Glee 6x04e05 – The Hurt Locker


Minha mais compacta definição para esses dois episódios: WHAT THE FUCK?
Precisamos falar sério por um tempinho que seja, especialmente em se tratando da primeira parte: os episódios não passam por nenhum tipo de avaliação, de revisão? Como eles permitem que uma coisa daquelas vá ao ar? Sério! Eu acho que Ryan Murphy despirocou de vez; acho que o roteirista e o diretor deviam estar usando drogas na produção desse episódio. Desculpem-me, mas foi exatamente a impressão que eu tive. Decidi não levar a sério, decidi ignorar todos os absurdos; mas os dois episódios foram só cheios de absurdos, então isso se mostrou uma tarefa bem difícil. Fiquei horrorizado, chocado com praticamente tudo, me perguntando como eu podia estar assistindo a uma coisa daquelas? Parecia aqueles sonhos mais bizarros dos quais você acorda no meio da noite se perguntando: o que foi mesmo que eu comi antes de dormir?
Mas não. Eram episódios oficiais de Glee. Para nossa vergonha!
Uma preparação para as Sectionals, uma espécie de simulação conduzida por Sue Sylvester. “Happy Hunger Games. And may the odds be ever in your favor”. Mas isso não importa. Tivemos a prova mais evidente de que Sue tem sérios problemas psicológicos que precisam ser tratados! O que mais me irritou, no entanto, foi que tudo pareceu girar em torno de shippings que eu nem sou tão fã assim. Por quê? Primeiramente, porque acho que o que fizeram com Sam e Rachel foi uma completa palhaçada, e uma brincadeira de muito mau gosto. Brincaram com coisas que não deviam, jamais, ser levadas na brincadeira. Em segundo lugar, tivemos uma forçação tremenda de barra para que Sue Sylvester quisesse juntar Blaine e Kurt de novo, para poder ser a pessoa a jogar as flores no casamento gay deles… e ficou completamente obsessiva por esse romance.
Sério, de onde surgiu isso?
Então podemos escalar as bizarrices desse episódio. E elas não foram poucas. Tudo foi guiado por uma trilha sonora de filme de suspense ruim que passa na “Sessão da Tarde”, e eu estava com vontade de cavar um buraco no chão e me esconder. Não dava para levar a sério, nada. Sue cantando Bitch – o que foi toda aquela cena? Que coisa mais BIZARRA, como a cabeça dela dentro da gaveta de Rachel. Sério, quem foi que pensou nessas coisas? E por que cargas d’água tínhamos aquele piano mudando de lugar em A Thousand Miles? Pior, por que tínhamos Rachel e Sam cantando não só na sala do coral ou no parque, MAS EM CIMA DE UM CARRO EM MOVIMENTO ENQUANTO TOCAVAM PIANO! E como alguém aprende a tocar piano em menos de uma semana? Só para esclarecer que não é tão fácil assim. Assim como não é tão fácil hipnotizar alguém.
Mas a bizarrice atingiu seu ápice com Abigail Figgins Gunderson. Nem sabia como reagir.
Por algum motivo, quiseram que Sue fosse a cupido. Porque com a hipnose de Sam Evans, Rachel se encontra um tanto caidinha por ele. Eles deram dicas concretas disso na temporada passada – e se esqueceram disso logo em seguida. Agora quiseram partir o coração dela e eu achei realmente de mau gosto fazer isso. Não sou um daqueles que fica lembrando do Finn o tempo todo, até porque eu não gostava do personagem, mas a garota está sofrendo ainda por isso! Daí colocam Sam para brincar com ela dessa maneira? E eles seriam, realmente, muito fofinhos juntos. De um jeito ou de outro. O beijo foi legal. A maneira como ele cuida dela. Os olhares e sorrisos dela no final do episódio. Mas será que ele, algum dia, será capaz de retribuir isso.
A maior maldade de Sue.
Os trabalhos de Sue em favor de Klaine começam nesse episódio – não quero, DE JEITO NENHUM, aqueles dois juntos novamente (embora tenha aceitado que é inevitável), mas em poucos momentos eu ri. Como o urso na casa de Blaine, e a reação do Karofsky, que FOI TÃO FOFINHA. O que ainda foi a árvore genealógica e aquele encontro estragado? Kurt também teve um encontro, com Walter, um cara de 50 anos que ele conheceu na internet. Sei lá, Ryan Murphy deve ter passado por isso. E o Vocal Adrenaline, por fim, se mostrou ABSURDO. Nem Rock Lobster nem Whip It foi realmente bom, foi uma apresentação fraquinha que nos faz pensar em Rehab, lá no primeiro episódio. Aquilo foi bom! Simples (não na época) e maravilhoso. Só achei a Becky fofinha vestida de lagosta, embora eu estivesse tão embasbacado com a bizarrice do episódio que eu estivesse de boca aberta, me perguntando WTF?
Não faltaram brincadeiras ao roteiro falho e cheio de problemas, que negligencia personagens. Como Sue Sylvester falando para Will sobre os alunos que ele deixou de lado, como “o cara dos dreads, o irlandês inocente e o dançarino negro que ninguém lembra o nome”. Verdade. Adorei o elogio à banda, e essa coisa de eles saberem, num piscar de olhos, tocar QUALQUER música que eles quiserem. Também tivemos a Rachel sobre os novos integrantes do New Directions quando ela deixou a escola, e estava preocupada demais com a Broadway para se importar de saber seus nomes. “Tinha o irmão do Puck, a Mercedes estranha, aquela que a mãe era gorda e, sei lá… Raider”. Como estamos falando de rótulos, Kitty ARRASOU no final da Parte 2: “Now, I expect to make fun of all of you at some point. Fat kid, gay boy, creepy incest twins, other girl”.
Tentando encarar tudo como uma bizarra série de comédia sem qualquer cuidado com nada, eu acho que me diverti mais na Parte 2. Fiquei menos horrorizado e menos revoltado. Parcialmente. Já ri com o “I imagine you two will sleep inside each other”, e é estranho que eu tenha achado isso, de certa forma, excitante? Mas o episódio ainda continuou com coisas exageradas que pareciam extrapolar todos os limites possíveis. Limites que Glee já não conhece mais. Então tivemos Sue Sylvester como Susan, a garçonete; e um pretenso elevador assustador que foi palco de uma versão Sue Sylvester de Jogos Mortais. Vou ter pesadelo com aquele bonequinho maldito na bicicleta, um crossover de Sue e Saw. Terrível! E A VOZ. “Hello, Klaine, let’s play a game”. Teve tentativa de fazê-los se beijarem; teve aumento na temperatura para fazê-los tirar a roupa; teve um gás (não lembro exatamente o que era) que supostamente ia deixá-los com uma ereção.
Sim.
“Onde você conseguiu esses vídeos todos? […] Mas se essa é uma sequência de sonho deles, como você filmou isso?” e “Ainda temos 6 semanas para resolver isso. Sete, se o canal deixar” foram algumas das frases mais inteligentes.
Os Warblers fizeram uma apresentação diferente do normal com My Sharona e You Spin Me Round (Like a Record), que foi curtinha, mas ninguém estava esperando mais. Acho que a diferença estava no vocalista: uma voz que nunca tivemos nos Warblers. Enquanto o New Directions cresceu. Kitty está de volta, e ela estava adorável nesse episódio (a cena de invadir o computador de Sue; a maneira como ela fez um discurso lindo sobre Will Schuester e praticamente humilhou a Rachel; o “Well, someone has to stop you from marrying your brother”), e o Spencer é LINDO, não é? Gente, que delícia vê-lo entrar por aquela porta, falando da pizza e se tornando parte da equipe. Sério. Eles ainda são apenas seis, e não sei como eles vão duplicar esse número até as Seletivas, mas tudo bem.
Primeira apresentação juntos!
Não foi nada espetacular. Mas acho que eu estava meio overwhelmed com esse episódio, e não conseguia mais nem prestar atenção direito em nada. Não conseguia levar nada a sério também – fiquei com vergonha por eles, de terem entrado na série nesse estado! Spencer e Kitty cantaram It Must Have Been Love, que é uma música linda. Roderick, aquela voz ótima, cantou Father Figure. E, por fim, Mason, Madison e Jane cantaram All Out of Love, que ficou LINDA, gostei de vê-los cantando juntos, adorei aquela música. Como eu disse, não foi nada espetacular, mas foi fofinha e eu gostei. E valeu ter Sue Sylvester chorando. Valeu tê-la dando a vitória ao New Directions mesmo que não quisesse. Enfim, eu não sei o que esperar de Glee. Acho que só o seu final mesmo. Deixar todas as expectativas de lado é a melhor coisa a fazer.

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