Doctor Who 8x03 – Robot of Sherwood


Robin Hood para companion, pode ser?
Eu adoro como os ingleses sabem fazer medieval de maneira exagerada e marcada – e convenhamos, eles são os que mais têm direito de fazer esse tipo de história, não são? Ao mesmo tempo em que sou apaixonado pela seriedade e épico dos medievais cinematográficos, eu também amo a coisa colorida, as roupas estereotipadas, e o clima de leveza que acompanha produções como Merlin. Por sinal, quanta falta eu sinto de Merlin, mesmo que admire seu constante crescimento e sua finalização justamente quando ela estava em seu ápice. É assim que eu me lembrarei de Merlin para toda a minha vida… mas não vamos falar de Merlin, vamos falar de Robin Hood!
Quem escolheu o destino foi a Clara – após ouvir aquela pergunta que todos nós ansiamos em ouvir, ela escolhe conhecer um de seus ídolos: Robin Hood. O que a leva para uma ensolarada e verde demais Nottingham, no século XII. E tivemos as melhores e mais divertidas cenas. Mesmo que o Doctor tenha defendido de toda maneira que o Robin Hood não existia de verdade, e que não passava de uma lenda, ele é curiosamente a primeira pessoa que eles vêem quando a TARDIS é estacionada na floresta. E de maneira bem divertida, evidentemente… porque o Doctor abre a porta, diz que não há qualquer castelo ou arqueiro, e a flecha atinge a porta ao lado.
Típico.
Foi bom conhecer o Robin Hood, e um pouco mais do Doctor do Peter Capaldi, esse Doctor que já adoramos. Diferente dos últimos Doctors, mas inegavelmente ainda ele mesmo, o Twelfth tem cenas maravilhosas. Mais irritado ou impaciente do que os demais, ele manteve sua convicção e sua diversão – adorei vê-lo tirando amostras de sangue ou fios de cabelo dos companheiros de Robin Hood. E as discussões desses dois para “impressionar a Clara”? Porque só pode ter sido isso… outra coisa que me deixou muito satisfeito, foi o fato de o Doctor ainda estar razoavelmente perdido depois da regeneração, e estar se encontrando, se provando errado, novamente, em público. E a única coisa na qual eu conseguia pensar, claro, era: “I hate being wrong in public”
E A COMPETIÇÃO DE ARCO E FLECHA? Melhor foi o Doctor: “flechas especiais com dispositivos de localização”. E, sim, no final do episódio eles bancaram os Power Rangers, unindo suas armas e trabalhando juntos para conseguirem atirar uma flecha de ouro na nave que partia… vai entender. Lembram-se quando o Doctor disse que ele não era mais uma “hugging person”? Parece-me que não só de abraçar, mas risadas também não são seu forte… adorei como ele passou o episódio inteiro, até o último minuto, reclamando da maneira como Robin Hood e seus companheiros riam o tempo todo. “Guard, he’s laughing again. You can’t lock me up with a laughing person”. E eu adorei a última conversa do Doctor e do Robin Hood – “I’m just as real as you are”.
O PRESENTE ^^
A parte mais interessante do episódio fica para quando o Doctor, sabendo que alguma coisa muito estranha está acontecendo ali, acha a sala secreta que nos mostra que aquilo é uma nave do século XXIX. Ou seja, realmente está mais ensolarado do que deveria, e mais verde – e o Xerife é um vilão em comum que lhes foi dado, para encobrir o que realmente estava acontecendo. Não tivemos nada de Missy nesse episódio, pelo menos não aparecendo realmente, mas voltamos àquela questão quando o Doctor vê o que está escrito no painel de controle: “The Promised Land” – então não, isso não foi esquecido. E eu estou adorando essa trama da temporada que está nos deixando angustiados para entender, por fim, o que isso tudo quer dizer.

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