American Horror Story: Freak Show 4x04 – Edward Mordrake, Part 2


Que episódio excelente! “You are the one”
Como Edward Mordrake só chegou no fim do episódio passado para o duplo especial de Halloween, esse episódio girou grande parte em torno dele, sem que ele realmente tivesse alguma importância – e eu achei isso genial! Porque não tivemos uma história girando em torno dele, mas sim na sua busca pela alma de um freak que ele pudesse levar consigo após ser invocado no fim do episódio passado. E para decidir quem era essa pessoa, ele visitou um por um as pessoas do Acampamento, ouvindo suas trágicas histórias, o que nos fez conhecer um pouco mais de cada um deles. Tivemos os horrores mais terríveis, as cenas mais doentias de sexo que são a marca registrada de American Horror Story, e incrivelmente um final surpreendente e… fofo?
Eu adoro a maneira como a série coloca as suas marcas – porque não é exatamente uma série de terror, muito mais do macabro do que de qualquer outra coisa. Ela “brinca” o tempo todo com uma série de elementos bizarros que nos deixam enojados, e coloca psicopatas e pessoas com reais problemas em uma série de cenas doentias que nos deixam angustiados. Eu estava sentindo falta, desde Asylum, de ficar realmente angustiado. Não sentir medo, mas de ficar incrivelmente atormentado. E de uma maneira ainda muito doentia, nós gostamos muito disso tudo, e por quê? Porque uma parte nossa anseia pelo estranho, pelo macabro. E ainda as prazerosas e culpadas cenas de sexo como a introdução à história de Elsa…
Cada uma das histórias apresentou alguma coisa interessante, e nos permitiu conhecer melhor os personagens. Tivemos duas histórias bem rápidas no começo do episódio de puro sofrimento e preconceito, que quase nos comovem. Até a história de Elsa sobre como ela vivia na Alemanha antes de Hitler, e como era estranho acompanhar o seu emprego. Mas muito mais do que isso, aquela terrível cena de snuff film na qual ela perde suas pernas. Aquilo é horrível, difícil de se ver, e bastante revoltante. E quase que ela foi levada por Edward Mordrake, porque ela chegou a ser apontada como a escolhida, mas quer saber? Foi ainda mais atormentador vê-la implorar para ser morta naquela cena repleta de apreensão na qual Edward hesita e nada acontece… como aqueles segundos de tensão nos deixam angustiados!
Partimos ao Palhaço.
O Twisty Clown foi bem valorizado nesse episódio, mas eu fiquei, novamente, apreensivo o tempo todo. Porque eu não conseguia imaginar um futuro no qual o Jimmy fosse morto, mas estamos falando de American Horror Story – tudo pode acontecer, certo? Então aquelas cenas dele com Esmeralda estavam ótimas, até eles seguirem o palhaço. E eu ficar roendo unhas até o fim. E as coisas começam a soar quase como um final de temporada. Porque tivemos aquela cena doentia mas muito bem feita do Dandy quase cerrando Esmeralda ao meio, e a chegada de Edward Mordrake que permite a fuga de todo mundo. Ver todo mundo fugindo, o Dandy chorando como uma criança mimada que é, e o Palhaço morto… tudo aquilo pareceu realmente uma bela finalização.
Mas não estamos nem perto disso.
Com ainda nove episódios até o fim da temporada, American Horror Story está fazendo aquilo que fez em Asylum e que me fazia amar a temporada mais que tudo: buscando ser imprevisível. Eu não tenho muita noção de como estamos caminhando, ou para onde. E isso é ótimo. Dandy vai assumir uma posição de psicopata oficialmente, e o Palhaço está temporariamente fora. Por sinal, foi interessante conhecer sua história, vê-lo como uma pessoa “normal”, e se assombrar com como ele parecia fofo e ingênuo em 1943. E sim, ficamos com dó dele, ficamos acabados com a maneira como ele tenta se matar e não consegue – “I’m so dumb I can’t even kill myself”, e tudo fica muito bem explicado: como ele se tornou quem é hoje, tanto em aparência como em ações… e é doentio de verdade todos os seus motivos e métodos.
Agora as coisas estão muito interessantes para os próximos episódios. Porque tivemos uma cena absolutamente BELÍSSIMA na qual a cidade vem agradecer Jimmy pelo o quê ele fez, e eu me emocionei. Porque pela primeira vez na vida ele teve aquilo que ele sempre quis ter: respeito. As pessoas o reconhecendo como uma pessoa boa, agradecendo, tocando sua mão sem nenhuma reação, dando presentes e sendo absolutamente educados. O sorriso dele foi tão bonito, tão verdadeiro. E Elsa começa a organizar o grande show, que vai ter algum grande problema, certamente. Richard Spencer já chegou, e aquele lugar estará lotado com pessoas da cidade inteira, e ainda estamos MUITO longe do fim da temporada. Alguma coisa terrível está para acontecer, e eu mal posso esperar!

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