Forever 1x08 – The Ecstasy of Agony
Quando os roteiristas leram 50 Tons de Cinza.
Muito já se discutiu sobre existir uma linha muito
tênue entre a dor e o prazer – e é em cima de todas essas discussões que os
sados-masoquistas trabalham, algo que eu não chego realmente a conseguir
entender, mas que pode ser algo interessante e instigante de ser estudado.
Porque o que me pareceu nesse episódio, mesmo que estivéssemos explorando o
conceito de dor, era que podíamos pensar um pouco mais em fetiches. Porque o que há de pessoas fascinadas por couro e
chicotes nesse mundo, ou pelo menos é o que a mídia nos vende: como a imagem do
fetiche – o chicote e o couro. E foi
um episódio bem ousado, que trouxe o assunto de maneira descontraída e
irreverente, assim como toda a série está sendo guiada.
Com comentários e expressões incríveis! A
CURIOSIDADE DE JO, e a bota!
Foi desse modo que conhecemos Iona. O episódio
começa nos apresentando uma cena quase assustadora na qual ele aparece preso e
sendo chicoteado por ela – e não entendemos o quanto daquilo está sendo ou
prazeroso ou doloroso para ele. Ela trabalha com o intuito de retirar ou
transferir a dor; de uma esfera psíquica, muito mais forte e difícil de
controlar, para uma esfera física; assim que o cérebro realiza essa
transferência de “dor”, o corpo se preocupa com a dor física e deixa de lado as
preocupações. Um mecanismo de fuga. E quando um homem, cliente de Iona, aparece
morto com sinais claros de asfixia, ela é a principal suspeita, que participa
de toda a investigação, enquanto Henry acredita que ela não tenha envolvimento
na morte.
Os flashbacks
voltaram bastante no tempo, dessa vez, mostrando o Henry logo depois de
adquirir sua imortalidade. Conhecemos, no Piloto,
o momento em que isso tudo começou, e a sua primeira morte que lhe causou a
cicatriz sobre a qual Jo Martinez está perguntando nesse episódio. Esse flashback foi de pouquíssimo tempo
depois, quando presumivelmente morto, ele aparece para sua esposa, vivo e bem.
Mas ele lhe garante que está imortal, fala sobre isso, e quer se matar na
frente dela para provar que está falando a verdade. É uma cena bem
interessante, porque é óbvio que ela não acreditaria nele, e finge acreditar
para salvar sua vida – e imaginamos o tamanho do sofrimento para ambos! Mas me
partiu o coração vê-lo sendo levado internado, “até que se curasse daquela
loucura”. E quem é que pode culpar a mulher dele?
Uma coisa que eu, e muita gente mais pelos
comentários que eu andei lendo pela internet, gostaria muito que acontecesse:
IONA, FICA NA SÉRIE! Porque eu achei incrível a química que ela e Henry
tiveram, especialmente nas últimas cenas… adorei quando ele vai como “cliente”,
e a reação de Jo ao chegar e vê-lo; também gostei de como ele acreditou nela, e
do beijo que ela deu nele no fim do episódio. Eu realmente acho que ela poderia
continuar e ser um acréscimo interessante ao elenco. Muito melhor do que
Maureen, por exemplo, porque eu não consegui gostar da duas vezes ex-mulher de
Abraham, e acho que eu não vou nem fazer o mínimo esforço para isso.
Simplesmente não gostei dela, e fico decidido por isso mesmo. No geral, foi um
episódio bem mais fraco do que o normal, ou então eu não estava no clima para
ver Forever.
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