Person of Interest 4x11e12 – If-Then-Else / Control-Alt-Delete
Person of
Interest ensinando a todos o que é uma série EXCELENTE.
Tivemos, então, O MELHOR EPISÓDIO DA SÉRIE! E,
arrisco-me a dizer, talvez o melhor
episódio que eu já assisti na vida – não me referindo apenas a Person of Interest. A série continua
investindo em seu potencial, e apresenta coisas estrondosas como esse If-Then-Else, que foi incrível. Chegando
à perfeição. Tivemos de tudo, tudo, nesse episódio. Continuamos assistindo aos
episódios apreensivos, nervosos, e uma trama inteligente que nos prende o tempo
todo! Eu acho impressionante como Person
of Interest cresceu, e atualmente é uma das minhas maiores favoritas. Não
me canso de admirar esses episódios, não me canso de admirar a inovação (como
essa questão toda das simulações), e a audácia da série, que nos choca
continuamente. Aquela mesma audácia que, na temporada passada, matou Carter e
nos deixou boquiabertos.
Em If-Then-Else,
a Samaritano arma um plano para destruir o Mercado: quebrar a Bolsa de Valores
de Nova York, e deixar o mundo inteiro envolto em um caos de destruição
econômica que levaria a revolta, fome e guerra. E a Team Machine entra para
tentar resolver isso, com embates cada vez mais difíceis com os agentes da
Samaritano, cujo poder cresce exponencialmente. Pela primeira vez, talvez,
vimos os protagonistas em uma situação realmente alarmante, na qual eles
estavam à beira da morte, e nenhuma alternativa parecia realmente boa. Na qual
a melhor chance deles era 2,07% de sobrevivência. E nós quase morremos junto
com eles, apreensivos do começo ao fim, nesse suspense excelente que foi o
episódio. A Máquina está calculando as possibilidades, e tem 6 segundos para
isso – o que é quase uma eternidade para ela.
Mas não necessariamente o suficiente.
O flashback
do episódio voltou a 2003, em uma das melhores cenas da série! Eu adoro os flashbacks que são centrados em Harold
Finch – sejam eles como forem. Sobre sua vida pessoal, ou sua relação com a
Máquina. Nessa ocasião, ele estava ensinando a Máquina a jogar xadrez. E QUE
CENAS! Tivemos discursos inspirados que me marcaram; todas as possibilidades do
xadrez, e como é ideal para ensinar estratégia. Não foi maravilhoso ver a
Máquina usando a Rainha (por sinal, gostei de saber como a Rainha se tornou a
peça mais poderosa do xadrez!) enquanto Finch a distraía e ganhava? E a análise
do jogo feita pelo Finch foi mais do que excelente. Foi profunda, foi
verdadeira e intensamente crítica: como o jogo foi criado em um tempo brutal,
onde se acreditava que uma pessoa é mais importante do que outra. Lembre-se: o
xadrez é um jogo. Pessoas não são peças, e você não pode atribuir mais valor a
uma do que a outras. Qualquer pessoa que vê o mundo como um tabuleiro de
xadrez merece perder.
Adorei o efeito da câmera lenta. Aquele que começa com “Give it a second, it’s got a lot on its mind…” QUERO MAIS
CENAS DA MÁQUINA CALCULANDO ESTRATÉGIAS. Tivemos cenas aterrorizantes, difíceis
de assistir, até descobrirmos que a Máquina estava projetando simulações, em
busca da melhor estratégia. E mesmo sabendo que eram simulações, eu estava
angustiado. Ver o Harold morrer foi demais. A morte, em si, de Reese foi ainda
pior, embora eu tenha me importado mais com a morte de Finch. As cenas de Shaw
matando o homem-bomba do metrô e indo presa, e a morte de Root que veio depois
de uma ótima conversa com Shaw. “Yeah,
sure, Root, maybe some day”. E a última simulação, a número 3, na qual Root
faz com que todos saiam juntos, como uma equipe, salva o Degas de Harold, e
Shaw não precisa matar o cara no metrô…
AMEI AS SIMULAÇÕES.
Mas a morte de Finch me deixou revoltado. Quase me
fazendo abandonar a série. Completamente horrorizado e com raiva. Eu respirei
com um alívio palpável ao notar que era a primeira simulação.
Tudo culminou em uma finalização angustiante para
o episódio – o episódio que já estava perfeito, que já tinha conquistado o seu
lugar como o MELHOR episódio da série. Quando a Máquina se decide. Qual é a
melhor opção, a simulação simplificada, o 2,07% de chance de sobrevivência da
equipe. Opção selecionada. Foi um
horror. Eu me segurei, deixei de respirar, e comi todas as unhas possíveis!
Teve um beijo de Shaw e Root, para uma finalização perfeita dessas duas, e o
sacrifício de Shaw. Que NOS PARTIU O CORAÇÃO. Pior do que a morte de Carter, a
morte em câmera lenta foi uma crueldade; bem como a reação de Root, vendo tudo.
O sentimento, o desespero, a DOR. Fusco e Finch tentando controlá-la. Foi uma
cena perfeita, foi um episódio perfeito, mas eu devo confessar que acabou comigo. De verdade.
Já Control-Alt-Delete
trouxe uma outra abordagem. Tivemos mais ou menos metade do episódio sem nem
aparecer a Team Machine – e mesmo quando eles apareceram, não foram o foco.
Estávamos acompanhando Control, um pouquinho do avatar infantil macabro da
Samaritano também, e vendo como os agentes do governo trabalham, como suas
missões acontecem. Foi uma mudança de foco, uma nova protagonista (mesmo que
apenas por um episódio), para dar tempo ao público de digerir os acontecimentos
do último episódio sem precisar fazer uma pausa na série. Afinal, ela tinha
acabado de retornar! Sobre a possibilidade de Shaw ainda estar viva… eu acho
que tinha ficado bastante claro que ela tinha morrido no episódio passado. E a
morte dela me abalou, eu não queria que ela morresse, mas… acho que um absurdo
desperdiçar um episódio daquele, uma cena chocante daquela, para mantê-la viva.
Só acho.
Control começa a questionar os feitos da
Samaritano – pela primeira vez, aparentemente. Ela não está, realmente, no
controle como achava que estava. E muita coisa está sendo escondida dela. É
impressionante vê-la questionando sem mostrar que está questionando. Ver que,
por dentro, ela está se perguntando se aqueles são mesmos terroristas, se Yasin
Said merecia mesmo morrer, se ela está fazendo o que é certo. E ela teve provas
e mais provas nesse episódio sobre como está sendo enganada, como não sabe tudo
o que está acontecendo. Não sabe onde está Shaw, não sabia que a Samaritano tentou
quebrar a Bolsa de Valores de Nova York… não sabe quase nada. Mas ainda não
aceita a possibilidade de que mentiram
para ela. Acho que essa trazida dela à série, esses questionamentos, são
uma possibilidade para o futuro: com a saída de Shaw, talvez tenhamos uma nova
personagem regular a se juntar ao elenco.
Não foi o que aconteceu com a saída de Carter?
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