Vale o Piloto? – Forever 1x01

What keeps us alive, more important than blood or oxygen, or even love… is hope.

Episódio sensacional! Quando eu estava procurando pelas estréias desse ano, preocupado com a minha lista já grandes de séries que estariam retornando, eu me deparei com umas quatro séries que eu precisava conferir e decidir se acompanharia ou não. Adorei a sinopse de Forever, mas confesso que o trailer não me deixou tão empolgado quanto a proposta escrita. Mas decidi que conferiria o Piloto, claro. E não poderia estar mais feliz por ter feito isso. Porque é INCRÍVEL! Forever estréia de uma maneira absolutamente encantadora que nos faz desejar o próximo episódio rapidamente! Sério, por que ainda temos que esperar um mês?

Com personagens profundamente carismáticos, um sotaque fascinante de Ioan Gruffudd – e isso pode estar atrapalhando o meu julgamento – e uma história instigante, a série tem tudo para dar certo. Basciamente, Ioan é Henry Morgan, um cara que morreu aproximadamente 200 anos atrás. Pela primeira vez. Desde então, toda vez que ele morre (e acredite em mim, ele já morreu de diversas maneiras!), ele reaparece nu na água. E essa é sua vida. Durante mais de 200 anos ele vem vivendo sem nunca morrer, mas vendo as pessoas a seu redor morrerem. Então qual é a vantagem da imortalidade? Ele dedicou sua vida ao estudo do corpo humano, tentando entender sua maldição, e desejando que um dia a morte seja definitiva.

“The pain is real. It’s just the dying part that’s not”

O episódio me ganhou muito depressa já nos primeiros minutos, naquela inteligente cena do metrô. Quando ele conhece a mulher russa que terá uma apresentação de violoncelo naquela noite, ele bancou o Sherlock Holmes, e eu adoro esse tipo de abordagem. Achei incrível como ele presta atenção a todos os mínimos detalhes, como o chocolate, o colarinho úmido ou as pontas dos dedos, capaz de tirar complexas conclusões em poucos segundos. E a justificativa para isso, evidentemente, é extremamente plausível: ele já viu muito nessa sua vida. Que nunca termina. E então partimos para sua primeira morte do episódio: o acidente de trem que guiará todo o restante do Piloto.

Também gostei bastante de como ele narra sua vida. A série é séria quando precisa ser séria, investigativa e intrigante, mas com um senso de humor peculiar que eu adorei – o toque de diversão que ele dá à sua narrativa é genial, bem como o fato de ele parecer estar mesmo conversando conosco, contando o que precisa ser contado. E explicando, em momentos como o navio negreiro de 200 anos atrás, como isso tudo começou, e qual é a dinâmico disso ainda hoje. No total, o vemos morrer quatro vezes nesse episódio – o que me faz pensar que será no mínimo um tanto divertido vê-lo morrer das maneiras mais inusitadas ao longo dos episódios, não?

Jo Martinez é colocada no episódio após o acidente do trem – ela investiga as 14 mortes, e se depara com o fato de que o piloto do trem fora envenenado. As histórias ficam bem entrelaçadas enquanto ela não acredita que Henry pode ser o culpado (mesmo depois de descobrir que ele esteve no trem), o próprio Henry tenta descobrir quem envenenou o piloto aparentemente para demonstrar que ele não podia morrer, e os dois vão se aproximando de uma maneira bem interessante. Nada forçado, as coisas funcionam perfeitamente, e no final do episódio você já está louco quando ele afirma que ela “quer beber algo”. Não é uma pergunta, um convite nem nada, apenas uma afirmação.

Resumidamente: alguém aparentemente como Henry está atrás dele de um jeito suspeito. Agora vamos esperar por mais notícias dele, e o encontro que deve acontecer em algum momento da primeira temporada – e será que juntos eles conseguem uma maneira de fazer aquela única coisa que não conseguiram fazer na vida: morrer? Adorei o final com Abe… todo flashback foi muito interessante, e eu gostei de conhecer o Henry através dos anos, mas aquela cena do bebê na guerra realmente me marcou, e achei incrivelmente fofo que aquele bebê tenha se tornado Abe. A relação daqueles dois, no final, ficou ainda muito mais bonita e interessante do que antes. A série está fantástica! Precisamos acompanhar… já entrou para a grade.

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