Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. 1x16 – End of the Beginning
Não dá para confiar em uma agência tão grande
quanto a S.H.I.E.L.D. e esse episódio foi a mais inteligente prova de que isso
é verdade. Esse tipo de lugar sempre envolve uma grande briga de poderes,
discussões muito bacanas que podem ser feitas a partir disso, e isso leva
pessoas a extremos absurdos. Há muita manipulação, pessoas controlando outras
pessoas, e traições gigantescas que colocam a vida de pessoas em risco,
justamente vindo daquelas que normalmente mais confiamos… e é por isso que eu
estou disposto a não confiar em mais ninguém na série, e que seja feita a
salada que eles quiserem fazer.
A Agente May sempre foi uma ótima e controversa
personagem – ao mesmo tempo em que ela tinha um dom para a luta e proporcionava
cenas de ação como nenhum outro personagem, e eu adorava seu sarcasmo, por
vezes ela se tornava irritante e mal-amada, então era difícil saber com certeza
se gostávamos ou não de May em determinados momentos. E em sua maioria, não.
Depois do último episódio bombástico, esse episódio foi de acompanhar May e
tentar entender o que ela está fazendo e mais do que isso: para quem ela
trabalha. Mas aquele final nos deixou novamente perfeitamente intrigados, sem
nenhuma decisão conclusiva.
Durante o episódio, dois agentes, Garrett e
Triplett, retornam para ajudar a equipe do Agente Coulson a localizar e prender
o Clarividente. É desse modo que Skye acaba tornando-se, finalmente, uma Agente
da S.H.I.E.L.D. oficialmente, e foi mais do que merecido. Mas foi tão às
pressas que mal deu tempo de aproveitar o momento… ela não fez mais do que já
fazia desde o começo da série. Embora eu tenha gostado de seu plano de dividir
toda a equipe em duplas e mandar atrás de três possíveis Clarividentes,
chegando a lugares terríveis… como uma nova visita de Mike Deathlok, que
mudou drasticamente desde o começo da série. E pensando agora, como foi
inteligente apresentá-lo logo no Piloto.
O Clarividente “oficial”, pelo menos por enquanto,
fica sendo Thomas Nash, mas eu realmente não acredito que isso tudo já tenha
acabado. Depois de uma temporada com um vilão extremamente poderoso e cruel,
ele simplesmente é derrotado por uma pirraça de Ward que lhe dá um tiro no
peito? As coisas não são assim tão simples! Mesmo assim, adorei como colocaram
o Nash no episódio – aquele Clarividente num estado vegetativo, sustentando em
vida por máquinas e com uma voz mecânica vinda do computador foi uma das coisas
mais bizarras que a série fez, e ouvi-lo falar sem que mexesse absolutamente
nada era um tanto quanto assustador.
No entanto, isso também favorece a teoria de que o
Clarividente não era de fato ele. Afinal nenhuma prova conclusiva de que era
ele mesmo controlando o computador foi apresentada – e é muito conveniente para
ele que a S.H.I.E.L.D. acredite que ele está morto, não? Acredito que ele só
retorne para o Season Finale, até
porque isso não é o que mais nos importa… como a situação da May traidora se
desenvolveu depressa, com questionamentos de Coulson, algumas dúvidas de Fitz
passadas para Skye, e um final eletrizante com ela encurralada. Mas então já
não deu para entender mais nada e não sabemos em quem confiar…
O avião ficou louco, a Hand é traidora.
Enfim, o episódio foi muito bom, mas foi daqueles
episódios que nos deixam pensando nos personagens que conhecemos e em quem está
por trás de cada uma das ações. Ainda não entendo bem a May, mas acho que a
série só tem a crescer a partir dessas dúvidas todas. Temos que aproveitar Skye
como uma agente, e eu sou o único que estou começando a me sentir um pouco
incomodado com Ward? Talvez ele também não seja exatamente quem diz ser… e
talvez isso seja uma coisa a ser descoberta apenas no futuro. O episódio focou,
de certo modo, nele e em sua personalidade, e ainda plantou alguma semente de
dúvida… bem, vamos aguardar!
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