte que mais me interessava no episódio. Além de ver o Big Jim morrer,
claro, meu grande sonho.
E a conversa com a redoma personificada? ÓTIMA.
You’re an alien, aren’t you?
O Season
Finale foi FENOMENAL, mas me deixou realmente bastante curioso. Acho que
foi cheio de símbolos e pequenas dicas que ficam para a segunda temporada – não
sabemos o que acontece com Barbie, nem com Big Jim, mas surpreendentemente o
episódio não me deixou com raiva como outros, talvez por seu olhar de puro
pavor. Talvez tenha sido pela revelação de quem é a monarca, a redoma
escurecida, a mini-redoma quebrada, o ovo no fundo do lago, as estrelas rosa, a
redoma branca final… O QUE ISSO TUDO SIGNIFICA? E Big Jim, essa forca já é
demais! Por que você mesmo não a usa?
Esteticamente a temporada também está incrível.
Assim como no Piloto tivemos ótimas cenas, mais tarde temos outras
impressionantes – após o inteligentíssimo episódio do Dia de Visita, é incrível
ver a redoma dividindo a vida do lado de dentro da escuridão e aridez do lado
de fora; após a loucura da falta de água, a cena da chuva também faz o mesmo,
dividindo as sombras e águas de dentro do sol de fora. No Season Finale, a redoma preta era linda, as estrelas rosa foram
arrepiantes, e a redoma branca do final é tão misteriosa que eu ainda nem sei o
que pensar…
Mas ainda insisto que várias das melhores cenas
estão focadas em Norrie, Joe, Angie e Junior. Como os três primeiros colocando
a mão na mini-redoma faltando a quarta mão, com aquele desenho de mão azul
brilhando, o momento quando Junior chega, as luzes se apagam e a mini-redoma projeta
as estrelas rosa no celeiro. Os quatro indo para a grande-redoma e vendo o
assassinato de Big Jim, a redoma negra com as mãos vermelhas dos quatro,
finalmente se rompendo…
Uma temporada impecável, com um episódio melhor do
que o outro. Eletrizante e intrigante desde sempre, a série adquire um novo
estilo nos últimos episódios e realmente mexe conosco, nos deixa curiosos e
angustiados. Ainda não temos informações a respeito da estréia da segunda
temporada, infelizmente, mas ela promete algo grandioso. Que esses personagens
que eu tanto amei possam ser bem reaproveitados, e que Big Jim sofra
excepcionalmente antes que possa morrer de uma maneira bem dolorosa finalmente…
velho imbecil.
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