Vale o Piloto? – Salem 1x01 – The Vow
Vindo na esteira de American Horror Story: Coven, Salem
é uma nova série que planeja trazer o que aquela temporada não trouxe
exatamente. Não me entendam mal porque eu AMO American Horror Story, mas é que nada se compara a Asylum, embora minhas esperanças para Freak Show estejam bem altas. Salem traz um plot de bruxas em Salem, uma história cheia de misticismo sobre a
qual já ouvimos falar inúmeras vezes – uma das maiores dúvidas da humanidade: a
caça às bruxas de Salem. O que exatamente aconteceu naquela cidade? Quantas
pessoas inocentes morreram queimadas em fogueiras? Quantas pessoas não
eram inocentes?
Desse modo, o Piloto bastante longo de Salem foi muito interessante e um tanto
quanto macabro. Com uma fotografia bem escura para compor a cidade, o episódio
ficou o tempo todo envolto em sombras, e pouco se viu de luzes. Muito mistério,
muita coisa bizarra. Como aquela cena de Mary tirando um sapo de dentro do
marido para alimentá-lo que, desculpem-me a ignorância, eu não consegui
entender completamente. De qualquer maneira, o primeiro episódio foi
satisfatoriamente perturbador. Tivemos muitas cenas impressionantes, e sabemos
que a série tem futuro – mesmo que muita coisa tenha acontecido nesse Piloto e as coisas tenham parecido
corridas.
A história começa com Sibley, uma autoridade na
cidade condenando pessoas por crimes bastante comuns, como a masturbação. É
nesse lugar autoritário e extremista que conhecemos Mary e John Alden – um
casal apaixonado se despedindo porque ele está partindo para a guerra no dia
seguinte, incapaz de agüentar mais algum dia na cidade, ou próximo àquelas
pessoas. Depois de uma noite de despedida e a gravidez inesperada de Mary, ele
parte, e só retorna depois de sete anos. Para encontrar uma realidade
completamente diferente. A cidade está amedrontada pela ameaça constante das
bruxas, pessoas morrem constantemente, e Mary casou-se com Sibley.
Ironicamente.
Em uma espécie de vingança, Mary deixou de ser a
inocente que conhecemos nos primeiros minutos para se tornar uma ameaçadora
bruxa parte da liderança – uma das mais cruéis. Depois de vermos o terrível
momento na qual ela abre mão do filho de John Alden, percebemos que ela
casou-se com Sibley realmente para humilhá-lo e torná-lo um escravo (tem a cena
do sapo também!), e o retorno de John à cidade mexe com ela. Mas de uma maneira
peculiar: porque nenhum dos dois parece realmente serem os mesmos. E eu meio
que me assusto com ela! Quer dizer, quem é que vai querer confiar numa pessoa
daquela ou alguma coisa assim?
Com um velho Sibley completamente inválido, quem
agora desempenha o seu papel na cidade é Cotton Mather, um hipócrita porém
muito fofo reverendo que é quem está liderando e incitando toda essa caça às
bruxas na qual a cidade está envolvida. Durante o dia ele prega com a Bíblia,
mas à noite ele transa com as mulheres de um bordel – e às vezes nem mesmo
separa essas duas coisas. Por sinal, uma das melhores cenas do Piloto,
certamente. Apenas citando. Mas resumindo, não dá para confiar nem gostar de
ninguém desta cidade – e a guerra está oficialmente declarada. As bruxas contra
John agora, também, pelo fato de ele tê-las visto.
Ainda há muita coisa a ser desenvolvida nessa
série. Além desses personagens que merecem mais destaque, também temos a
própria situação na qual a cidade se encontra, com direito a mais cenas
bizarras como aquela menina incorporando um animal para apontar quem era a
bruxa do local, resultando em uma morte injusta. O macabro está bem presente, e
eu não acho muito justo ficarmos comparando com American Horror Story – são duas propostas muito diferentes, apesar
de tudo. Infelizmente, por ora, a série não fará parte da minha grade. Sei que
ela está boa, amei o Piloto, mas eu tenho um grande número de séries para
assistir, o que estou tentando conciliar com a escrita do meu TCC. Por
enquanto, Salem fica na lista de
espera.
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