Arrow 3x06 – Guilty


Como lidar com sidekicks.
Sabe aquela coisa que todo mundo já sabe, mas que ainda assim precisa ser trabalhada em uma série de super-heróis? Porque lidar com sidekicks sempre é um problema terrível. Os heróis tendem a rejeitá-los por muito tempo, afinal é sempre um discurso e um drama sobre ser incrivelmente perigoso, e não querer envolver mais ninguém nisso. O que deve tomar uma temporada. Depois, de repente, vemos que eles fazem parte de uma equipe e não dá para disassociá-los, como é o caso do Arqueiro Verde e do Arsenal. Mas eu gostei dos plots que envolveram a relação de Oliver e Roy, e como isso foi feito em paralelo à antiga vida de Ted Grant, aproveitando para apresentar melhor o personagem ao público.
Porque Ted Grant, ou o Pantera, é o atual treinador de Laurel Lance – e é ele quem deve transformá-la em Canário Negro, a oficial. Isso já está acontecendo, e vale lembrar que agora as coisas estão, pelo menos um pouco, mais próximas das HQs, porque a personagem certa está como Canário, e seu treinador está certo. O passado de Ted como um vigilante é bem explorado nesse episódio (“Because I used to be a vigilante. I used to be you”), e eu gostei de termos esse enfoque no personagem. Bem como em Isaac Stanzler, que é mais ou menos o que o Roy é atualmente para o Oliver. Como vilão do episódio, foi algo realmente muito bom. Porque foram mortes terríveis e muito bem produzidas, que nos deixaram com uma sensação de agonia.
E o Ted sempre no lugar errado, na hora errada.
Mas o grande foco do episódio esteve no Roy, e naquele sonho desesperador da semana passada sobre ele ter matado a Sara Lance. Eu fiquei o episódio todo convicto de que não era ele, que não podia ter sido ele. E não apenas porque eu gosto muito do personagem e não queria isso, mas também porque: a) eles não entregariam a resposta assim tão fácil e tão rápido na temporada; e b) não faria sentido para o plot principal da temporada, que deve antagonizar o Arqueiro e a Liga dos Assassinos. Então eu estava apenas esperando para ver como eles desenvolveriam isso, e sempre ADORANDO a participação da Felicity, fazendo aqueles testes sanguíneos (a piada sobre DSTs foi ótima, tão ela!), e explicando para ele que sim, poderia ter sido ele baseado no ângulo e na força com as quais a Sara fora atingida no momento de sua morte.
Mas…
Não foi. Claro. Tivemos todo um drama meio que desnecessário, e com tanta coisa que Oliver Queen já fez na vida, eu acho no mínimo hipócrita que ele queria deixá-lo ou algo assim. Mas vamos prosseguir. Adorei ver que, mesmo tendo ido embora e se sentindo culpado, o Roy retorna com seu uniforme e suas flechas quando precisam dele. E é acusado de ser apenas mais uma arma no arsenal do Arqueiro Verde. E desse modo nasce um herói. “Talvez devêssemos chamá-lo assim. O Arsenal”. É tão bonito ver esse momento no qual um herói é batizado segundo o nome conhecido nos gibis… LINDO. Também aquele bonito momento de Roy e Oliver, no qual ele promete nunca abandoná-lo, e o Oliver lhe mostra que não, ele não matou a Sara. Mas agora ainda fica a dúvida: QUEM MATOU SARA LANCE? Seja quem for, mande flores para ele em meu nome, por favor? Obrigado.
QUE VENHA A CUPIDO!

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