Glee 5x15 – Bash
Glee
devia fazer mais episódios arrebatadores como esse. Não foi o melhor episódio
da série, tampouco melhor episódio da temporada, mas deixou de lado a maioria
das coisas sem-noção nas quais o roteiro gosta de focar, e trouxe toda uma
narrativa séria e uma discussão pertinente. Mesmo que tenhamos acabado o
episódio melancólico, a mensagem passada foi bastante bonita, e de sua maneira Glee fez um retrato da absurda realidade
preconceituosa na qual ainda vivemos, que parece que sempre será uma discussão válida.
Levantou questionamentos importantes e convidou as pessoas a uma reflexão sobre
o tema. Belíssimo episódio.
Começamos o episódio com uma triste caminhada em
homenagem a um rapaz que está no hospital, espancado por causa de sua
orientação sexual. E é deprimente conceber um mundo no qual as pessoas ainda
apanhem por serem gays, ou “diferentes” de qualquer maneira. Assistir às cenas
é terrível, mas infelizmente temos que conviver com o fato de que isso ainda
acontece no mundo de hoje, muito mais do que sabemos. Todo tipo de preconceito
ainda é muito comum e presenciamos o tempo todo! Eles fizeram uma ligação com a
realidade atual dos Estados Unidos, que normalmente vemos nas representações em
séries, que mostram o casamento gay aceito, e parece que as coisas estão funcionando
de maneira melhor para nós lá, mas não paramos para pensar como homofóbicos
reagem a isso tudo, possivelmente agindo com ainda mais violência e crueldade.
A realidade foi representada através de Kurt – que
sempre foi um ótimo personagem (apesar de eu não gostar de ouvi-lo cantar, eu
amo as discussões que ele traz à série). Essas reflexões me fizeram, novamente,
recordar o porquê Glee é bom
socialmente, e me deixou contente por pensar que todos os ensinamentos da
escola não foram simplesmente abandonados – Kurt tenta defender um cara
apanhando, que nem conhece, e acaba no hospital por causa disso. São cenas
terríveis, como as ligações que informam todos os amigos, a visão dele todo
ferido, e Blaine cantando Not While I’m
Around. Eu amo DEMAIS essa música, por isso mesmo eu queria tanto que ele
calasse a boca.
Mas o melhor, como sempre, foi com Burt. Ele e o
filho sempre protagonizaram cenas emocionantes e memoráveis na série, e dessa
vez não foi diferente. Intenso e bem-escrito, eu me emocionei novamente com
esse amor dos dois – e não tem como não amar um pai desses!
No restante do episódio tivemos mais ou menos as
mesmas coisas de sempre, que não merecem longos comentários. Rachel pode tudo,
como chegar duas horas atrasadas no ensaio duas semanas antes da estréia de Funny Girl, ou então desistir de NYADA,
porque a vida é simples assim. AMEI a participação de Tibideaux, colocando
Rachel em seu lugar, e deixando muito claro que ela não está acima do restante
de sua turma, e que ainda não está pronta, não importa no que ela acredite. Mas
topetuda e arrogante como sempre, Rachel decide então desistir da faculdade, e
vamos ver o que isso vai gerar… eu realmente espero que sua vida e sua carreira
desandem, e ela se dê conta que a vida não é tão boa assim.
Kurt
sofre. Quinn sofre.
Mas Rachel
jamais!
E Sam insistiu em uma “química” com Mercedes que
só ele vê. Foi bonitinho na época de Summer
Nights, mas tenho minhas dúvidas se isso deveria ser levado em frente. De qualquer
maneira, nada parece sério para esses dois, parece tudo muito mais uma grande
piada do roteiro, porque foi infelizmente no que transformaram o Sam. Vergonha alheia
definia. Apesar de que eu devo dizer que eu ri bastante com a Mercedes se
jogando em cima dele e beijando-o no começo do episódio (e ninguém pode te
julgar, Mercedes!), e Sam fez o mais engraçado discurso sobre ter aprendido a
aceitar todos os tipos de pessoas na
escola: “Gay, straight, black, white,
Tina…” Se for mesmo para esses dois ficarem juntos, que seja lento e
convincente. Vamos esperar.
Uma pergunta: por que nomes como Melissa Benoist e
Blake Jenner continuam aparecendo entre o elenco nos créditos iniciais do
episódio, sendo que nem cameos eles
têm mais? Enfim, deve ser uma coisa que se arrumará com o tempo, mas isso só me
recorda de quão injusto foi tirá-los da série. Mas adorei o episódio. Não por
Mercedes e Sam, muito menos por Rachel, mas por Kurt… por ele ter trazido à
tona toda essa questão do preconceito que existe, sim [infelizmente], em uma
cidade grande como Nova York. Quando é que nossa sociedade vai acordar e notar
que nós todos não somos iguais, e cada um pode ser do jeito que quiser?
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