Vale o Piloto? – Selfie 1x01
Foi por causa de Karen Gillan.
Mas a série ainda não conseguiu me conquistar.
Sabe aquelas estréias de sitcoms que
te deixam ansiosos pelo próximo episódio, e que te levam às gargalhadas, como
tivemos com Friends With Better Lives,
e mais um tempo atrás com Partners?
[Ambas injustamente canceladas precocemente, mas não vou entrar nisso
novamente] Não é nem de longe o caso com Selfie.
Eu juro que por algum tempo eu pensei seriamente em parar o episódio no meio
porque eu não estava gostando, mas então finalmente as coisas começaram a
melhorar… no fim do episódio, estávamos achando que tínhamos uma produção no
máximo “okay”, mas não é nada espetacular.
Ainda está para ser decidido se eu retorno ou não.
Não sei se vale a pena, mas podemos dar uma chance para a série e abandoná-la
lá pelo terceiro episódio se essa sina se concretizar – apesar de que eu não
acho que ela vá muito longe se a qualidade dos episódios seguir esse ritmo. No
entanto, o lançamento “precoce” do Piloto
pode ter sido um teste da reação do público, e eu não estou vendo muita gente
contente com a série. Não vejo apenas comentários negativos, não mesmo, mas
mesmo os comentários positivos não exaltam a série nem nada, só a chamam de
“fofinha” ou de “okay”, no máximo. E acho que foi isso que o episódio nos
apresentou.
Sim, temos uma crítica interessante e bem
formulada. Henry representa a voz dos inconformados com essa geração que
precisa estar sempre conectada, que parece não entender uma vida que não esteja
postada no Facebook, no Twitter, no Instagram e assim por diante… e qual é a
realidade de hoje em dia? EXATAMENTE ESSA. Não estou dizendo que eu seja
diferente, embora não esteja 24/7 conectado, mas precisamos avaliar o quanto da
vida de verdade é perdida para uma vida virtual ilusória, como a que Eliza
Dooley estava/está vivendo, acreditando que ter 263 mil seguidores é sinônimo
de ter amigos e admiradores. Quando na verdade não é.
Foi realmente incrível como eles fizeram as piadas
da série, e acho que ali temos muita coisa a ser trabalhada. No próprio
vocabulário de Eliza e na maneira como ela conversa com as pessoas, ela utiliza
várias e várias expressões típicas da internet, e eu particularmente achei
muito engraçado cada vez que a palavra hashtag
era mencionada durante o episódio. Sério. Uma série de outras referências
acompanharam o episódio, como a citação a Gwyneth Paltrow (embora tenha sido um
tanto quanto maldosa, mas tudo bem, eu vou relevar isso), e ela desejando
bancar a Elsa e poder dizer “let it go” quando retorna ao trabalho depois do
vexame do avião.
GENIAL. E Bad
Romance, que foi ótimo.
Durante a sua ajuda já… porque ela percebeu que
precisava de amigos, que precisava de uma vida no mundo real, mesmo que não
soubesse como fazer isso – e ela imaginou que Henry pudesse fazer isso por ela.
O que não fez nenhum sentido, e pareceu muito abrupto unir aquela dupla, mas ao
mesmo tempo deu muito certo. Porque eu já estou incrivelmente apaixonado pelo
Henry, sério! Suas cenas foram todas ótimas, seu senso de humor é fantástico
(os hashtags do início do episódio,
no avião, foram a melhor parte!) e com expressões fantásticas, como sua reação
depois que ela começa a jogar com o volume alto durante o casamento.
Então mesmo com um início deplorável, uma visão
estereotipada e irritante (não consegui gostar da personagem de Karen nos
primeiros minutos do episódio, mas talvez esse fosse mesmo o intuito), Henry
conseguiu salvar o episódio, e a série pode ter material para se tornar
interessante. Vide a cena na qual ela tem um momento amigável com Charmonique
que não tem nenhuma relação com ela, e ela percebe que precisa de ajuda e,
mais, que pode ser ajudada – e vai até a casa de Henry para aquela finalização
na chuva que foi muito boa. Mas a série ainda não conquista, ainda é muito cedo
para isso. Vou ver o próximo ou próximos episódios, mas ainda não está
oficialmente na grade.
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